sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Cinco minutos de cochilo


Amigos, foi um primeiro tempo mágico. O time do Fluminense jogou por música, como há muito não se via. Na defesa, Gum e Digão estavam seguros, com a cobertura eficiente de Diogo. No meio, Diguinho e Conca armavam bem as jogadas. No ataque, a velocidade de Maicon e a inteligência de Fred levavam perigo constante à meta chilena. Mesmo com a substituição forçada de Alan, que saiu machucado, a equipe montada pelo técnico Cuca estava tendo uma atuação excepcional. Difícil de acreditar até. Parecia o time de 2008, e no entanto era mesmo o de 2009.

O Universidad foi amplamente dominado na primeira etapa. Os jogadores de "la U" não viram a cor da pelota. O Fluminense tinha mais posse de bola e mais criatividade. Não demorou a sair o primeiro gol, aos 15 minutos: Fred tabelou com Mariano e finalizou. A bola desviou antes de ultrapassar a linha. O goleiro Miguel Pinto ainda tentou salvar, mas o bandeirinha correu para o meio, confirmando o gol. Fluminense 1 a 0.

A vantagem do placar não diminuiu o ímpeto tricolor. O Fluminense continuou atacando, buscando o segundo gol. Os chilenos, acuados, se seguravam como podiam. Como é bom ver o pó-de-arroz se impondo em sua casa, jogando como time grande. Infelizmente, o Fluminense não foi recompensado com mais gols no primeiro tempo. Fomos para o intervalo com 1 a 0 mesmo.

Veio o segundo tempo e, com menos de um minuto, Fred mostra o oportunismo de sempre. Após passe de Maicon, o artilheiro balança a rede novamente. Fluminense 2 a 0, melhor reinício possível.

E então aconteceu o que não podia acontecer. O Fluminense começou a cochilar. Aos seis minutos, Iturra lançou Montillo, que chutou livre dentro da área. Bola na rede, inapelável. 2 a 1.

Quando uma equipe de futebol sofre um gol, costuma ficar mais atenta nos minutos seguintes. Não o Fluminense, que consegue ficar ainda mais desatento.

Villalobos recebeu lançamento longo no flanco direito, ganhou uma dividida, e tocou para o meio. Olivera só teve o trabalho de empurrar para o gol. Era o empate chileno: 2 a 2.

Finalmente, o Fluminense acordou e voltou a dominar as ações. Porém, quando o resultado é adverso, tudo fica mais difícil. O passe que entrava não entra mais. O chute de Marquinho, que acabara de entrar em campo, explodiu no travessão. O chute de Fred à queima-roupa explodiu em cima do arqueiro chileno. O belo voleio de Fred saiu pela linha de fundo. A cabeçada de Digão foi para fora.

Os cinco minutos de cochilo custaram caro para o Tricolor. Podem custar até a vaga na semifinal. Agora, teremos que vencer no Chile.

PC

Ficha técnica: Fluminense 2 x 2 Universidad-CHI.
Quartas-de-final da Copa Sul-Americana.
Data: 22/10/2009.
Local: Maracanã (Rio de Janeiro).
Árbitro: Carlos Torres, do Paraguai.
Auxiliares: Cesar Franco, e Rodney Aquino, ambos do Paraguai.
Fluminense: Rafael; Mariano, Digão, Gum e João Paulo (Marquinho); Diogo, Diguinho e Conca; Maicon, Alan (Adeílson, depois Roni) e Fred. Técnico: Cuca.
Universidad-CHI: Miguel Pinto; Osvaldo González, Maurício Victorino, Rafael Olarra e Maurício Arias; José Contreras, Felipe Seymour, Puch (Angel Rojas) e Manuel Iturra (Díaz); Walter Montillo (Villalobos) e Juan Manuel Olivera. Técnico: José Basualdo.
Gols: Fred, aos 15' do primeiro tempo e a 1' do segundo tempo; Montillo aos 6' do segundo tempo, e Olivera aos 11' do segundo tempo.
Cartões amarelos: Maicon e Digão (Flu); Olivera e Villalobos (Universidad).
Público pagante: 7.874.
Público presente: 8.903.

Resultados dos outros jogos:
- Cerro Porteño-PAR 2 x 1 Botafogo.
- River Plate-URU 0 x 1 San Lorenzo-ARG.
- Vélez Sarsfield-ARG 1 x 1 LDU-EQU.

6 comentários:

  1. A arbitragem do paraguaio foi 750 vezes superior à qualquer atuação de um árbitro brasileiro. E mesmo assim o paraguaio cometeu alguns erros feios...o goleiro do Universidad fez cera do início ao fim, não recebeu cartão. Alan foi quebrado no comecinho do jogo, nem falta o juizão marcou...como são bons os árbitros brasileiros!!!

    O Fluminense fez uma partida mágica, mas JP é mais verde que a bandeira do Palmeiras. Errou tudo, e foi o grande responsável pelo segundo tento chileno. Estava perdido no ataque enquanto deixava o setor esquerdo dO Mais Tradicional inteiramente exposto para o contra ataque fatal.

    Diguinho jogou muita bola!!! Primeira bela atuação com a camisa Tricolor.

    Os 85 minutos jogados com atenção pelo Tricolor foram de longe os melhores do ano.

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  2. marcelinho carioca 40 anos (ou por ai)
    petkovic 37 anos
    fernando 42 anos


    joão paulo 19 anos

    como pode esse projeto de lixo,correr menos que os vovôs do campeonato,tenho nojo desse muleque em campo,nao acerta um passe,um cruzamento,um drible,um chute,NÃO CORRE,TOMA BOLA NAS COSTAS SEM IR AO ATAQUE,QUANDO VAI PRO ATAQUE VOLTA DESFILANDO.

    o time ja é muito fraco e ele consegue a proeza de ser muito abaixo da média.

    VOLTA MARCELO!!

    em tempo,com roni,gum,ruy,joão paulo,luis alberto não iremos a lugar nenhum(só a 2ª divisão).

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  3. mágico?
    que isso!
    o fluminense só foi bem até marcar o primeiro gol. Depois aprou a pressão. errou muito e chutou pouco.
    fez o gol logo no inicio do segundo tempo e não conseguiu mais ser o time do início da partida.
    era pra ter sido uma goleada impiedosa.
    faltou finalizar,a tacar com mais vontade. Sem contar no fraco desempenho da parte defensiva na amrcação. Seu diogo, diguinho, gum e jp.
    5 minutos de cochilo provocaram o empate?
    acho que o fluminense só teve 15 minutos de lucidez e por isso empatou.

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  4. O 1° tempo do Fluminense foi excelente. Lembrou o Botafogo de 2007 ofensivamente. No segundo tempo, o Fluminense se perdeu. Ironicamente, lembrou de novo o Botafogo de 2007: uma defesa instável e uma certa debilidade psicológica. A cara do Cuca.

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  5. Diogo, o blog da Flusócio concorda com minha análise.

    Mas respeito sua opinião.

    Obrigado a todos pelos comentários.

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