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domingo, 6 de novembro de 2011

Resenha: Internacional 1 x 2 Tricolor


Amigos, certas pessoas nascem para jogar bola, têm a habilidade para o futebol impressa no próprio DNA. É o caso de Neymar, que levou a zaga do Vasco à loucura na Vila Belmiro; é o caso de Deco, que não simplesmente joga: faz arte no gramado.

O grande personagem da peleja do Beira-Rio, entre o Tricolor e o Internacional, foi o gajo da camisa 20. Todas as jogadas de ataque do Fluminense passavam, obrigatoriamente, por seus mágicos pés. Sua atuação entra, desde já e para sempre, nos dicionários e nas enciclopédias do futebol brasileiro. Todos os outros jogadores em campo eram meros coadjuvantes, eram apenas o pano de fundo para a arte de Deco.

Outro dia, perguntei a um amigo português, torcedor do Porto, o que ele acha de Deco, e ele me respondeu quase babando: "gênio! gênio!". Desconfio que os adeptos do Barcelona e do Chelsea retrucariam de forma semelhante. No entanto, aqui no Fluminense, o torcedor ainda olhava Deco com certa desconfiança, como se o craque já estivesse acabado para o futebol. E, de fato, as seguidas lesões atrapalhavam o camisa 20.

Entretanto, voltemos ao que escrevi no começo da crônica: os craques têm o futebol impresso no código genético. Amigos, Deco nasceu para jogar bola: não está e nunca estará acabado para o futebol. Não duvido que, daqui a cinquenta anos, jogando uma pelada com os amigos, o octogenário Deco aplique um chapeuzinho com a mesma facilidade de hoje.

A assistência do camisa 20 para o gol de Rafael Moura foi simplesmente cinematográfica: cercado por três adversários, Deco efetuou um primoroso cruzamento de primeira. He-Man só teve o trabalho de cabecear na direção da meta de Muriel.

O gol de Rafael Sobis também começou em assistência espetacular de Deco: um lançamento diagonal que o ex-colorado dominou precisamente, antes de chutar cruzado e balançar as redes. No finalzinho do primeiro tempo, o Fluminense fazia 2 a 1 no Beira-Rio.

A etapa complementar foi um teste para os corações tricolores em todo o mundo. Embora o Internacional não conseguisse criar jogadas de perigo, tínhamos a impressão que o gol de empate sairia a qualquer momento. Mas a marcação de nossos onze não esmoreceu. Em especial, o zagueiro novato Elivélton foi um monstro. Edinho e Valencia encharcaram suas camisas. O goleiro Diego Cavalieri também demonstrou muita calma. O apito final do juiz fez terminar a angústia: os três pontos mais difíceis de todo o Campeonato eram definitivamente do Fluminense.

Vencemos neste domingo porque tivemos garra, futebol e sorte. Mas triunfamos principalmente porque tivemos Deco, o artista.

Na distante caverna que habita, coçando sua longa barba branca, o velho Profeta avisa: "está chegando o bicampeão! está chegando o bicampeão!". Quem viver, verá.

PC

19 comentários:

  1. Quanto ao Deco, nas horas vagas sou torcedor do Chelsea (desde 1999, epoca de Gianfranco Zola e Di Matteo) e pelo Chelsea ele não foi o grande jogador esperado, mas se trata de um jogador a cima da média, muito bom no trato com a bola, talvez a concorrência com Lampard (que é um jogador mais que acima da média) e com Ballack tenha diminuido um pouco a importancia do Deco, mas se trata de um grande jogador.

    Hoje ele fez um jogo grandioso, jogo de antologia, acho que o Flu pode contar com ele para levar este caneco. Ao contrário que os profetas do apocalipse diziam, o nosso gajo nos conduzirá ao caminho das glórias. (PLURAL)

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  2. A atuação de gala do craque não se 'limitou' às duas assistências geniais. Até nos menores detalhes Deco foi brilhante.

    Em um contra-ataque em que se encontrava sozinho contra 3 colorados, conseguiu um lateral.

    Em um toque simples na bola se livrou da marcação de Andrezinho em outra jogada.

    Chapelou Bolatti. Acho que chapelou mais gente tbm. Não seria exagero apelidá-lo de "O Chapeleiro". Só neste campeonato, o craque já adicionou muitos belos exemplares à sua linda coleção.

    Vitória de garra. Vitória da humildade. Precisamos desta mesma humildade pra vencer os próximos adversáriios.

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  3. Eu assiti ao jogo do lado de um torcedo do Inter e ele dizia:

    "O Fluminense está dominando o jogo, se o Inter conseguir alguma coisa é apenas sorte."

    Foi isso, o Fluminense foi Fluminense neste jogo, jogou firme e não brincou (não no segundo tempo).

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  4. Terminei o jogo de pé, na frente da TV, transpirando. Depois, um chuveiro, satisfeito!

    Eu diria que o Deco acabou com o jogo e me pareceu não ter gostado de sair mas, educado, não reclamou. Ou foi impressão minha?

    Além do Deco, vencemos também na experiência de Sóbis, Edinho, Cavalieri, RMoura e, mesmo atuando pouco tempo, Araújo. Abel soube usar a experiência desses jogadores.

    Uma coisa me preocupa, Cavalieri tem dois amarelos e ele passa muita confiança ao time. Não pode ficar de fora nessa reta final!

    ST e salve o retorno dele, o Profeta!!!!!!!

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  5. Assim narrou o novo bardo dos triunfos tricolores, PC, o Filho.

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  6. Cara, Deco está empolgando demais! Desde aquela partida contra o América, pela Libertadores, deu pra perceber que 2011 seria o seu ano com a camisa do Flu. Mas torço para que isso não se concretize: que a gente vença o Campeonato Brasileiro e tudo mais... porém, espero que seu ano com a camisa do Fluminense seja 2012, com o Tricolor levando o Carioca, Libertadores e Brasileirão! o/ ST!

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  7. Fabricio Moraes Maturana7 de novembro de 2011 às 11:49

    Operação tetra- bi!!!!!!
    Eu acredito!!!!!!!!!

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  8. Não tive a oportunidade de assistir ao jogo pois estava corrigindo um erro histórico de 2005, quando não consegui assistir o Pearl Jam na Apoteose. Mas fiquei colado na net até o fim do 1º tempo (pq aí depois começou o show e, sejamos sinceros, Fluminense tem toda semana e era o Sandro Meira Ricci apitando, tudo podia acontecer).

    Ganhar do Inter no Beira-Rio, e ainda mais, ganhar deste BOM time do Inter no Beira-Rio não é prá qualquer um... só façanha prá candidato ao título, e o Flu jogando o que tá jogando É CANDIDATÍSSIMO, apesar dos pesares das últimas duas arbitragens nas mãos da FFERJ...

    ST!!!

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  9. Cabe ressaltar tbm a atuação do Sóbis, que além do segundo e decisivo gol, iniciou a jogada do primeiro tento com um passe impossível.

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  10. Se não fosse Nosso "Playboy" Iatista ter feito tanta merda no 1º semestre acho que já seriamos campeões...

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  11. Também acho que a diretoria fez algumas besteiras feias esse ano...

    O afastamento da torcida é culpa deles. A venda do Conca atrapalhou muito também...

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  12. Infelizmente, alguns não acreditaram mas aconteceu exatamente o que estava planejado, Mandar Muricy embora, vender o Conca e mudar a estrutura campeã do ano passado, só para não dar louros a adm anterior...
    Essa politicagem nos custou a libertatores, bons jogadores, ficamos sem equipe técnica e sem tecnico por vários meses..., mas parece que mandaram nosso play cuidar da churrasqueira e o futebol tricolor resurgiu...

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  13. Com certeza!

    Perdemos muitos pontos no período em que ficamos órfãos de um meia-avançado de ofício, após a venda irresponsável do nosso maior ídolo em mais de duas décadas.

    Diretoria de merd@!

    Se formos campeões ainda vai ter gente querendo dizer que o Peter teve parte no sucesso.

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  14. Eu não falo nem o nome desse ser pra não me irritar... veja só 2 jogos, só dois jogos.., se nós tivessemos ganho 2 jogos no primeiro turno seriamos campeões... Alguém tem dúvida de que se tivessemos ainda no elenco Conca, Emerson(*), Muricy(*) e se os reforços não tivessem demorado tanto a vir não teriamos ganho pelo menos 2 jogos?

    *não defendo o Emerson, mas acho que está muito mal explicada a saída dele...

    Ou se o Abel já tivesse aqui antes...

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  15. Cuticula, o Emerson forçou a saída.


    Quanto a diretoria, quem ganha os campeonatos é o Fluminense não a diretoria. Ninguém vai lembrar daqui a 30 anos que era o Horcades em 2010, assim como não vão lembrar que o tetra foi conquistado com o Playsson em 2011.

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  16. Só vão lembrar de Deco, Fred, Conca, Marquinho e cia.

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