Resenha: Tricolor 0 x 0 Internacional

Quando faltava muito pouco para o apito final, a bola do jogo estava nos pés do jovem Matheus Carvalho. Ele tinha duas opções, o chute cruzado para o gol, ou o passe para Lanzini. Matheus escolheu a segunda alternativa, preferiu ser garçom a ser artilheiro, rolou a pelota para o argentino. E a assistência foi acrescida de uma súplica: "faz, Lanzini!". A bola do jogo agora estava nos pés de Manuelito.

Nas arquibancadas do Engenhão, os 5 mil tricolores já preparavam o grito de gol. Afinal, Lanzini tinha a faca e o queijo na mão, a chance áurea de marcar o santo gol da vitória do Fluminense.

A bola implorava para ser chutada para o gol, ela queria estufar as redes, ela desejava cumprir o seu épico destino.

No entanto, o que fez Lanzini no grande momento? Inexplicavelmente, recuou para a bola para o goleiro Muriel. Para espanto de todas as testemunhas, Lanzini simplesmente não chutou. Perdeu a grande chance. E como consequência, estava decretado para sempre o hediondo zero a zero.

Deixemos claro que Lanzini não é o único culpado pelo resultado. O Fluminense atacou muito pouco o desfalcado Internacional. Faltou inspiração a Deco, faltou preparo físico a Fred, faltou criatividade a Abel, e principalmente faltou suor ao onze tricolor. Sem dedicação, amigos, não se vencem jogos, não se levantam campeonatos. Este time do Fluminense já demonstrou que, quando joga com garra e vontade, é difícil de ser batido. A disposição mostrada nos encontros da Copa Libertadores precisa existir também no Campeonato Brasileiro.

Tendo somado apenas seis pontos após quatro rodadas, o Fluminense começa a ficar perigosamente para trás na tabela de classificação. No sábado, novamente no Engenhão, o adversário será a Portuguesa, e a vitória faz-se absolutamente necessária. Afinal, o Tricolor nasceu para disputar taças, e não migalhas. Ademais, com o caminhão de dinheiro despejado pela patrocinadora, a obrigação do Fluminense de brigar no topo passa a ser ainda maior.

Honrem a camisa!