Brasil 2, Paraguai 1

Amigos, o Arruda estava esplêndido: mais de 56 mil pessoas coloriram as arquibancadas do estádio do Santa Cruz, apoiando o escrete em mais uma vitória no caminho rumo à Copa da África do Sul em 2010. O criticado técnico Dunga mais uma vez calou as vozes contrárias ao seu trabalho, com outra vitória convincente.

Ainda no primeiro tempo, Salvador Cabañas abriu o placar para o Paraguai, cobrando falta. Parecia que o gordinho Cabañas seria, mais uma vez, o carrasco dos brasileiros. Ano passado, Santos, Flamengo e a própria Seleção sofreram com suas grandes atuações. Ele liderou o América do México na Libertadores de 2008, varrendo o Santos e o Flamengo do caminho. E, nas eliminatórias, fez gol no jogo de Assunção (Paraguai 2 x 0 Brasil).

Mas ontem, em Recife, o atacante mais gordo que Ronaldo não teve sucesso. Cabañas deixou de ser a caveira tupiniquim. Tudo porque Robinho empatou de bate-pronto, e depois Nilmar virou com raça e categoria. Dois a um para o escrete: um triunfo suficiente e convincente.

O meu personagem da quarta-feira é Nilmar. O atacante do Internacional fez simplesmente o gol da vitória. Cochicham por aqui: "mas ele se escondeu do jogo; mas ele perdeu chances claras". E eu vos digo: não importa. Não importa porque se, daqui para a frente, ele continuar se escondendo, continuar desperdiçando gols aos borbotões, mas sempre fizer os gols das vitórias, seremos hexacampeões. Nilmar marcou, e o escrete venceu por causa disso. E isso é o importante. O resto é detalhe.

Enquanto isso, a Argentina de Maradona foi a Quito e perdeu para o Equador: 2 a 0. O próximo jogo dos hermanos é contra a Seleção Brasileira, em Buenos Aires. Se vencermos, complicaremos definitivamente a vida dos vizinhos. E é por isso que eu peço ao escrete de Dunga: entremos em campo com vontade e ímpeto inexcedíveis. Entremos dispostos a vencer ou perecer, como se fosse a própria final da Copa do Mundo. Equador, Uruguai, Colômbia e Venezuela estão ali logo atrás da Argentina, torcendo por nós. A Seleção, portanto, estará representando cinco países em Buenos Aires. Cinco povos inteiros desejam a vitória da Seleção sobre a Argentina. Portanto, vá à vitória, escrete, à vitória!

Mas, antes disso, temos a Copa das Confederações, na própria África do Sul. Os favoritos são, além do próprio escrete verde-amarelo, a campeã européia Espanha e a campeã mundial Itália. Há ainda a própria anfitriã, comandada pelo folclórico e eterno Joel Santana. Será um torneio bonito de se ver. Em quem eu aposto? Ora, é claro que todas as minhas fichas vão para o escrete. All-in, como dizem os jogadores de pôquer. A Seleção provará mais uma vez que, contra o sagrado manto verde-amarelo, nada se pode fazer. Contra Kaká, Robinho, Lúcio, Nilmar e companhia, terão que jogar muito para sonhar com a vitória. Não vejo nenhum novo escrete húngaro, nenhum novo carrossel holandês, nenhum grande time capaz de nos tirar a taça. Em 1997 e 2005, vencemos este torneio com muita autoridade. Que venha o tricampeonato.

PC

(crédito da foto: Globoesporte)