Resenha: Tricolor 0 (5), Vasco 0 (6)

(resenha postada originalmente no Pavilhão Tricolor)

Amigos, desde o início me assombrava a hipótese da decisão por pênaltis. Não é correto que o destino das taças seja decidido no cara-ou-coroa. Futebol é futebol, e não há nada de futebol quando a decisão se dá no puro azar. Ah, como seria mais justo que as equipes partissem para um novo jogo! Porém, infelizmente, essa é a regra, e temos que segui-la.

Nosso eterno Nelson Rodrigues dizia que uma vitória não se improvisa. Para ele, uma vitória é resultado do lento trabalho de gerações. O fato é: o Fluminense tem mais time que o Vasco, mas não estava preparado para o triunfo.

Embora o Tricolor tenha tido as melhores chances, temos que concordar: o Vasco jogou melhor. O jovem Philippe Coutinho infernizou nossa defesa, do primeiro ao último minuto. Já as jogadas de ataque do Fluminense saíam a muito custo, quase sempre dos pés de Everton, já que Darío Conca esteve em noite apagada.

O quadro de São Januário tinha dificuldades no último passe: a bola nunca chegava na medida certa para Dodô. Já para Fred, ela chegou, algumas vezes. Mas o centroavante pó-de-arroz voltava de lesão, e estava visivelmente sem ritmo. Desperdiçou pelo menos dois gols que não podem ser perdidos numa decisão.

O resultado foi o dramático zero a zero. Na decisão por pênaltis, a sorte sorriu para o Vasco, quando Alan chutou no travessão a sexta cobrança tricolor.

Amigos, o bom guerreiro conhece tudo, menos a capitulação. Não podemos ficar deprimidos: aprende-se com a derrota. Tenho certeza: na Taça Rio, veremos o Fluminense de novo no seu esplendor máximo.

PC