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domingo, 31 de dezembro de 2006

Ano

Enquanto nenhuma editora percebe o talento dos Jornalheiros, continuamos aqui escrevendo sobre os assuntos que quisermos, para nossa querida meia-dúzia de leitores. Hoje, pego emprestadas palavras do sábio Carlos Drummond de Andrade, para iniciar minha dissertação sobre essa unidade de tempo chamada ano. “Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para diante vai ser diferente.”

Nunca havia lido nada que definisse tão bem o ano. Esse ano, por exemplo. Eu não via a hora de ele acabar. Eu estava exausto, em meados de novembro já havia até realizado a “entrega dos pontos” de que fala Drummond. Acho que foi porque comecei a estagiar. Esse negócio de estudar e trabalhar ao mesmo tempo esgota a pessoa.

Por sorte, consegui tirar uma semana de férias. Foi essa semana que passou, entre o Natal e o Ano Novo. Como é bom ficar à toa! Dormi até tarde, vi muitos filmes na TV (destaque para “O Náufrago”, “O Júri” e “Guerra dos Mundos”), voltei a jogar xadrez e a ler (“A Linha de Sombra”, de Joseph Conrad), brinquei com os cachorros, revi amigos e familiares que não encontrava há muito tempo... Maravilha!

É o tal milagre da renovação! Dia 2, volto ao trabalho. E, apesar de só ter sido uma semaninha, me sinto “zero-quilômetro” para começar o ano. Para não fugir à regra, vou traçar alguns objetivos que desejo cumprir em 2007 (reparem que chamei de objetivos, não de promessas!).

A principal meta é terminar a faculdade. Se tudo correr bem, daqui a doze meses já poderei ser chamado de Engenheiro Paulo Cezar! Outro objetivo fundamental é acabar com o sedentarismo, pois não posso continuar sem fazer exercícios físicos (para quem quiser me acompanhar, tentarei caminhar todas as manhãs, bem cedinho, na praia do Leme!). Também desejo me aprofundar no estudo da língua italiana (de novo, uma companhia é bem vinda! Capisci?). Ahh, claro, quero me divertir mais! Continuarei freqüentando os jogos do Fluminense no Maracanã (espero que em 2007 isso seja diversão, e não sofrimento como foi em 2006), e prometo ir mais ao cinema (vergonhosamente, posso contar nos dedos das mãos as idas de 2006).

Faltando pouco menos de cinco horas para a virada de ano aqui no Brasil, encerro meu texto, desejando mais uma vez um feliz 2007 aos nossos caros leitores. Arrivederci!

PC

quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

No Fear



A criminalidade tomou conta da cidade, já dizia um grande pensador, o Gabriel. A situação nesses últimos dias de 2006 está desesperadora! Vários mortos, vandalismo generalizado, as pessoas com medo nas ruas... Hoje de manhã, os noticiários já destacavam o saldo negativo da madrugada, e ao longo do dia, a tensão pairava no ar. Medo. Era isso o que todos sentiam na Cidade Maravilhosa.

Quando me mudei para o Rio (há cinco anos atrás), a imagem que eu tinha da cidade era a do terror. Praias, cenários de cartões postais, beleza natural, isso tudo chama a atenção de quem apenas ouve falar sobre o Rio de Janeiro. Mas para quem vive aqui, o crime se destaca, pois a qualquer momento, uma pessoa qualquer da multidão, ou no ônibus, ou em qualquer lugar, pode sacar uma arma, te pegar como refém, ou até mesmo atirar em você.

Tá, eu sei que isso não é “privilégio” do Rio, mas é aqui que eu moro, e para mim é isso que importa. Para mostrar que o clima por aqui anda pesado nesse finalzinho de ano, o chefão da divisão onde trabalho ligou para o pessoal da minha sala dispensando a todos, pois o clima na Barra (onde muitos que trabalham comigo moram) estava ficando cada vez pior.

Sejam quais forem os motivos pelos quais esses bandidos estão agindo dessa forma brutal, não importa, pois eles estão (e sempre estarão) completamente errados. Só espero que os próximos governantes que assumirão o poder em 2007 cumpram tudo o que prometeram no quesito segurança, pois precisamos de paz nesse mundo, e devemos começar pela cidade onde vivemos!

Como já dizia a letra de uma das mais belas canções que conheço, “O bom de viver é estar vivo, ter irmãos, ter amigos. Viver em paz e prontos pra lutar”. Prontos para lutar contra essa violência que nos assola, assim como as guerras religiosas e o terrorismo destroem outros países. Sim, esse é o nosso terrorismo. O terror do tráfico (de armas, de drogas), das facções rivais, que nos mantém em constante estado de sítio.

Depois, quando surgem filmes como “Turistas”, todos se revoltam contra a sua visão do nosso país. Infelizmente, esse filme aborda nada mais do que a nossa realidade (com uma pontinha de ficção, mas que não foge à realidade).

Aproveito para desejar a todos os que lêem essas mal traçadas linhas, um Feliz 2007, cheio de muitas coisas boas, principalmente, de Paz.

RAFS

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Temperatura



8:00. Hora de acordar (só nas “férias” mesmo...). Muito quente... banho frio ajuda a acordar e a amenizar o calor, que já é intenso desde as primeiras horas dessa manhã de céu extremamente azul e sol extremamente brilhante (imagina na hora do almoço!). Fim do banho, até que está bom... mas ter que vestir calça e camisa social pra trabalhar é uma derrota! O calor volta a toda, e as primeiras gotas de suor começam a surgir na testa... esse dia promete.

Passagem rápida na faculdade, para resolver pequenas pendências (ar condicionado no talo) e eis que falta luz. Almoço, restaurante insuportavelmente quente (ainda bem que a mesa é ao ar livre), pelo menos assim a comida não esfria, temos sempre que ter a filosofia do copo meio cheio. Papo vai, papo vem, hora de ir para o trabalho.

Carona mais do que bem vinda, mas o trânsito está completamente parado. No meio do caminho, tinha uma Kombi... pegando fogo! Pra piorar, o carro não tinha ar condicionado!!a (Seguindo a filosofia, podia ser pior, podia estar num ônibus sem ar...). Passam-se os minutos, o ar parado (e quente) começa a estimular as glândulas sudoríparas. A camisa começa a grudar no corpo, a sensação da calça colando nas pernas é extremamente desagradável.

E eis que surge... um oásis? Não, é só um vendedor ambulante. Nunca uma água gelada caiu tão bem. Mas o carro continua parado. Opa, andou um pouquinho... parou de novo. Xi, agora não há mais vendedores.

No acostamento, começa a se tornar cada vez maior o número de carros parados (motor superaquecido, também pudera, com esse calorão!!!), e a maioria deles é da mesma marca na qual estamos. A tensão (e o calor) paira no ar. Mas no final, tudo deu certo. Chego no trabalho (muito atrasado), água, ar condicionado, e finalmente hora de ir para casa. Mas ao olhar pela janela: chuva, muita chuva! Um calor desgraçado desses só podia terminar assim. Corrida até o ônibus (esse já tem ar) e muita água até chegar em casa. Apesar da chuvarada, o calor continua.

Mais um banho para baixar a temperatura, ventilador em cima, e o dia acaba bem mais agradavelmente do que começou (a chuva fez a temperatura diminuir um pouco à noite). Mas amanhã será um novo dia, e quando o sol nascer, mais uma luta contra o termômetro será travada.

RAFS

Retrospectiva 2006

Vou me arriscar a escrever uma poesia, coisa que não faço há muitos anos! Estou gostando mesmo desse negócio de blog! :-)

Ano da Copa do Mundo,
esse foi 2006!
Ano em que o Brasil
da França virou freguês!

Continuando no futebol,
Cruzeiro também é freguês!
Não ganha do Fluminense
desde 2003!

Inter conquistou o mundo,
São Paulo ganhou no Brasil,
Botafogo venceu no Rio,
e Romário não chegou aos mil!

Já no vôlei de quadra,
Bernardinho deu um show!
Não teve pra ninguém,
o Brasil humilhou!

Na política, ano de eleição,
Lula ganhou de novo!
Mesmo com tanta corrupção,
conseguiu convencer o povo!

Nesse ano que passou,
conheci muitas pessoas legais!
Comecei a estagiar,
até paguei almoço pros meus pais!

Para finalizar a poesia,
meus leitores da internet,
desejo a todos vocês
um feliz 2007!

PC

terça-feira, 19 de dezembro de 2006

Escrever...

Hoje o RAFS já escreveu sobre futebol. Como queremos assuntos variados, vou tentar escrever sobre outra coisa. Mas sobre o quê escreverei? Tenho pensado muito sobre o tema da morte, mas acho que esse é um tema muito triste para um começo de blog. No futuro, escreverei sobre isso, mas agora quero um tema mais alegre.

Acho que decidi. Vou escrever sobre escrever. Sempre foi um hobby meu, escrever. Não que eu escreva bem, afinal não consigo prender a atenção dos meus leitores, do jeito que o fazem gênios como Gabriel García Márquez e Dan Brown. Abrindo parêntese: recomendo as leituras de "Cem Anos de Solidão" e "O Código da Vinci". Dois livros muito bem escritos que li há alguns meses. Fecha o parêntese.

Gosto da sensação que tenho ao escrever: botar para fora o que pensamos é uma ótima terapia. Passo o dia todo pensando, mas é só quando escrevo que "consolido as idéias". Infelizmente, escrevi muito pouco nos últimos anos. Fiz muito pouca coisa desde que entrei para a faculdade. Arrumei uma eterna desculpa: a falta de tempo. Mas deixa esse outro tema para um outro dia.

Comecei o texto de hoje com uma tela em branco na minha frente, sem saber sobre o quê falar. É nesse ponto que a maioria desiste; a primeira idéia é difícil de aparecer. É bom exercitar a mente, até conseguir romper essa etapa inicial. Pelo menos comigo, ao vencer esse início, o resto do texto "vem" naturalmente. Vejam só, nesses poucos parágrafos já surgiram temas para algumas dissertações!

Encerro meu texto com uma singela homenagem a um cara que nem sabia que eu existo, mas que foi muito importante na minha vida. Joseph Barbera, obrigado por todos os momentos de diversão que o senhor me proporcionou, com os Flintstones, os Jetsons, Tom & Jerry, e outros tantos personagens que alegraram minha infância (e também a de milhões de outras pessoas em todo o mundo).

PC

Mundial Interclubes



Na quarta-feira última, dia 13/12, completou-se exatos 25 anos da maior glória do futebol Rubro-Negro: a conquista do Mundial Interclubes. Foi o primeiro título brasileiro de importância internacional após a Era Pelé, e que abriu as portas para as conquistas posteriores de outros grandes times, como o Grêmio, de Renato Gaúcho, o São Paulo do saudoso Telê, e posteriormente de Rogério Ceni, o Corinthians de Marcelinho e mais recentemente, juntando-se ao rol dos campeões, o Inter de Fernandão e Abel.

Na década de 80, o Flamengo de Zico, Adílio, Nunes, Andrade, Leandro, Júnior, e tantos outros, encantou o Brasil e o mundo, conquistando vários títulos nacionais e internacionais, além da Libertadores e do Mundial. As principais características desse time eram a habilidade e o toque de bola. Passes perfeitos, conclusões magistrais, uma verdadeira constelação, que deixou o Todo-Poderoso Liverpool a ver navios enquanto a bola passeava tranqüilamente pelo gramado através dos craques rubro-negros. Hoje em dia, o futebol perdeu um pouco desse brilho, a habilidade deu lugar à rigidez tática, mas ainda temos muitos lances maravilhosos, executados por gênios da pelota.

Vinte e cinco anos se passaram, o time Rubro-Negro de hoje não chega aos pés daquele timaço de 81, mas a empolgação da torcida com mais uma participação em Libertadores se mantém e sempre se manterá, pois estamos falando da maior torcida do país, e quiçá do mundo! Que eles se espelhem nos craques do passado, que esbanjavam categoria com a bola nos pés, e levem o nome do futebol carioca novamente ao topo do Mundo, pois Inter e São Paulo mostraram que, dentro das quatro linhas, vence o time que tiver mais vontade de vencer, mesmo que tenha um elenco considerado inferior ao seu adversário.

Que isso seja seguido por todos os times desse país, quando forem representar a pátria em jogos internacionais: tenham sempre vontade de ganhar, corram sempre atrás da vitória, e nunca entrem em campo achando que estão derrotados, pois estamos falando do Futebol Pentacampeão do mundo, que cada dia que passa perde mais craques para o futebol europeu, mas continua revelando novos ídolos.

Parabéns ao Flamengo pela brilhante conquista 25 anos atrás, e também ao Inter, que acaba de se sagrar campeão.

RAFS

segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

Quem somos


Dois serranos, estudantes de Engenharia Eletrônica na UFRJ, com vocação (?) para Jornalismo. Apaixonados por futebol, automobilismo e esportes em geral. Com tantas coisas em comum, era impossível que não se tornassem amigos.

PC: o Tricolor e Friburguense. Começou o curso no primeiro semestre de 2003, ano em que se conheceram. Não se lembra exatamente como começou a amizade; provavelmente, algum amigo em comum na universidade os apresentou (será que foi Lissandro? Diego? Marcos? Suzana? Allan?)... e a conversa começou a fluir (assuntos nunca faltaram!). Quando se deu conta, já eram grandes amigos. Até os pensamentos começaram a fluir, em um fenômeno que ainda não conseguimos explicar (!!!). Após alguns trabalhos em conjunto na faculdade (organização da SE, a ANALU...), chegou a época dos estágios, e o destino continuou dando o seu jeito de estreitar a amizade. Ambos foram parar na mesma empresa – a TV Globo. E não foi na área de Jornalismo, não! As pessoas dizem que ele sabe muito português, mas ele não acha isso. Achou interessante a experiência de escrever sobre si mesmo em terceira pessoa. :-)

RAFS: o Flamenguista e Petropolitano. Comecei o curso no segundo semestre de 2002, mas é como se tivesse começado em 2003 (looooonga história... um dia eu repito ela aqui). Ao contrário do PC, não gosto de escrever sobre mim na terceira pessoa. Realmente não lembro como começamos a conversar, mas provavelmente foi algo do tipo “Sabe se vai rolar aula de Não-Sei-O-Quê hoje?” ou “Você copiou a matéria da aula passada?”... Na Eletrônica, as coisas começam assim... e continuam assim também. Bom, acho que eu e o PC temos muitas coisas que não são comuns (ele não bebe, eu encho a cara; eu sou Mengão e ele joga pó de arroz no time dele), mas é por causa das coisas em comum (paixão por esportes, mulheres, e outras coisas...) e o maldito transmimento de pensassão, fenômeno já citado por ele, é que acho uma grande idéia a criação desse blog.

Blog dos Jornalheiros

É com grande prazer que escrevo o primeiro de muitos artigos que com certeza serão expostos nesse Blog. Acho que devo começar explicando o nome do dito cujo: Jornalheiros. É bem fácil de explicar o nome: é a mistura de Jornalistas com Engenheiros! A origem desse nome é bem recente (até bem pouco tempo atrás, não sabíamos que nome dar ao Blog), mas a concepção de sua idéia é bem mais antiga... Não me lembro ao certo quando escrevemos nosso primeiro “artigo”, mas acho que foi logo após a final da Copa do Mundo, falando exatamente sobre esse tema. Foi nesse momento que surgiu a idéia de fazer um site sobre alguma coisa para que pudéssemos pôr em prática esse hobby, que só não é profissão porque escolhemos uma carreira bastante diferente – Engenharia Eletrônica (às vezes costumo dizer que marquei a opção errada na hora de preencher a ficha de inscrição para o vestibular).

Também não quero dizer que somos praticamente colunistas de qualquer jornal ou revista; somos apenas caras que gostam de escrever, sobre qualquer coisa, desde que dê bastantes linhas numa página do Word.

Sem mais, considero inaugurado o Blog dos Jornalheiros, e todos os que também forem adeptos do hobby do jornalismo, sintam-se à vontade de participar conosco dessa empreitada.

Rafael Amaro da Fonseca e Silva

Me agrada muito a idéia de fazer um blog. Tenho um site, ao qual eu dava bastante atenção antigamente (na época em que não existiam blogs), mas que agora está esquecido num cantinho empoeirado da “teia” da internet. Lá, expus alguns textos que escrevi naqueles tempos de colégio. Sei como é gratificante perceber que pessoas estão lendo o que você escreveu, e tecendo comentários a respeito.

Parece que, anos depois, as pessoas descobriram isso, e começaram a escrever os seus “diários” na internet. Sempre gostei de escrever, mas não entrei na onda dos blogs. Já estava na universidade, cursando Engenharia Eletrônica (nada a ver com Jornalismo!). E a faculdade tomava todo o meu tempo. Aliás, ainda toma!

Recentemente, após a última corrida da temporada de Formula 1, brilhantemente vencida pelo brasileiro Felipe Massa, eu e meu amigo Rafael tivemos a idéia do blog, após um artigo que ele escreveu.

Então, nesse mês de dezembro, inauguramos o Blog dos Jornalheiros, nome inventado pelo Rafael (ele explica no texto dele). No link “Quem somos”, descrevemos melhor a história de cada um, como nos conhecemos, os assuntos de que gostamos... Até o próximo texto!

Paulo Cezar da Costa Martins Filho