O Fluminense agoniza

Amigos, a tórrida tarde de domingo presenciou mais um empate no Maracanã.

Mais uma vez, o Fluminense não conseguiu se impor em seu próprio estádio. No primeiro tempo, foi preciso que o Internacional fizesse 1 a 0, para o Tricolor reagir e empatar. No segundo tempo, foi preciso que o Internacional fizesse 2 a 1, para o Tricolor reagir e empatar.

E não é o primeiro jogo em que isso acontece. No Maracanã, os times adversários parecem se sentir à vontade, como se estivessem em seus próprios estádios.

O Fluminense não consegue se impor como fazia antigamente. Até a década de 80, encarar o Tricolor no Maracanã era tarefa de Hércules. Ou, em termos mais modernos, vencer o Tricolor no Maracanã era missão impossível. Até mesmo em 2007 e 2008, era difícil bater o quadro pó-de-arroz no Estádio Mário Filho.

Porém, em 2009 não tem sido assim. Contam-se nos dedos de uma mão as vitórias tricolores em casa neste Campeonato Brasileiro. Pior, nos dedos de uma mão do presidente Lula. Foram apenas quatro: São Paulo, Botafogo, Sport e Avaí.

Como pode o Fluminense vencer apenas quatro jogos no Maracanã em todo um longo Campeonato Brasileiro? Como pode o Fluminense amargar a lanterninha de um Campeonato Brasileiro com 20 clubes?

Hoje, o público apareceu, embora a praia fosse mais convidativa, com o calor infernal que assolou a Cidade Maravilhosa. Trinta mil tricolores foram apoiar esse time que não condiz com a tradição do Fluminense. Esse time que não se impõe no Maracanã. Esse time que não merece a torcida que tem.

O Fluminense agoniza. A cada rodada que passa, o milagre da salvação parece mais distante. Só não desistimos porque se trata do Fluminense Football Club. O verde, o branco e o grená correm em nossas veias, e sempre correrão. E sempre que lemos as palavras de Nelson Rodrigues, convocando vivos, doentes e mortos, nos arrepiamos. E então subimos as rampas. Como faremos na quinta-feira. Que venha o Universidad do Chile.

PC