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quinta-feira, 15 de março de 2012

Resenha: Tricolor 1 x 0 Zamora


Amigos, o Zamora de Barinas veio ao Rio de Janeiro obcecado pelo zero a zero. Seu treinador armou uma autêntica retranca suíça, um ferrolho quase intransponível. Com dez de seus onze jogadores atrás da linha da bola o tempo todo, o Zamora estava fechadinho. O Fluminense tentava, mas não conseguia penetrar nas recuadas linhas inimigas.

Diante da estratégia ultra-defensiva do adversário, Deco não pôde exibir sua arte. Os passes do artista eram invariavelmente devolvidos pelo paredão venezuelano. A vitória do Fluminense não poderia ser bela: o triunfo teria que ser arrancado das vísceras do oponente. O Tricolor precisaria rasgar a carne do Zamora, com uma adaga afiada.

Já corria o segundo tempo quando Wellington Nem tabelou com Rafael Moura na entrada da área. Ali aconteceu o grande lance, que já é eterno: Anderson berrou "sai Nem", e disparou um foguete contra os arcos do Zamora. E a fortaleza de Barinas finalmente cedeu: caía a cidadela venezuelana. Gol do Fluminense!

Ainda preciso citar o grande personagem da partida: o colombiano Edwin Valencia, que teve uma atuação memorável. À frente da defesa do Fluminense, Valencia não deixava passar nem pensamento. As poucas investidas venezuelanas pararam nos pés do gigante do Vale do Cauca. Ao final da batalha no Engenhão, o meia foi devidamente ovacionado pela torcida tricolor. Acostumado a aplaudir a arte de Deco, o torcedor pó-de-arroz mostrou que também sabe valorizar o suor e a garra de Valencia.

Daqui a onze noites, a América sentirá um arrepio em sua espinha andina, ao conhecer o sorriso da Copa Libertadores.

PC

3 comentários:

  1. "Daqui a onze noites, a América sentirá um arrepio em sua espinha andina, ao conhecer o sorriso da Copa Libertadores."?

    Eu fui ao jogo e acabei só conseguindo ingresso pra Ala Oeste, lar de todos os corneteiros do mundo. O time dos caras fechado e o Fluminense trabalhando bola, dai os cornetas xingando e reclamando de passes pra trás que muitas vezes acabavam em boas jogadas...tem que ver isso aí.

    Quanto ao jogo, o Abel tem que parar de insistir com 2 centro-avantes e pensar em uma forma diferente de jogar, talvez usando dois armadores.

    Valência e Diguinho é a dupla de volante titular do Fluminense, eles se completam, Diguinho com seu trabalho de formiguinha e trabalhando bem a bola, e Valência impondo seu jogo físico.

    Enfim, que venha o próximo jogo.

    Att,

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  2. Dizem que vencer uma briga contra um bêbado é obrigação e perder a mesma é um vexame.

    Bem, o sóbrio Fluminense quese produziu o vexame de terminar a briga com o bêbado empatada.

    É o tipo da partida em que só nos resta dizer: "valeu pelos três pontos". Não há mais nada de bom para se dizer.

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  3. "Já corria o segundo tempo quando Wellington Nem tabelou com Rafael Moura na entrada da área. Ali aconteceu o grande lance, que já é eterno: Anderson berrou "sai Nem", e disparou um foguete contra os arcos do Zamora. E a fortaleza de Barinas finalmente cedeu: caía a cidadela venezuelana. Gol do Fluminense!"

    Valencia e Diguinho vêm jogando um absurdo!
    Nem é outro, "on fire"!

    Não veria um empate como vexame. Um ferrolho é sempre complicado de furar. A melhor receita é chutar, chutar e chutar! Foi o que fez o Flu no segundo tempo. No intervalo cheguei a pensar "uma pena o TN7 não estar nessa partida, é jogo pra ele!". Mas Anderson resolveu e ainda impediu um gol de contra-ataque.

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