Te cuida, Cruzeiro!

O ladrão veste laranja!

Amigos, apitará Cruzeiro x Nacional/URU, pelas oitavas da Libertadores, o árbitro argentino Hector Baldassi. É melhor os cruzeirenses irem se preparando psicologicamente para o assalto...

O primeiro time brasileiro garfado por Baldassi na Libertadores foi o Flamengo (é, até o rubro-negro...). Aconteceu em 2007, na partida contra o Defensor/URU. O juiz argentino amarrou o jogo, tolerando a excessiva cera dos uruguaios. No fim das contas, faltou um gol para o Flamengo levar o jogo para os pênaltis.

Um ano depois, a vítima foi o Santos, em jogo contra o América/MEX (salve Cabañas!), válido pelas quartas-de-final. Mais um clube brasileiro eliminado da Libertadores, em mais uma polêmica arbitragem do señor Hector.

O maior assalto de todos ocorreu na finalíssima de 2008: Fluminense x Liga/EQU. Dois pênaltis clamorosos a favor do Tricolor foram solenemente ignorados por Baldassi, um em Washington (foto abaixo), outro em Cícero. Além disso, a tolerância com a cera dos equatorianos foi além da conta, especialmente com o goleiro Cevallos. Após atrasar todas as reposições de bola ao longo da partida, o arqueiro só foi punido com o cartão amarelo aos treze minutos do segundo tempo da prorrogação, quando a advertência já não servia para mais nada. Até na disputa de pênaltis Baldassi foi infeliz, tolerando as inaceitáveis provocações do já citado goleiro, que deveria ter sido expulso ao abandonar a meta em uma das cobranças.

Só o Baldassi não viu esse pênalti.

O engraçado é que, segundo quase todos os cronistas e torcedores argentinos, Baldassi é o melhor juiz do país (tão bom que até apitará a Copa do Mundo - te cuida, Seleção!). Até mesmo respeitados atletas brasileiros, como o Rogério Ceni, elogiam a conduta do señor Hector. É por essas e outras que eu não acredito em unanimidades e nem em reputações. Quase sempre, a reputação é uma coisa, e o sujeito é outra, completamente diferente.

Não considero Baldassi um grande juiz, e nem mesmo um juiz medíocre. Vejo-o, de alto a baixo, como um péssimo homem. Vejo-o como um árbitro que, com uma falsa inocência paradisíaca, dá, em bandejas douradas, títulos aos adversários do Brasil.

O jogador brasileiro não pode piscar o olho, que Baldassi vem, lá de longe, sacudindo o dedo, e apitando a falta. Uma tênue infração brasileira assume as proporções de um crime hediondo. Com uma comovente cara-de-pau, Baldassi só ameaça e só coage os brasileiros.

Os fatos estão ao meu lado: Baldassi já eliminou da Libertadores o Flamengo, o Santos e o Fluminense. Aviso desde já aos leitores cruzeirenses: ele tentará o possível e o impossível para desclassificar também o Cruzeiro.

Só falta ao currículo de Baldassi um feito extraordinário: eliminar a Seleção Brasileira de uma Copa do Mundo. Se um dia ele conseguir a proeza (Deus nos livre e guarde desta tragédia infinita), transformar-se-á automaticamente no maior ídolo da história argentina. Neste dia, Maradona, Di Stefano, Messi e até Evita parecerão nanicos e ínfimos diante da magnânima expressão do señor Hector Baldassi.

PC

(para quem por ventura considerar que fui parcial na análise dos erros de Fluminense x Liga/EQU, peço que leia o texto do ex-árbitro Arnaldo Cezar Coelho sobre o assunto)