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sexta-feira, 11 de maio de 2012

Resenha: Tricolor 2 x 1 Internacional


Amigos, vocês se lembram do Samarone, o papagaio mais racional que muitos seres humanos. É um louro que não fala quando lhe pedem, e sim quando bem entende, mas então o faz com uma sabedoria e um uso da razão incomuns nos homens. Nesta quinta-feira, Samarone me acordou perguntando: "por que o Internacional escolheu enfrentar o Fluminense?". Ao que respondi, preocupado, "não sei, louro, não sei, é difícil de entender". Ele retrucou, "vão pagar caro por isso". Foi o suficiente para me encher de otimismo para a noite épica que nos aguardava.

Durante todo o dia, encontrei tricolores nas ruas do Rio de Janeiro, e de todos eles exalava um otimismo nervoso. A confiança na vitória era total, mas vinha acompanhada da certeza do sofrimento. "Com o Fluminense nunca é fácil", nos dizia a transmissão de pensamentos. O Inter é bicampeão da Copa Libertadores, o Inter nunca perdeu um mata-mata para brasileiros, o Inter é isso, o Inter é aquilo. Claro que não seria fácil.

A partida começa no Engenhão, o Internacional mais violento, o famoso "jogo aguerrido" que ultrapassa os limites. O juiz Seneme fechando os olhos, fingindo que não via. O Fluminense atrapalhado pelo próprio nervosismo. A torcida tricolor jogando junto, vaiando muito a posse de bola colorada, entoando cânticos quando o Fluminense atacava. Resumindo, uma típica batalha de Copa Libertadores.

Quando eram decorridos 14 minutos, Oscar achou Leandro Damião, e este chutou rasteirinho para vencer Diego Cavalieri: Internacional 1 a 0. Poderia ser o começo do fim para o Fluminense, mas a sorte logo sorriu para as três cores que traduzem tradição: no minuto seguinte, a afiada canhota de Thiago Neves na bola parada achou a cabeça de Leandro Euzébio, que estufou as redes de Muriel. Estava empatada a partida, estava empatado o confronto, mas o regulamento estúpido nos eliminava. O Fluminense precisava de mais um gol.

No derradeiro minuto do primeiro tempo, o onze tricolor teve sua melhor chance: novamente uma bola parada à feição para Thiago Neves. A bola venenosa foi desviada por Fred, e fez desmoronar a cidadela colorada. Era a doce virada tricolor: Fluminense 2, Internacional 1.

Os quarenta e cinco minutos finais foram a definição de sofrimento. O Internacional, naturalmente, lançou-se ao ataque, e o Fluminense não conseguia encaixar o contra-golpe. Por duas ou três ou quatro vezes, a bola chegou perigosamente à meta, mas lá estava um dos heróis da classificação tricolor: Diego Cavalieri, monumental. Não bastou a defesa do pênalti de Dátolo no Beira-Rio: Cava precisou mostrar sua máxima forma no segundo tempo da partida no Engenhão. Foi uma atuação espetacular a do arqueiro tricolor.

Quando o apito final ecoou no estádio, as lágrimas da felicidade tricolor banharam o gramado do Engenhão. O Fluminense estava definitivamente classificado às quartas-de-final, graças ao pé esquerdo de Thiago Neves, graças às mãos de Diego Cavalieri, graças ao suor de todos os atletas tricolores, graças às vozes da apaixonada torcida pó-de-arroz.

Daqui a seis noites, sob os olhares atentos desta América de futebol e de uma belíssima lua cheia, a sorridente Copa Libertadores será erguida aos céus do Rio de Janeiro. Esta foi a visão do Profeta, em sua distante caverna: Fluminense campeão, Fluminense campeão!

PC

6 comentários:

  1. Talento ganha jogo.

    Hoje tínhamos um buraco e não um meio campo, mas mesmo assim saímos vitoriosos em duas jogadas de puro talento de Thiago Neves.

    É assim, mesmo em noite não inspirada que tem talento pode vencer.

    Att,

    bmz.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Enquanto isso no Uruguay do Norte ...

    Um gaúcho, macho, ao voltar do trabalho, entrou no quarto de sua filha e se deparou com ela usando um vibrador. Indignado, o gaúcho falou: - Baaaaah! Que é isto, guria? Que tri-sacanagem é essa? - Ué, Papai, este é o meu novo marido. Não come, não assiste futebol, não deixa a meia jogada pelo chão e transa comigo na hora que eu quiser. No outro dia, a filha entra no quarto do gaúcho e o encontra sentado no vibrador, com uma cerveja na mão. - Baaaaaaaaaaaaah! O que é isso, pai? Que tri- viadagem é essa? - Bah, tche, não posso nem tomar uma cervejinha com meu genro?

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  4. Enquanto isso no Uruguay do Norte ...
    Gaúcho voltando de viagem, comenta com um amigo: - Não agüento mais. Hoje, quando eu chegar em casa, a primeira coisa que vou fazer e arrancar a calcinha da minha mulher. - Bah, tchê! Isso é que é saudade! - Saudade nada! Ela está me apertando o dia todo!

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  5. Eu e um amigo tricolor, fazendo comentários horas antes do jogo sobre como poderia se desenrolar a partida, achamos que poderia ser o jogo para Thiago Neves decidir. Obrigado, Thiago, pelo seu talento, redundancia no timaço tricolor!

    COMPREMOS LOGO OS INGRESSOS PARA O ENGENHÃO NO DOMINGO!

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  6. Domingo, lado tricolor, esgotado!

    Vamo que vamo!

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