Amigos, durante a semana tivemos dois jogos importantíssimos no futebol brasileiro. Quis o destino que ambas as decisões eternas fossem ocorrer em Porto Alegre. Não foi a única coincidência: tanto o Inter na decisão da Copa do Brasil quanto o Grêmio na semifinal da Libertadores estavam em desvantagem, pois haviam perdido os jogos de ida (ambos por dois gols de diferença).
Mesmo com as respectivas desvantagens, as torcidas gaúchas fizeram as suas partes, lotando os seus estádios. Na noite da quarta-feira, o Gigante da Beira-Rio estava tomado por colorados; na noite de quinta-feira, o Estádio Olímpico estava transbordando com gremistas.
O compositor Lamartine Babo, gênio da música brasileira, escreveu seu verso mais bonito para homenagear o América, clube de seu coração. Eis uma linha de rara beleza: "Hei de torcer, torcer, torcer, hei de torcer até morrer, morrer, morrer".
A dramática filosofia deste verso foi muito bem entendida pelas torcidas de Grêmio e Internacional. Na quarta-feira, o primeiro tempo no Beira-Rio reservou dois duros golpes na torcida colorada. Ao passo que, na quinta-feira, a primeira etapa no Olímpico golpeou a torcida gremista, também duas vezes. Assim, ambos os jogos chegaram ao intervalo com "visitantes 2, anfitriões 0".
Na quarta o Inter e na quinta o Grêmio precisavam marcar cinco gols no segundo tempo. Cinco gols em quarenta e cinco minutos. Parece tarefa impossível, mas o Bayern de Munique já provou o contrário. Futebol só acaba quando termina, amigos. E nós, torcedores, precisamos ter fé. Gremistas e colorados provaram essa semana que têm fé: cantaram e apoiaram durante toda a segunda etapa. O apoio incondicional ao seu clube, tanto no Beira-Rio quanto no Olímpico, foi exemplar. As torcidas gaúchas estão de parabéns, as duas.
Como que empurrados por suas massas, tanto Inter quanto Grêmio conseguiram empatar suas partidas em 2 a 2. Não foi suficiente, em ambos os casos faltaram três gols. Mas não importa: os aplausos ao final dos jogos mostram que valeu a pena tentar.
"O que eles aplaudiam? A derrota?" - perguntam os idiotas da objetividade. Ao que eu respondo: os gaúchos aplaudiram a garra, a atitude, o ímpeto, e o respeito à camisa. Eles foram uns exemplos de torcedores, durante a derrota e após ela. É nos momentos ruins que surgem as grandes torcidas. E é por isso que são eles, os torcedores gaúchos, os meus personagens da semana.
PC
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sexta-feira, 3 de julho de 2009
4 comentários:
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Especialmente a torcida do Grêmio está de parabéns. Aquilo que eles fizeram no final do jogo só vi a torcida do Cruzeiro fazerapós a eliminação para o Vasco no Brasileiro de 2000.
ResponderExcluirNo jogo do Beira-Rio há que se destacar a bandidagem de Cristian, jogador mau caráter, que ao ver o Inter empatar o jogo se atira cinicamente no gramado (sem a menor necessidade) e começa uma grande confusão. E agora o que a imprensinha faz? Cai em cima do D'Alessandro se esquecendo do maior vilão da história toda.
Dois jogaços, cujos resultados (pelo menos eu achei) foram injustos.
ResponderExcluirFaltou dizer que a torcida do Fluminense vivenciou a mesma situação nessa Copa do Brasil e também não deixou de acreditar e apoiar o time, que correspondeu no segundo tempo e por pouco não arrancou uma virada espetacular!
ResponderExcluirreamente a torcida do Grêmio e do Inter estão de parabéns.
ResponderExcluirgostei muito tb da atitude do time do Grêmio, mesmo perdendo foram leais (na medida do possível) e valorizaram a classificação de Cruzeiro.
Sou Cruzeirense e tenho um blog onde fazemos em todo jogo do Cruzeiro um podcast. Nesse do jogo do Grêmio meus companheiros de blog brincaram muito com o estilo de Jogo de tricolor gaúcho mas eu respeito e sempre respeitei muito o Grêmio.
abraço
www.foradarea.blogspot.com