Resenha: Atlético PR 2 x 2 Tricolor

Amigos, há dias em que o empate vale por uma vitória. Neste domingo, o Fluminense jogou na Arena da Baixada, que foi, por muito tempo, a caveira dos clubes cariocas. Lá, nunca foi fácil vencer o Atlético Paranaense. Por mais que o Campeonato Brasileiro esteja disputado, não se pode desprezar um pontinho conquistado em Curitiba. Há que se comemorar o resultado da Arena da Baixada. Principalmente porque, por trás do placar de 2 a 2, está uma excelente atuação do Fluminense. Todos os tricolores mostraram garra inexcedível, molhando a camisa até o último minuto da batalha.

Olhem para Conca, examinem o craque do Fluminense. Sua atuação foi, mais uma vez, magistral. O argentino rege o time como se fosse um maestro, acelera o jogo quando tem que acelerar, cadencia o jogo quando tem que cadenciar. E nunca, nunca foge das bolas divididas. Sua entrega em campo é comovente.

Quando o Atlético Paranaense fez 1 a 0, já no segundo tempo, achei, por um instante, que o Tricolor não conseguiria reagir. Mas vi Marquinho lutar por uma bola praticamente perdida, e isso me reanimou. Ali, percebi que o Fluminense se recusaria a perder. E foi o próprio Marquinho que assinalou o gol de empate, em chute de fora da área. (nessa hora, me lembrei do santo gol dele ano passado, também em Curitiba, na última rodada, que nos livrou de um terrível rebaixamento)

Com o segundo tempo já avançado, o Atlético Paranaense fez 2 a 1. Novamente, abateu-se sobre mim um sentimento pessimista: o Fluminense teria forças para buscar o novo empate? Teve, sim. Diguinho dividiu na raça, Tartá lutou pela posse de bola, e foi derrubado: pênalti para o Tricolor. Conca cobrou com a habitual precisão: 2 a 2.

O empate foi merecido, e o melhor é que o suado ponto conquistado acabou levando o Fluminense novamente à liderança. Faltando sete rodadas para o fim, voltamos à ponta do Campeonato Brasileiro. A taça voltou a sorrir.

Lá em sua úmida caverna, coçando sua longa barba branca, vestindo sua bela manta branca, o Profeta calmamente repete o vaticínio: "Fluminense campeão! Fluminense campeão!".

PC