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segunda-feira, 1 de setembro de 2008
O maior Fla-Flu
A peleja começou movimentada, com chances dos dois lados. Até que Conca, em um balaço de fora da área, acertou o ângulo do goleiro rubro-negro: 1 a 0 para o Tricolor. Devo registrar que foi um golaço, que deveria ser imediatamente guardado em um museu de relíquias. O gol obrigou a equipe da Gávea a sair para o jogo, abrindo-se para os contra-ataques tricolores. Em um deles, Washington perdeu um gol feito, desses que não se pode perder em um clássico. O troco veio quase imediatamente. Após uma profusão de chutes contra a meta de Fernando Henrique (todos defendidos), o juiz validou o tento do Flamengo, alegando que em um dos chutes o arqueiro pó-de-arroz retirou a bola de dentro do gol. Confesso que não sei até agora se a pelota entrou ou não. Pouco importa, o escore estava empatado.
Após a volta do intervalo, o Clássico das Multidões continuou eletrizante. As duas equipes se jogavam para o ataque, buscando o gol de desempate. Aqui cabe falar sobre as torcidas: eu jamais havia presenciado um Fla-Flu com tamanha diferença numérica entre as torcidas. Dos pouco mais de 60 mil presentes no Maracanã, pelo menos 50 mil vestiam preto e vermelho. Cabe ressaltar que os 10 mil tricolores presentes se fizeram ouvir, tanto quanto ou até mais que a maioria flamenga.
Eis que, em um dado momento do segundo tempo, a multidão rubro-negra cometeu o grave erro. Ecoou no cimento sagrado do Maior do Mundo o grito imortal: "Timinho! Timinho! Timinho!". Eles estão certos, essa é a mais pura verdade: o Fluminense é mesmo um Timinho! O Pó-de-Arroz sempre foi chamado de Timinho. Mas, quando a verdade nos é dita, na cara, como foi ontem, nós adquirimos um poder mágico. Digo "nós" porque o grito de Timinho mexe com todos no Fluminense: instituição, jogadores, torcedores vivos e mortos. Ia dizendo que adquirimos um poder mágico quando ouvimos a verdade, e já explico: ouvir a verdade nos dá o poder de transformá-la em mentira. O Timinho se agiganta! Deixa de ser Timinho! Ainda ecoava o grito de "Timinho" quando a bola de Maurício, em impressionante curva, caiu no ângulo do goleiro Bruno. O quadro de Álvaro Chaves fez 2 a 1 e deixou de ser Timinho!
Porém, clássico é clássico, e não acaba enquanto não terminar. No apagar das luzes, Kleberson - ironia do destino, justo ele que seria substituído - empatou para o Flamengo. 2 a 2. Assim terminou o maior Fla-Flu do ano.
Na minha volta para casa, um rubro-negro, com o olho rútilo e o lábio trêmulo, me pergunta: "por que nossa camisa e nossa torcida, que vencem a todos os outros, não funcionam contra vocês?". Após segundos de reflexão, respondo: "porque o Fluminense é um Timinho, mas mesmo assim é maior que tudo, é maior que todos!".
2 comentários:
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Amiiiigo,
ResponderExcluireu estava esperando nossa vitória nesse Fla-Flu, pois seria a vitória de honra. Não deu por desatenção do nosso time, mas ano que vem tem mais e essa mulambada vai enfrentar o único TIME que encara as cores de macumba sem problema (huahuahuaah).
Saudades do TN creu, ele fez falta nesse jogo :/
bjoooo
OK, vou dar uma força para vcs:
ResponderExcluirTIMINHO! TIMINHO! TIMINHO!