Resenha: Tricolor 1 x 3 Macaé

Amigos, neste fim de semana já aconteceu um Parma x Milan com Thiago Silva em campo, está acontecendo mais um Nadal x Federer, a temporada da Fórmula 1 está começando... Só mesmo essa incontrolável paixão tricolor para nos fazer parar e assistir a uma partida do Fluminense contra o Macaé, em Moça Bonita, pelo monótono Campeonato Carioca. Ou pior: uma partida de um time que não é nem o titular nem o reserva do Fluminense.

Esse time, com meia dúzia de reservas e meia dúzia menos um de titulares, provavelmente nunca sequer treinou junto. O resultado óbvio é a bagunça que se viu em campo, com jogadores que não se entendem. E lembrar que, dois dias atrás, Abel declarou que, com a boa campanha na Copa Libertadores, voltaria a priorizar o Campeonato Carioca... É, a ação foi diferente do discurso. (Estaria o treinador do Fluminense aprendendo com os dirigentes do clube, que prometem X durante a campanha e fazem Y depois de eleitos?)

Independentemente das possibilidades de conquistar a Taça Rio, o Fluminense precisa montar um time para a sequência da temporada. Não adianta ficar brincando de misto quente, e na hora H escalar um time titular que quase não joga junto. Ritmo de jogo e entrosamento são fatores tão importantes quanto a técnica e o preparo físico dos jogadores.

OK, a temporada começou bem, com a conquista da Taça Guanabara e as três vitórias na Copa Libertadores. Mas vale lembrar que, em ambas as competições, a sorte esteve do nosso lado. Na Taça Guanabara, o Fluminense só conseguiu a vaga nas semifinais no apagar das luzes, e só venceu o Botafogo nos pênaltis. Na Copa Libertadores, as três vitórias foram por um golzinho de diferença. A sorte é necessária para levantar campeonatos, sem dúvida, mas não é prudente contar com sua ajuda sempre.

Uma atuação como a deste sábado é um desrespeito com a torcida e a instituição. O Fluminense deveria devolver o dinheiro do ingresso aos adeptos que se despencaram para Moça Bonita e viram aquele festival de horrores.

PC