terça-feira, 22 de julho de 2014

13 maldições do futebol pelo mundo

Maradona e companhia não agradeceram à Virgem de Copacabana pela graça alcançada...

Seguem abaixo 13 histórias extraordinárias de maldições que assombraram (ou ainda assombram) equipes de futebol mundo afora.

I) A maldição de Béla Guttmann (Benfica, 1962-)
"Nem em 100 anos o Benfica vai conquistar outra Copa Europeia", disse Béla Guttmann, o treinador do Benfica, então bicampeão europeu, ao ter seu pedido de aumento salarial recusado pela diretoria do clube português. Desde então, o Benfica já disputou 8 decisões de competições europeias, e perdeu todas... (já contei os detalhes da maldição de Béla Guttmann aqui)

II) A maldição de Tilcara (Seleção da Argentina, 1986-)
Em 1986, a seleção da Argentina treinou na cidadezinha de Tilcara, encravada na Cordilheira dos Andes, meses antes da Copa do Mundo do México. Lá, fizeram uma promessa à Virgem de Copacabana, de que voltariam a Tilcara para agradecer pela conquista, caso a conseguissem. A taça foi levantada no México, mas os campeões nunca mais voltaram a Tilcara. E desde então a Argentina acumula fracassos nos Mundiais... (já contei os detalhes da maldição de Tilcara aqui)

III) A maldição dos ciganos de Derby (Derby County, 1895-1946)
Em 1895, o Derby County abandonou seu antigo estádio (que dividia com um time de cricket) e passou a jogar no The Baseball Ground, estádio do time decadente de baseball da cidade. Para ampliar as arquibancadas de seu novo estádio, foi necessário expulsar da área uma comunidade de ciganos que ali vivia. Reza a lenda que uma praga foi rogada por tais ciganos sobre o clube, para que o Derby County jamais vencesse a FA Cup, principal competição do futebol inglês na época. Seguiram-se três vice-campeonatos, em 1898, 1899 e 1903. Depois, o Derby County foi diversas vezes eliminado na fase semifinal, dando força à maldição dos ciganos. Até que, na primeira FA Cup após a II Guerra Mundial, em 1946, o Derby County voltou à final, contra o Charlton Athletic. Membros da equipe foram até os descendentes dos ciganos, e lhes deram uma quantia em dinheiro para que a maldição fosse quebrada. Nos minutos finais do tempo regulamentar da decisão, que estava empatada em 1 a 1, a bola furou ao ser chutada em um ataque do Derby County, o que foi interpretado como sendo o fim da praga. Na prorrogação, o Derby County marcou três gols e sagrou-se campeão da FA Cup, encerrando de fato os 51 anos da maldição dos ciganos.

IV) A maldição dos ciganos de Birmingham (Birmingham, 1906-2006)
O Birmingham também tem sua maldição com ciganos. Durante o ano de 1906, o clube construiu um novo estádio, o St. Andrews, em um terreno que também despertava interesse em ciganos. Dizem que eles lançaram uma maldição sobre o Birmingham, que teria cem anos de azar por ter escolhido o local como sua casa. A lenda ganhou força já no dia da inauguração do Estádio St. Andrews, no dia 26 de dezembro de 1906: uma nevasca fortíssima quase adiou a estreia, que acabou acontecendo com mais de uma hora de atraso (os dirigentes do clube tiveram que tirar a neve do gramado eles próprios, antes do 0 a 0 contra o Middlesbrough). Três dias depois, ainda nevava quando Benny Green marcou o primeiro gol do estádio. Ele mergulhou na neve para comemorar o tento histórico... e teve uma crise de hipotermia. Durante a II Guerra Mundial, o estádio teve suas arquibancadas destruídas, em parte por bombardeios, em parte por um incêndio acidental. Dentro de campo, o azar também pareceu acompanhar a história do Birmingham, que nunca conseguiu se estabilizar na primeira divisão do futebol inglês, oscilando num eterno ioiô entre as três divisões principais. Na FA Cup, o clube chegou às decisões de 1931 e 1956, e perdeu as duas. Na Inter-Cities Fairs Cup, chegou às decisões de 1960 e 1961, e também perdeu as duas. O único título relevante conquistado até 2006 foi a League Cup de 1963. No dia 26 de dezembro de 2006, exatos cem anos após a inauguração, a maldição em tese chegou ao fim, com a vitória por 2 a 1 sobre o Queens Park Rangers. E de fato, ao fim daquela temporada, o Birmingham conseguiu o acesso à Premier League. Em 2011, o Birmingham conquistou sua segunda League Cup. Entretanto, a gangorra de subidas e quedas de divisão continua, mesmo com o fim da suposta maldição.

V) A maldição de Garabato (América de Cali, 1948-1979)
Em 1948, o América de Cali discutia se deveria ou não aderir ao profissionalismo, que se implantava no futebol colombiano. O sócio Benjamín Urrea Monsalve, favorável à manutenção do amadorismo, se retirou da reunião, berrando: "Que lo vuelvan profesional, que hagan del América lo que quieran... pero juro por Dios que nunca serán campeones". E o América de Cali, que era um clube bem sucedido, passou a amargar anos de vacas magras, sem conquistas. A maldição de Garabato (apelido de Benjamín) durou 31 anos, só tendo fim em 1979, com a conquista do Campeonato Colombiano. No entanto, alguns torcedores do clube ainda atribuem a esta maldição os fracassos sucessivos na Copa Libertadores: o América de Cali disputou 4 decisões do torneio, 3 delas consecutivas (1985-1986-1987 e 1996), tendo perdido todas.

VI) A maldição de Maeda (Japão, 2007-2013)
O centroavante Ryoichi Maeda, nascido em 1981, tem uma carreira de sucesso no futebol japonês, defendendo o Jubilo Iwata desde 2000, com algumas convocações para a seleção nacional. Todo começo de temporada, as atenções se voltam para os jogos do Jubilo Iwata na J-League, por um motivo curioso: desde 2007, todo time que sofreu o primeiro gol de Maeda na temporada acabou eventualmente rebaixado para a segunda divisão. Em 2007, a vítima de Maeda foi o Ventforet Kofu; em 2008, o Tokyo Verdy; em 2009, o Jef United Chiba; em 2010, o Kyoto Sanga; em 2011, o Motedio Yamagata. Em 2012, a maldição de Maeda foi posta definitivamente à prova, já que a primeira vítima de Maeda foi o poderoso Gamba Osaka, que havia terminado entre os três primeiros colocados da J-League nas três temporadas anteriores. A maldição acabou se tornando um assunto nacional naquele ano, conforme o Gamba Osaka brigava contra o rebaixamento. Na última partida da temporada, o Gamba Osaka perdeu - adivinhem! - para o Jubilo Iwata, por 2 a 1, com um gol e uma assistência de Maeda, e foi mesmo rebaixado à segunda divisão. Em 2013, a maldição chegou ao fim: apesar de ter sido a primeira vítima de Maeda, o Urawa Red Diamonds terminou em sexto lugar e escapou com folga do descenso. Curiosamente, um dos rebaixados da temporada foi... isso mesmo, o Jubilo Iwata de Maeda.

VII) A profecia da independência (Índia, 1911-1947)
O Mohun Bagan era um dos grandes clubes de futebol da Índia, e em 1911 conseguiu um feito extraordinário: com 11 jogadores descalços, tornou-se o primeiro time indiano a vencer uma equipe europeia, 2 a 1 contra o East Yorkshire Regiment, da Inglaterra. E assim o Mohun Bagan levantou o IFA Shield pela primeira vez, triunfo que foi considerado emblemático na luta pela independência da Índia. Em meio às comemorações do título, um Brahmin (sacerdote hindu) apontou para a bandeira da colonizadora Grã-Bretanha no topo do Forte William, em Calcutá, e perguntou: "Quando ela vai cair?". Alguém respondeu: "Ela vai cair quando o Mohun Bagan ganhar o IFA Shield de novo". Dito e feito: trinta e seis anos depois, em 1947, o Mohun Bagan venceu o IFA Shield pela segunda vez, e a Índia conquistou sua independência da Grã-Bretanha.

VIII) A maldição de Aaron Ramsey (Arsenal, 2011-2012)
Esta ficou famosa: a cada gol marcado pelo atacante do Arsenal Aaron Ramsey, uma celebridade morria. Em maio de 2011, Ramsey marcou contra o Manchester United, um dia antes de Osama bin Laden ser morto no Paquistão (curiosamente, bin Laden era um conhecido adepto do Arsenal). Em outubro de 2011, Ramsey marcou contra o Tottenham, e Steve Jobs faleceu. Dias depois, Ramsey marcou outro gol, contra o Olympique Marseille, e Muammar Gaddafi foi morto por rebeldes líbios. Em fevereiro de 2012, Ramsey anotou um gol contra o Sunderland... horas depois, Whitney Houston foi encontrada morta. Felizmente, a maldição de Aaron Ramsey parou por aí. Ele já marcou outros gols em sua carreira, sem registro de mortes "associadas".

IX) A maldição da Champions' League (Europa, 1993-)
Desde que a principal competição europeia de clubes adotou os atuais nome e formato, na temporada 1992-1993, os campeões nunca conseguiram defender seus títulos. Anteriormente, as defesas bem-sucedidas eram bastante comuns: o Real Madrid foi pentacampeão seguido (1956-60), o Ajax tri (1971-73), o Bayern tri (1974-76), o Benfica bi (1961-62), a Internazionale bi (1964-65), o Liverpool bi (1977-78), o Nottingham Forest bi (1979-80) e o Milan bi (1989-90). Três campeões da Champions' League chegaram à decisão do ano seguinte: o Milan em 1995, a Juventus em 1997 e o Manchester United em 2009, mas os três foram derrotados por seus adversários. Nem mesmo o recente poderoso Barcelona conseguiu conquistar a Europa em duas temporadas consecutivas. Conseguirá o Real Madrid defender seu título em 2015?

X) A maldição de Arubinha (Vasco, 1937-1945)
Em 1937, o time do Vasco se atrasou mais de uma hora para uma partida, devido a um acidente de trânsito. Em vez de solicitar a vitória por W.O., o modesto Andaraí preferiu aguardar a chegada do adversário, mesmo sob forte chuva. Uma demonstração de fair-play que não teve contrapartida: o Vasco enfim chegou, e não teve clemência - goleou os oponentes por 12 a 0. Foi quando o goleiro Arubinha, desesperado, berrou: "Se há um Deus no céu, o Vasco terá de passar doze anos sem ser campeão!". Rezava a lenda que Arubinha enterrara um sapo morto em algum ponto do gramado de São Januário, para dar efeito à maldição. Conforme os anos passavam e o Vasco não ganhava o Campeonato, a maldição passou a ser tratada como o maior problema do clube. Os dirigentes chegaram a oferecer dinheiro a Arubinha - que recusou a oferta. Até uma escavação do gramado foi posta em prática, em busca do tal sapo, sem sucesso. Contando os três anos anteriores aos 12 a 0, em que o Vasco já não havia sido campeão, a maldição durou não doze, mas onze anos, entre 1934 e 1945. Anos depois, Arubinha confessou que nunca enterrou sapo algum em São Januário.

XI) A maldição da Copa das Confederações (1992-)
Toda seleção que conquista a Copa das Confederações perde a Copa do Mundo na sequência. De fato: a Argentina (campeã em 1992) perdeu o Mundial em 1994; a Dinamarca (campeã em 1995) e o Brasil (campeão em 1997) perderam o Mundial em 1998; o México (campeão em 1999) e a França (campeã em 2001) perderam o Mundial em 2002; a França (campeã em 2003) e o Brasil (campeão em 2005) perderam o Mundial em 2006; e o Brasil (campeão em 2009 e 2013) perdeu os Mundiais em 2010 e 2014. Com a Seleção Brasileira o negócio fica ainda mais sério: sempre que venceu a Copa das Confederações, perdeu a Copa do Mundo (1998, 2006, 2010 e 2014), e também sempre que perdeu (ou não jogou) a Copa das Confederações, venceu a Copa do Mundo (1994 e 2002).

XII) A maldição da Bola de Ouro (1958-)
Os futebolistas agraciados com o prêmio de melhor jogador do mundo não conseguem ser campeões na Copa do Mundo seguinte:
1957 - Alfredo Di Stéfano (Espanha): não participou do Mundial de 1958, na Suécia.
1961 - Omar Sívori (Itália): a Azzurra foi eliminada em 1962, na chamada Batalha de Santiago.
1965 - Eusébio (Portugal): a seleção lusa terminou em terceiro lugar na Inglaterra em 1966.
1969 - Gianni Rivera (Itália): a Azzurra perdeu a final de 1970 para o Brasil de Pelé.
1973 - Johan Cruijff (Holanda): a Laranja Mecânica perdeu a final de 1974 para a anfitriã Alemanha Ocidental.
1977 - Allan Simonsen (Dinamarca): a Dinamarca não foi à Argentina em 1978.
1981 - Karl-Heinz Rummenigge (Alemanha Ocidental): os alemães foram vice-campeões diante da Itália em 1982.
1985 - Michel Platini (França): a seleção francesa terminou em terceiro no México em 1986.
1989 - Marco Van Basten (Holanda): a seleção laranja caiu nas oitavas-de-final em 1990.
1993 - Roberto Baggio (Itália): no caso mais cruel, coube a ele perder o pênalti que deu o título mundial ao Brasil, nos Estados Unidos.
1997 - Ronaldo (Brasil): sofreu uma convulsão na véspera, e perdeu a final contra a França.
2001 - Michael Owen (Inglaterra): foi eliminado nas quartas-de-final pelo Brasil.
2005 - Ronaldinho (Brasil): caiu para a França nas quartas-de-final.
2009 - Lionel Messi (Argentina): a albiceleste foi eliminada pela Alemanha nas quartas-de-final.
2013 - Cristiano Ronaldo (Portugal): a seleção lusa foi eliminada na primeira fase no Brasil.

XIII) A maldição dos 7 gatos de Avellaneda (Racing, 1968-2001)
Com um super-time, o Racing de Avellaneda conquistara o Campeonato Argentino de 1966 e a Copa Libertadores e a Copa Intercontinental de 1967. Então, em 1968, um grupo de hinchas do Independiente, o eterno rival do Racing, enterrou 7 gatos mortos sob o gol da tribuna popular do Cilindro de Avellaneda. Desde esse dia, os goleiros do Racing que defendem esse gol cometem erros inacreditáveis e engolem frangos monumentais. Desesperados, os torcedores do Racing organizaram uma escavação e uma limpeza, mas a coisa só piorou, pois foram encontrados os corpos de apenas 6 felinos. Somente em 1998 o sétimo gato foi finalmente encontrado. Três anos depois, o Racing voltou a ser campeão argentino, no Apertura 2001...

PCFilho

19 comentários:

  1. De todas estas maldições, a mais duradoura é da a Bella Guttman, e ainda faltam 48 anos para ela acabar:-)

    É bastante merecida essa maldição, porque se o benfica fosse brasileiro, era sem sombra de dúvidas framengu ou curíntia(é bem capaz de ser os dois juntos).

    Os benfiquistas são assim:
    -tem a mania das grandezas
    -se acham os "melhores e maiores do mundo, da galáxia e arredores" -são arrogantes e prepotentes
    -tem a maior torcida em Portugal
    -são os queridinhos da maioria esmagadora da imprensa esportiva portuguesa.

    Quando ganham roubado ou são ajudados pela arbitragem, tudo normal.Quando empatam ou perdem, a culpa nunca é deles, é sempre da arbitragem, onde os comentaristas a analistas nos programas esportivos na TV, vão achar em milhões de Frames, um ÚNICO FRAME em que se vê um toque com a força de uma mosca, mas "suficiente" para derrubar o jogador benfiquista, e "consequentemente, o benfica foi prejudicado", pois devia ter sido marcado "penalty" e o árbitro ter dado cartão vermelho ao "agressor"...

    (PC, sabe quem era a dupla de ataque do Porto na época 2010/2011??
    Hulk e Falcao Garcia!!!
    James Rodriguez jogava de vez em quando, quando a tática era 4-3-3, mas era reserva, acredita???)...

    Em 7 de novembro de 2010, o Porto goleou o benfica por 5 x 0, com show de Hulk e Falcao Garcia.

    Sabe o que os jornais de Lisboa colocaram na capa no dia seguinte?
    O treinador do benfica foi o culpado pela derrota, sem mérito ou destaque nenhum para o verdadeiro massacre que foi aquele jogo, e era pra ser 6 ou 7 x 0, pois o árbitro não viu um penalty claríssimo do jogador do benfica que literalmente meteu a mão na bola, e nem expulsou um jogador do benfica que literalmente deu um pontapé sem bola por trás num jogador do Porto que ia cobrar um lateral!!!

    Por isso, vendo as parecencias entre o emblema luso e os emblemas brasileiros, que a maldição de Bela Guttman perdure o tempo que o próprio estipulou: 100 anos!!!:-)

    E veja que a coisa funciona realmente:o time principal perdeu 2 finais consecutivas da Liga Europa nos dois últimos anos, o time sub-20 perdeu a final da youth-champions league para o Barça e os sub-15 perderam a final da Danone Cup para o...patético paranaense:-)

    Sem contar que na seleção argentina deste ano tinha lá o jogador benfiquista Enzo Peres e o zagueiro Garay, que foi convocado como jogador do benfica, mas vai sair da seleção como jogador do Zenit de HUlk.

    Dizem cá em Portugal que esses dois levaram a maldição de Bella Guttman pra seleção, e juntando com a maldição de Tilcara, podemos ficar tranquilos em relação aos argentinos, porque com duas maldições em cima, será difícil vencerem alguma coisa, mesmo com o vomitão messi:_)

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  2. RBN, obrigado pelo relato, mas faço uma correção: a maldição da Bola de Ouro já dura desde 1958, sendo portanto um pouco mais duradoura que a de Béla Guttmann.

    Hehehe!

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  3. Me lembrei de outra: depois de sentir prejudicado por supostas armações do Botafogo no mata mata da Taça Brasil 1968, o Metropol-SC (jogador? técnico?) teria lançado a maldição que O BOTAFOGO FICARIA 21 ANOS SEM SER CAMPEÃO.

    Se a minha memória não estiver me enganado, detalhes podem ser encontrados no ALMANAQUE DO FUTEBOL CATARINENSE.

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  4. Alexandre, essa eu não conhecia! Hahaha!

    Se achar mais informações, poste aqui, por favor!

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  5. http://sportv.globo.com/site/programas/sportv-reporter/noticia/2013/11/culpado-por-jejum-do-botafogo-ate-89-metropol-deixa-saudades-em-sc.html

    Tão logo foi criada a equipe, o Metropol conquistou cinco títulos catarinenses num espaço de dez anos: 1960, 1961, 1962, 1967 e 1969. O clube entrou para a história também pela boa campanha na Taça Brasil de 1968, que terminou com o título do Botafogo. Mas o clube carioca não teve vida fácil diante do Metropol nas quartas de final. Nos dois primeiros jogos, uma vitória para cada lado - 6 a 1 para o Botafogo no Maracanã e 1 a 0 para o Metropol em casa, e o terceiro jogo, disputado apenas no ano seguinte, acabou empatado e com a vaga do time carioca, numa situação no mínimo inusitada.

    - Estava chovendo muito naquela noite e o Botafogo fez 1 a 0 com um gol olímpico, que o goleiro (do Metropol) diz até hoje que não entrou. Aí o Metropol empatou. Aos 13 minutos do segundo tempo deu uma chuva muito grande e o Armando Marques, que estava no apito, cancelou a partida. Falaram para o Metropol: "Vocês voltam lá para o Sul e quanto tiver o restante da partida a gente avisa”. O Metropol fez isso e a CBD realmente avisou, mas avisou no dia seguinte: "O jogo é hoje, se não vier, WO" - conta o escritor catarinense.

    A polêmica deixou os dirigentes do Metropol desiludidos e acelerou o fim do time que disputou menos de 500 partidas em sua meteórica história. Não sem uma "praga" em cima do Botafogo, que só ganharia um título novamente mais de 21 anos depois, o Carioca de 1989.

    - Parecia que a maldição dizia assim ao Botafogo: sofrerás até o dia em que alguém que tenha algo a ver com o Metropol venha lhe redimir e livrar da maldição. Só em 89 o Botafogo viria a ser campeão, e tinha Paulinho Criciúma no ataque, que era sobrinho de Zezinho Rocha, lateral-direito do Metropol. Aí que veio a isenção dos pecados - destaca Zé Dassilva.

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  6. O Almanaque do futebol catarinense (pág. 133), completa:

    ...O regulamento não previa vantagem em saldo de gols e determinava a disputa de mais uma partida em Criciúma - porém o Botafogo alegou que a cidade não oferecia segurança e exigiu que a decisão acontecesse no Rio, paralisando a competição.

    ---x---

    Na terceira partida, disputada no Rio, chovia forte e 30 dos 96 refletores do Estádio de Gal. Severiano estavam apagados, quando aos 13 minutos do segundo tempo, Armando Marques suspendeu a partida.

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  7. Obrigado, Alexandre!! Excelente contribuição ao post!

    A décima-quarta maldição!

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  8. Os botafoguenses ficarão frustrados: 13º é o número deles!

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  9. Achei que eles preferiam o 7... Hehehe.

    Em um post cheio de superstições, o Botafogo ia acabar aparecendo. :P

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  10. Olha que eu não me lembrava do bostafogo, mas o que diziam sobre isso desde que eu era muleque era que o bostafogo enquanto não pagasse tudo o que fez de mal a Mané Garrincha, não seria campeão.

    Como voces sabem e se não sabem, passam a saber, nos jogos amistosos dentro e fora do Brasil, o cachet do bostafogo com Garrincha em campo era fabuloso, sem Garrincha era pela metade, ou menos.

    Por isso, os dirigentes bostafoguenses sabiam que o joelho era o que dava mais problemas, mas como Garrincha era igenuo, assinava contratos sem ler confiando nos cartolas, levava as injeções para não sentir dor e poder jogar, sem reclamar para ajudar o clube, e deu no que deu:o joelho, mais a bebida contribuiram para que a sua carreira terminasse mais rápido.

    Os cartolas bostafoguenses expremeram o máximo a laranja, e literalmente jogaram fora o bagaço.Depois que Garrincha deixou o bostafogo, nunca nenhum cartola alvinegro deu-lhe qualquer atenção ou perguntou se ele precisava de alguma coisa.

    Em 1973, a CBF(na época a CBD) organizou um jogo de despedida para Garrincha num Maracanã lotado, com a renda revertida toda pra ele.Foi a última vez que Pelé e Garrincha jogaram juntos, e venceram um combinado de estrangeiros que atuava no Brasil com mais uma obra-prima de Pelé.

    A história do Metropol é fantástica, não conhecia, mas sempre ouvi dizer que o bostafogo não seria campeão enquanto não pagasse todo o mal que fez ao seu maior ídolo.Foram 21 anos, mas eu ainda acho pouco, porque o bostafogo antes de Garrincha, era um mequinha ou um bangu.Depois de Garrincha, a torcida triplicou...isso não tem preço.

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  11. Bom, haja maldição pra explicar vinte e um anos de jejum... Hehehe!

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  12. O Alexandre Magno vai ser entrevistado no programa do Jô, junto com o PC, para contar esses 'causos'. Só não tem data ainda.

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  13. Eu e Alexandre entrevistados na TV? Rsrs isso não ia dar certo.

    Quem sabe quando publicarmos um livro... Hehehe!

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  14. Adorei o post, PC. Não conhecia várias histórias.

    Gostei também da contribuição do Alexandre. Nunca soube do caso do Botafogo em 68.

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  15. Eu não sei se vocês repararam no detalhe tenebroso, acima (13!):

    Na terceira partida, disputada no Rio, chovia forte e 30 dos 96 refletores do Estádio de Gal. Severiano estavam apagados, quando aos 13 minutos do segundo tempo, Armando Marques suspendeu a partida.

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  16. Valeu, Natália!! Eu mesmo desconhecia algumas das maldições, fui descobrindo conforme pesquisava.

    Tive vontade de fazer a pesquisa depois do sucesso dos posts das duas primeiras maldições (Bela Guttmann e Tilcara).

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