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quarta-feira, 16 de março de 2011

Sobre as negociações dos direitos de transmissão

Amigos, há algum tempo leitores perguntam minha opinião sobre as polêmicas negociações dos direitos de transmissão da TV Aberta. Começo fazendo uma análise da divisão dos valores para o Campeonato Brasileiro de 2011:

Grupo I - Corinthians, Flamengo, Palmeiras, São Paulo e Vasco: R$ 21.000.000,00.
Grupo II - Santos: R$ 18.000.000,00.
Grupo III - Atlético MG, Botafogo, Cruzeiro, Fluminense, Grêmio e Internacional: R$ 15.000.000,00.
Grupo IV - Atlético PR, Bahia, Coritiba: R$ 11.000.000,00.
Grupo V - Goiás, Guarani, Portuguesa, Sport Recife e Vitória: R$ 5.500.000,00.
"Convidados" - América MG, Atlético GO, Avaí, Ceará e Figueirense: negociação individual com o Clube dos Treze.

Algumas observações importantes:

- o Clube dos Treze foi fundado em 1987, com os integrantes Atlético MG, Cruzeiro, Botafogo, Flamengo, Fluminense, Vasco, Grêmio, Internacional, Corinthians, Palmeiras, Santos, São Paulo e Bahia. Hoje tem vinte clubes, com as adesões de Atlético PR, Coritiba, Goiás, Guarani, Portuguesa, Sport Recife e Vitória.

- os integrantes do Grupo V não jogarão a Primeira Divisão, mas mesmo assim receberão recursos da venda dos direitos do Campeonato, simplesmente por serem participantes do Clube dos Treze, espécie de "elite" do nosso futebol. Além do absurdo de receberem recursos de um produto do qual não fazem parte, esta situação ainda gera um injusto desequilíbrio financeiro na Série B.

- os "convidados", isto é, clubes que jogarão a Primeira Divisão mesmo sem serem integrantes do Clube dos Treze, são obrigados a negociar individualmente, e acabam aceitando migalhas, bem menores que os valores pagos aos outros clubes (provavelmente menores até que os pagos aos cinco "elitistas" que jogarão a Série B). Com a grande desvantagem financeira, acabam destinados a brigar para escapar do rebaixamento (nos últimos anos, nenhum clube fora do Clube dos Treze alcançou vaga na Copa Libertadores pelo Campeonato Brasileiro).

- a divisão não obedece a absolutamente nenhum critério técnico. Os clubes do Grupo I ganham mais que o Santos, que ganha mais que os clubes do Grupo III, que ganham mais que os clubes do Grupo IV, que ganham muito mais que os "convidados", toda essa divisão baseada em... nada. O mérito esportivo não é levado em conta: por exemplo, Palmeiras e Vasco estão no grupo que mais recebe, mesmo tendo resultados pífios nos últimos 10 anos, incluindo rebaixamentos. A média de público presente nos estádios também é desprezada: Atlético Mineiro, Fluminense e Bahia possuíram algumas das maiores médias de público nos últimos anos, e ainda assim recebem menos que clubes com números notavelmente inferiores.

Em suma: a divisão dos recursos feita hoje não é justa, porque privilegia os vinte clubes elitistas (mesmo que estes sequer estejam no Campeonato), em detrimento dos clubes que, mesmo com muito menos dinheiro, conseguiram alcançar a Série A. Para piorar, ainda há a "elitização da elite", baseada em um achismo que não leva em conta nenhum critério técnico.

Passemos à discussão deste ano, que se refere à venda dos direitos para os Campeonatos Brasileiros de 2012, 2013 e 2014.

O Clube dos Treze, com apoio do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), lançou uma concorrência para a negociação dos direitos de transmissão para o próximo triênio. E retirou os privilégios da TV Globo, que até este ano tinha o direito de cobrir qualquer oferta. Alguns clubes resolveram não aceitar esta negociação "conjunta": Botafogo, Flamengo, Fluminense, Vasco, Corinthians, Palmeiras, Santos, Cruzeiro, Grêmio e Coritiba. Estes afirmam que procurarão a negociação individual com cada emissora. Pode ser causada uma confusão geral, com cada clube escolhendo uma emissora, o que geraria um impasse: quem transmitirá o jogo A x B, se o clube A assinou com a emissora X, e o clube B assinou com a emissora Y?

Negociação do Clube dos Treze ou Negociação Individual - qual é a melhor?

Nem uma, nem outra. A negociação do Clube dos Treze, conforme explicado acima, é injusta. E a negociação individual é pior ainda, pois aumentará o abismo entre os clubes grandes e os pequenos, e criará novos abismos, estes entre os clubes grandes. Provavelmente, Corinthians e Flamengo conseguirão valores muito maiores que os demais, pois interessam mais às emissoras, por serem clubes "de massa". Neste caso, estejam prontos para assistir à polarização do Campeonato Brasileiro entre os dois clubes (embora muitos tentem dizer o contrário, o dinheiro é inevitavelmente um fator decisivo no futebol moderno). Teremos aqui uma versão brasileira do Campeonato Espanhol, com um Real Madrid e um Barcelona alternando-se na frente, e o restante milhas atrás. Para comprovar esta influência, vejam os valores pagos pela empresa Mediapro aos clubes espanhóis na última temporada, em euros:
- Real Madrid e Barcelona: 120 milhões.
- Valencia: 44 milhões.
- Atlético de Madrid: 42 milhões.
- restante: menos de 40 milhões cada.

Nos últimos 6 Campeonatos, o Barcelona ganhou 4, e o Real Madrid 2. Nos últimos 14, a "dupla de ferro" levantou 11 (o Valencia 2 e o Deportivo La Coruña 1). Neste momento, há na Espanha um grande debate, visando ao fim da negociação individual, que gera esta ridícula falta de competitividade, e viola princípios de igualdade de condições.

Então, qual é a melhor solução?

Inevitavelmente, o melhor caminho é uma negociação coletiva, para evitar a "polarização espanhola" e os conflitos causados pela venda a emissoras diferentes. A negociação do Clube dos Treze, no entanto, também é injusta, pois privilegia os integrantes da "elite", e não obedece a critérios técnicos.

Antes de formular minha sugestão, pesquisei as fórmulas adotadas por 3 das 4 maiores ligas européias em faturamento (excluindo, obviamente, a polarizada Liga Espanhola):

Serie A (Itália)
- 40%: divididos igualmente entre todos os participantes do Campeonato.
- 30%: divididos de acordo com o mérito esportivo (quanto melhor o clube se posicionar em 2011, mais receberá em 2012).
- 30%: divididos de acordo com o tamanho da torcida (média de público).

Bundesliga (Alemanha)
- a divisão é praticamente igualitária entre os participantes do Campeonato (apesar das insistentes reclamações do Bayern de Munique).

Premier League (Inglaterra)
- 56%: divididos igualmente entre todos os participantes do Campeonato.
- 22%: divididos de acordo com o mérito esportivo (quanto melhor o clube se posicionar em 2011, mais receberá em 2012).
- 22%: divididos de acordo com o número de jogos transmitidos na televisão.

Minha sugestão para o Campeonato Brasileiro
- 50%: divididos igualmente entre todos os participantes do Campeonato.
- 25%: divididos de acordo com o mérito esportivo (quanto melhor o clube se posicionar em 2011, mais receberá em 2012).
- 25%: divididos de acordo com o ranking de média de renda (a forma mais correta de se medir o tamanho efetivo de uma torcida)

Aproveitemos a crise para extinguir o Clube dos Treze, aberração que nunca deveria ter existido, e que não servirá para mais nada. A racionalização do calendário também poderia ser tentada (os curiosos leiam aqui a minha sugestão, feita em 2009).

Concorda com a minha sugestão? Prefere a negociação individual? Aguardo seus comentários!

PC

32 comentários:

  1. Belo trabalho de pesquisa pro posta PC, muito bom. Venho acompanhando e postando no meu blog sobre essa negociação também, enquanto na Europa estão tentado padronizar para que nenhuma liga tenha a negociação individual dos clubes, nós estamos andando para trás. Fato que será criado um abismo entre os "clubes de massa" e os demais, veremos o tão aclamado equilibrio do Brasileirão ir por água abaixo, e não consigo entender pq alguns presidentes como o do FLU estão embarcando nessa. Sua sugestão é mt boa, é importante ter um percentual para o mérito esportivo, talvez não o mesmo percentual para a média de renda gerada pela torcida, este último poderia ser menor. Os clubes precisam se profissionalizar e angariar rendas de outros meios para não ficarem nas mãos apenas da TV.
    Vale lembrar que a Bundesliga, onde a divisão é quase igual, possui os clubes com menores endividamentos da Europa e com médias de público espetaculares.
    Parabéns PC, mt bom.

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  2. A analise e ideia são muito boas.

    Pena que no futebol brasileiro os sensatos não tem voz.

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  3. PC,

    você pensa bem parecido comigo nesta questão e só tenho uma sugestão para melhorar a sua divisão:

    Levar em consideração a audiência da TV e a quantidade de jogos da TV dos times para calcular o fator tamanho de torcida. Digo isto, por conta do tamanho dos estádios serem muito diferentes, assim um clube pode levar vantagem injusta. Dai uma composição entre os dois fatores (levando mais em conta a média da publico) seria o ideal.

    []'s

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  4. Concordo da primeira à última linha, PC.

    Parabéns pelo texto e, sobretudo, pela pesquisa.

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  5. 25%: divididos de acordo com o ranking de média de renda (a forma mais correta de se medir o tamanho efetivo de uma torcida)

    Não apenas a forma mais correta, como também mais uma forma do time incentivar a sua torcida a comparecer aos estádios. Afinal, quanto mais torcedores comparecerem aos jogos, maior a média de renda e,consequentemente, maior a participação na divisão da grana, ou não?

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  6. O modelo inglês me parece o melhor, mas os clubes brasileiros parecem estar beeem longe de uma dessas soluções.
    Parabéns pelo post, excelente!

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  7. PC,

    Isso já devia de ter sido feito há tempos. Mas há um problema quanto ao ranking das médias de público:

    Num determinado ponto do campeonato, do meio para o fim, os que brigam por algo terão mais publico e os que já não podem ser campeões terão público pequeno. Até aí, tudo bem, fizeram por onde ao longo do campeonato, mas os que não lutam contarão com alto publico devido ao torcedor comparecer para apoiar o adversário que estará brigando ainda por algo.

    Medir essa média é complicado. Só vale o mando de campo? Divide-se para os dois igualmente? No caso de clássico regional, FlaFlu por exemplo, se for só o mando de campo e o flu tá brigando e o fla não, se o mando do campo for do fla a torcida do flu estará contribuindo para o flamengo elevar a média.

    Eu sempre tive a idéia de fazer a divisão pela colocação no campeonato, mas a sua idéia é mais correta quando se divide uma parte para todos igualmente e outra parte para a colocação anterior.

    Sabemos como a Globo trabalha. Passarão jogos dos 3 do Rio para diminuírem o público. Sabemos como agem os homens da surdina que quererão uma ajudinha da arbitragem nas rodadas finais mesmo que não lutem por nada, mas para se classificarem uma posição a mais para ganharem mais.

    Esse é o Brasil. Mas estamos no caminho certo ao começarmos a pensar nisso, já os dirigentes, andam para trás, pois não nos "escutam" e mesmo se o fizessem, não iriam de encontro aos seus interesses. Dividir melhor significa diminuir de Corínthians e Flamengo. Algo inimaginável pelo que conhecemos desses 2.

    Pau neles...

    Axlace

    http://aqipossa.blogspot.com

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  8. Aqipossa Informativo,

    primeiro,

    se o contrato for feito direito, a Globo não vai passar jogos na praça de origem (exceto em jogos onde todos os ingressos forem vendidos), assim o publico não cairia por este motivo.

    segundo,

    quanto ao entrega e suburno, prende quem fizer isso que resolve.

    []'s

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  9. Bigmontz

    Eu lembro que em 87, na criação de um "novo futebol" também não iam poder passar os jogos para a praça. Lembra o que fizeram? Inventaram um sorteio minutos antes dos jogos para saber qual seria transmitido.

    Isso era para poder transmitir para a própria praça caso o sorteio assim mostrasse.

    Se naquela época que foi quando eles começaram a destruir o futebol (e não salvá-lo) eles deram um jeitinho, imagina agora que eles já mandam até trocar rodadas e invertem mandos de campos.

    Entrega e suborno... Vamos prendê-los e encarcerá-los na mesma cela que já estão o pessoal do Corínthians e Grêmio de 2009?

    Axlace.

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  10. PC,

    Nunca conversamos sobre este assunto, mas concordamos em um ponto, que é o risco de "espanholar" o campeonato brasileiro, face à diferença de recursos da TV obtidos por Flamengo e Corinthias.

    Por isso entendo que o FFC deve ficar sempre do lado oposto a estes clubes.

    Outro ponto, e este discordando parcialmente de você, os direitos de TV deveriam ser divididos igualitariamente, porque não há jogo de somente um time e a Globo ou qualquer outra emissora vende o Campeonato Brasileiro e não jogos do Flamengo e do Corinthians.

    O reconhecimento do porte das torcidas deveria ser somente para a TV fechada-payperview- porque isto está diretamente ligado ao nº de pacotes vendidos, o que é proporcional à torcida.

    A concessão que eu faria neste caso é o de critério técnico, mas somente como incentivo aos times de melhor desempenho, mas mesmo assim questionável, porque isto está na premiação da CBF (ou deveria estar)

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  11. Aquino,

    A divisão igualitária, como ocorre na Alemanha, seria muito mais correta que a atual.

    Concordo que a venda de pacotes PPV seria uma boa maneira de diferenciar os valores recebidos por cada clube.

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  12. Assinaria a sugestão do blogueiro sem mais delongas. É excelente.

    Por que um monte de dirigentes está se alinhando a Flamengo e Corinthians?

    Se aliar a eles é aceitar a espanholização.

    Isso tá fedendo...

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  13. Uma dúvida honesta: os 25% de recorde de renda não prejudicariam os times que jogam em estádios menores ou em horários/datas menos privilegiadas?

    Caso você me aponte que não, concordo 100% contigo. Do contrário, tenho apenas essa ressalva, o resto é perfeito.

    Abraços.

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  14. O Carraro tem razão. E eu que já sou meio cabreiro com essa coisa de usar o público como fator, ainda nem tinha me ligado nesse fato.

    Não é tão fácil resolver. E olha que nós estamos certos de estarmos indo pra frente.

    Eles... pra trás.

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  15. Carraro,

    De fato essa medida prejudicaria os clubes com estádios menores, especialmente se esses estádios estiverem sempre lotados. (o que indicaria que o clube "merece" um público maior)

    Mas não conheço exemplo aqui no Brasil de clube com seu estádio sempre lotado, por menor que seja o estádio.

    De qualquer forma, obrigado pela observação pertinente.

    Abraço,
    PC

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  16. Sobre os clubes com partidas em horários e dias ruins, outra observação pertinente. A tabela deveria ser mesmo feita com mais cuidado.

    Cada clube deveria ter o mesmo número de jogos nas quartas/quintas-feiras e nos sábados/domingos, o que infelizmente não acontece.

    Sobre isso, escrevi AQUI.

    Abraço,
    PC

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  17. Pela questão da diferença de tamanho de estádio que a fato audiência na tv pode ser usado para compor com a média de público.

    No caso da verba de pay-per-view, creio que a divisão tem ser feita da mesma forma, só que o dinheiro que seria dividido pela média de publico, neste caso será dividido pela quantidade de gente que compra o pacote e tal.

    Na questão da verba de tv fechada e as outras, coloca no bolo da tv aberta.

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  18. Comentário no Terceira Via Verdão:

    Danilo Navarro Ferreira

    (...)

    Mas sinceramente o assunto que mais me preocupa são os direitos de transmissão e o c13. Não sei quem deu a dica, mas o link 2 sobre o assunto (blog jornalheiros) é de matar à pau, muito bom mesmo!!! parabéns pela fonte 3vv.

    Esse assunto irá decidir os rumos do futebol brasileiro, espécie de divisor de águas. Só acho que o modelo proposto pelo autor da matéria do Jornalheiros não é legal, basear porcentagens do contrato no número de expectadores é um erro. Cada torcida tem um perfil, e muita coisa implicaria nisso, desde a região do time até o preço do ingresso e a qualidade do estádio.

    Pra mim a espanha é realmente uma aberração, não tem nada mais chato do que aquilo.

    Acredito no modelo alemão, apesar de vivermos num país que possui dirigentes gananciosos demais para isso. Acho que um clube tem que se diferenciar financeiramente pela sua gestão, seu marketing e pelos resultados no campo e não pelo contrato de transmissão.

    O campeonato é feito por todos e é justo que todos ganhem o mesmo das televisões. As outras opções são coronelismo.

    Parabéns 3vv, por abrir meus horizontes sobre esse assunto, agora vejo como a divisão do c13 é injusta e o que se desenha com as negociações em separado é pior ainda.

    Queria ter representantes no palmeiras que enxergassem isso, espero que um dia sejamos tão organizados quanto os alemães, que tem um modelo incrível de disputa, tomaram o lugar da itália na uefa e podem ver vários times diferentes sendo campeões e disputando o título todos os anos: os dois bayern, schalke, werder, stutgart, wolfsburg e o meu borussia que tá dando show nessa temporada!!

    Nós também temos um campeonato bastante equilibrado e que poderia ser o mais equilibrado do mundo. Mas a cbf e a globo mandam e desmandam usando pessoas como o presidente dos gambás...

    Só espero que, assim como friza o blog, nós não nos tornemos uma espanha, até pq, não seriamos o barça ou o real.....

    abs

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  19. Explicando por que escolhi a "média de renda" para determinar o "tamanho" da torcida, é exatamente para tentar diminuir a influência do fator "preço do ingresso". Se escolhesse simplesmente "média de público", algum clube espertinho poderia colocar seus ingressos a 1 real, e assim encher seu estádio. :P

    Claro que há outras fórmulas para medir o tamanho da torcida, com suas virtudes e seus defeitos.

    Por exemplo, as pesquisas de torcida, que eu descarto simplesmente porque apresentam resultados sempre inconsistentes, quando comparadas umas com as outras.

    Audiência de TV? Pode ser, mas também possui suas distorções.

    Se o tema gera muita controvérsia, então partamos para o modelo alemão, de igualdade total...

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  20. Muito boa a análise e sugestão de "rateio". Só não concordo com o item "disão sobre a média de renda" talvez uma mescla entre média de renda e média de público, uma vez que o valor dos ingressos é mto diferente nos diversos jogos, times, estados e etc.

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  21. "LFP" Brasileira criada em parceria Clubes/CBF sem monopólio de poder cuidando dos Brasileirões A e B, dos direitos de transmissão e de imagem de ambos.

    Calendário adequado ao padrão europeu, possibilitando amistosos contra os times do velho continente na pré-temporada

    Estaduais gerenciados pelas federações locais servindo para os pequenos de classificação para a Série C Nacional e para os grandes, entrando na fase final, de torneio de pré-temporada.

    CBF cuidando da Serie C e da Copa do Brasil, bem mais democrática com todos os times das 3 divisões nacionais.

    Copa Libertadores e Sulamericana ocorrendo juntas durante todo o ano.

    Brasileirão: Final de Agosto/Começo de Maio;
    Copa do Brasil: Setembro/Maio
    Estaduais (Pequenos): Começo de Julho/Final de Julho;
    Estaduais (Fase Final): Começo de agosto/Meio de Agosto;
    Libertadores/Sulamericana: Grupos entre Agosto e Dezembro, Fase final entre Fevereiro e Maio;
    Férias: Junho.
    Pré-temporada: Julho.

    Cópia do calendário europeu? Sim. Mas acho que daria certo e seria benéfico...

    Ok, acordei.

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  22. André,

    Minha sugestão de calendário para o futebol brasileiro é bastante parecida com a sua.

    Infelizmente, é sonho pensar que nossos dirigentes fariam tamanha revolução...

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  23. PC, o critério para divisão dos grupos não é baseada em mérito esportivo, é baseado em audiência.

    Flamengo, Corinthians e cia recebem mais porque dão mais audiência, e assim por diante.

    Nunca teve a ver com mérito esportivo, a questão aqui é que o clube recebe uma quantia calculada em cima do retorno que ele proporciona.

    Palmeiras e Vasco podem ter tidos resultados pífios, mas dão MUITA audiência. Analogamente, tivemos todos os nossos jogos transmitidos quando descemos ao inferno - nenhum dos clubes da série C tinha esse privilégio, mas também nenhum dava o mesmo retorno.

    Quando estamos falando de direitos de transmissão de TV, o negócio é estritamente comercial, não é esportivo.

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  24. Felipe, me desculpe, mas essa divisão de valores pode ser qualquer coisa, menos "baseada em audiência".

    Não faz absolutamente nenhum sentido, por exemplo, o Santos ganhar mais que o Fluminense, pois possui audiência menor.

    O critério deve ser técnico, como é na Inglaterra, na Itália e na Alemanha. Não pode ser baseado em achismo.

    Considerar o mérito esportivo é uma medida interessante, até para manter os times focados até o final do Campeonato.

    Aqui preferimos caminhar para o polarizado modelo espanhol. Perde o futebol brasileiro...

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  25. Excelente texto de Leonardo Bertozzi sobre o assunto:

    Seleções europeias acertam venda coletiva para TVs. E o Brasil na contramão...

    A Uefa anunciou nesta terça-feira um acordo com as 53 federações filiadas para a venda coletiva dos direitos de transmissão dos jogos válidos por Eliminatórias a partir de 2014.

    Os classificatórios para a Eurocopa de 2016 e para a Copa do Mundo de 2018 serão negociados em um pacote único. Pelo modelo atual, cada federação negocia individualmente os direitos de seus jogos em casa.

    Todo mundo sai ganhando. Para as federações mais importantes, o crescimento do bolo vai significar uma fatia maior.

    Segundo esta reportagem do Guardian, o acordo fechado com a Uefa garantirá à federação inglesa (FA) um mínimo de 25 milhões de libras (cerca de R$ 68 milhões) por ano.

    Uma ressalva: por outro lado, a FA terá de negociar separadamente a Copa da Inglaterra, que tinha seu valor de mercado maximizado pela venda casada com os jogos da seleção.

    As federações menores deixarão de depender apenas de um sorteio favorável - precisavam enfrentar seleções expressivas para lucrar mais com os direitos.

    "As federações poderão se concentrar apenas no futebol, sem ter de se preocupar com o que o sorteio pode trazer, e se o resultado dele será favorável ou não em termos de direitos de TV", explicou Michel Platini, presidente da Uefa.

    A venda coletiva para as seleções segue o que já é feito com os clubes, na maioria das ligas de ponta da Europa. A Espanha, com seu desnivelado campeonato, é a exceção.

    Enquanto isso, o Brasil caminha na contramão e tem seus times rachados em uma disputa cheia de motivações políticas e escassa em argumentos administrativos. Estão de parabéns.

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  26. Pc, está de parabéns!!! No Brasil temos que adotar este modelo Europeu tanto para Transmissão quanto para o Calendário tbm!!! Mais uma vez Parabéns!!!

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  27. Obrigado, Marcus Vinicius. Espero que de fato levem em consideração a nossa opinião...

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  28. Sou vascaino, mas concordo plenamente com seu texto. Inclusive acho curioso essa discussão ter se tornado popular apenas agora que Flamengo e Corinthians irão ganhar mais.

    Lamentável mesmo é os clubes aceitarem se inferiorizar só pra não perderem a fatia já reduzida em benefício de outros.

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