Caiu a invencibilidade de Marcelo de Lima Henrique

Amigos, ontem o Flamengo perdeu uma partida sob o apito de Marcelo de Lima Henrique. Caiu assim a mais longa invencibilidade recente do futebol brasileiro, que já durava três anos, três meses e nove dias. Foram nove jogos (sete deles clássicos), com oito vitórias rubro-negras e um empate.

Pouca gente sabe, mas o rubro-negro já havia perdido um jogo apitado por MLH, exatamente o primeiro da lista, no dia 17/02/2007 (Flamengo 1 x 4 Madureira). Cabe ressaltar que era um jogo em circunstâncias especialíssimas, disputado sob um calor de 40 graus em Moça Bonita. Para piorar, três dias antes o Flamengo jogara na altitude de Potosí (Bolívia), pela Libertadores. Além disso, era apenas uma partida de primeira fase de Taça Guanabara, que pouco valia. O atacante Marcelo, do Tricolor suburbano, teve grande atuação, marcando os quatro gols de seu time.

Ali começava uma das mais impressionantes sequências de bons resultados de um clube com um juiz em todos os tempos. No dia 07/03/2007, Flamengo e Madureira voltaram a se enfrentar, dessa vez para decidir a Taça Guanabara. Neste jogo "para valer", disputado no Maracanã, a vitória foi do Flamengo, devolvendo os 4 a 1. O primeiro clássico apitado por MLH foi um desinteressante Flamengo x Vasco, no Brasileirão de 2007, que terminou empatado em 1 a 1.

A partir de 2008, a seqüência ganhou números impressionantes. Na final da Taça Guanabara, vitória do Flamengo por 2 a 1 sobre o Botafogo (o famoso jogo do chororô botafoguense no vestiário). No Brasileirão de 2008, 1 a 0 sobre o Vasco, em jogo cheio de reclamações vascaínas. Ainda no Brasileirão de 2008, 1 a 0 sobre o Botafogo (foi ignorado um pênalti clamoroso de Bruno em Jorge Henrique).

No Carioca de 2009, a seqüência de vitórias rubro-negras continuou: 3 a 1 sobre a Cabofriense, e 1 a 0 sobre o Fluminense (na semifinal da Taça Rio, em outra arbitragem contestadíssima). No Brasileirão de 2009, nova vitória sobre o Fluminense (2 a 0, com direito a pênalti claríssimo de Bruno em Digão, mais uma vez ignorado). No Carioca de 2010, a sétima e última vitória da incrível seqüência: 5 a 3, novamente sobre o Fluminense.

Finalmente, ontem, aconteceu uma derrota do Flamengo em um clássico sob o apito de Marcelo de Lima Henrique. Mas repito o que escrevi ontem: o Fluminense só conseguiu vencer porque foi infinitamente superior ao Flamengo. A arbitragem foi mais uma vez lamentável, e tendenciosa para o lado da Gávea.

Qualquer árbitro isento teria expulsado o rubro-negro Toró ainda no primeiro tempo. Não bastassem os tapas na cara de Darío Conca, minutos depois ele deu uma entrada criminosa em Carlinhos. Cartão vermelho era pouco: Toró deveria ter sido preso por agressão! Outro que poderia ter ido mais cedo para o chuveiro é Leonardo Moura, que acertou um carrinho por trás, sem bola, e levou apenas o cartão amarelo. Aliás, diga-se: foi a única aparição de Leonardo Moura em todos os 90 minutos.

Lembro que o Fluminense ainda teve dois gols anulados, mas em ambos a decisão da anulação foi do bandeirinha, então não podemos jogar essa responsabilidade sobre os ombros do árbitro Marcelo. A falta que Bruno converteu em gol também não existiu, mas ali o jogo já estava decidido.

O Fluminense venceu ontem porque não havia como empatar ou perder, de tão ridículo que foi o futebol apresentado pelo Flamengo (que, se jogar assim sempre, vai cair para a Série B com algumas rodadas de antecipação).

A fiscalização e a vigilância sobre as escalações de Marcelo de Lima Henrique precisam continuar. Uma única derrota rubro-negra não apaga os números do passado. Reafirmo: Marcelo de Lima Henrique não pode apitar jogos do Flamengo.

PC