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terça-feira, 25 de agosto de 2009

O triunfo de Rubinho

Amigos, o triunfo de Rubinho no Grande Prêmio da Europa não foi apenas mais uma vitória do piloto brasileiro.

O primeiro lugar foi a recompensa pela obstinação de Barrichello. No fim do ano passado, ninguém mais acreditava no Rubinho. Ninguém, ninguém! Eu, você, os críticos, os especialistas, todos, todos achávamos que havia chegado a hora da aposentadoria.

Quando Ross Brawn obteve a licença, faltando dias para a primeira corrida, logo convidou Rubinho, sabendo que sua extensa experiência seria útil ao novo time. As piadas continuaram, mesmo com os bons resultados da equipe na pré-temporada.

Começam as corridas, e Jenson Button, o companheiro de Barrichello, vence fácil um, dois, três, quatro, cinco, seis grandes prêmios. Só fácil não, muito fácil, uma facilidade impressionante. E aí então voltaram as críticas a Rubinho: "não nasceu para vencer", "é um derrotado".

Críticas muito injustas, que Barrichello é obrigado a aturar há tantos anos. Amigos, não se chega à marca de 278 grandes prêmios de Fórmula 1 sendo um perna-de-pau. Rubinho deveria ser motivo de orgulho para o povo brasileiro. Não tanto quanto Ayrton Senna, Nelson Piquet e Emerson Fittipaldi, que foram melhores pilotos que ele. Mas ainda assim, motivo de orgulho. É um esportista que está há 16 anos competindo em alto nível, na principal categoria do automobilismo. Há pouquíssimos paralelos recentes de tanta longevidade em outros esportes. Assim, de cabeça, só me lembrei de Oscar Schmidt. Deve haver outros, mas asseguro que são poucos.

As últimas vinte voltas do Grande Prêmio da Espanha, no circuito de rua de Valência, foram uma verdadeira aula de automobilismo. Lewis Hamilton tinha o melhor carro, mas o piloto brasileiro conseguiu segurar a liderança. Agüentar vinte voltas de pressão é mais um feito na bonita carreira de Rubens Barrichello.

A diferença para Button é de 18 pontos, faltando seis corridas. A próxima parada do circo é na Bélgica, domingo. Foi lá, em Spa-Francorchamps, que Rubinho obteve sua primeira pole-position, em 1994. Bom sinal, bom sinal! Se obtiver mais uma vitória, o brasileiro entra de vez na disputa do campeonato. E eu aposto que é isso que vai acontecer. Está feita a profecia.

PC

4 comentários:

  1. "É um esportista que está há 16 anos competindo em alto nível, na principal categoria do automobilismo. Há pouquíssimos paralelos recentes de tanta longevidade em outros esportes. Assim, de cabeça, só me lembrei de Oscar Schmidt. Deve haver outros, mas asseguro que são poucos."

    PC, vc se esqueceu de um exemplo: Túlio Maravilha!

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  2. Depois de tanto criticar o Rubinho, acho que desta vez ele está de parabéns pela corrida. Quanto à longevidade, há o Romário e o Nílton Santos.

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  3. Desde que o meu pai me ensinou sobre o Rubinho, sempre o admirei. Tomará que ele vença a corrida.

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  4. Eu sou crítico do Rubinho, não desses que diz que ele é um merda. Mas acho que ele poderia ter um pouco mais de atitude. Torço por ele. Que a profecia se cumpra!

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