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domingo, 22 de julho de 2012

Resenha: Ponte Preta 1 x 2 Tricolor


Outro dia, escrevi aqui mesmo, nesta coluna, algumas linhas sobre Thiago Neves. Estava respondendo a alguns amigos pós-de-arroz, que insistem em críticas veementes ao camisa sete tricolor. Dizem que ele não participa do jogo, que não se apresenta para os companheiros, que não colabora na marcação. Discordo deles, acho que o meia ajuda bastante o time, sim. Ou pelo menos tenta ajudar. Mas meu ponto nem era esse. Escrevi que, se Thiago Neves continuar criando três ou quatro chances claras de gol por partida, como tem feito, por mim pode levar uma cadeira de praia, sentar-se no meio do gramado, e ler gibis enquanto aguarda para dar suas venenosas assistências. Minhas palavras foram exatamente essas, ou quase.

Veio o difícil jogo contra a Ponte Preta, em Campinas, e o que aconteceu? Thiago Neves fez mais um gol para o Fluminense, em cobrança de falta que desviou levemente em um defensor antes de balançar as redes. Mais uma vez, o onze tricolor saía vitorioso graças ao afiadíssimo pé esquerdo do camisa sete. Os amigos entenderam por quê sempre vale a pena ter um Thiago Neves no time?

Após o gol, Abel voltou a cometer o erro estratégico de recuar demais o time, como já havia feito nas batalhas contra Flamengo e Botafogo. A Ponte Preta, claro, atirou-se ao ataque como o faminto atrás de um prato de comida. O bombardeio contra a meta de Diego Cavalieri acabou dando resultado, a poucos minutos do fim da partida. E o Tricolor deixava escapar um precioso par de pontos por entre os dedos. Eu, na frente da televisão, praguejei: "não acredito, não acredito, não acredito!". Admito: senti a dor do gol como se tivesse sido apunhalado. Era a ruína total do meu domingo.

Mas ainda haveria o lance derradeiro. Quando Wellington Nem tentou o drible dentro da área, foi deslocado e caiu, berrei: "pênalti!". Sim, o árbitro baiano estava apontando a marca de cal. Estava com Fred a chance áurea do gol da vitória. Os supersticiosos fecharam os olhos, viraram as costas, não queriam ver o lance fatídico. Mas, em menos de um segundo, a bola cumpre seu destino, e viaja dos pés de Fred às redes. É o gol, é a vitória.

Sete vitórias e quatro empates em onze jogos: apesar das falhas táticas de Abel, a campanha do Tricolor é sólida. Poucas vezes na história, iniciamos tão bem um Campeonato. Ainda escuto gente dizendo que o Fluminense não disputará o título, que a excelente jornada é fruto da sorte. De fato, em alguns momentos até aqui o acaso esteve ao nosso lado. E ainda bem! Ainda bem que as nuvens pretas do azar não estão pousadas sobre Laranjeiras. Porque não se levanta um Campeonato Brasileiro apenas com futebol, amigos. É necessário ter sorte, também.

PC

11 comentários:

  1. Não tenho certeza se hoje o erro foi do Abel. Em determinado momento do jogo ele pediu para que os meias se aproximassem para dar saída ao time. O que pode ser sinal de que ele queria o time pra frente.
    De qualquer forma o erro de partidas anteriores persiste. Hoje o golzinho salvador apareceu. Isso não vai acontecer sempre.

    Foi uma importante vitória do talento. A Ponte se esforçou e jogou mais que a gente.

    OBS.: quem tem Thiago Neves não morre pagão. Pro Montanha essa.

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  3. PC,

    apesar da grande vitória, que sempre é dentro de Campinas, o seu tricolor voltou, ao meu ver, e também ao seu pelo que li, a se acomodar com um placar muito perigoso. Foi assim contra o Flamengo(mesmo jogando nos contra ataques), contra o Botafogo e hoje contra Ponte. Parece que o time se contenta com o 1x0?! Mas tirando esse problema o campeonato vem se mostrando muito bom para o seu tricolor. Já o meu Flamengo...é inacreditável o que vem acontecendo, rsrsrsrs.

    BLOG DO CLEBER SOARES
    www.clebesoares.blogspot.com

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  4. Quem tem Thiago Neves, Fred, Deco e WN não vai morrer pagão nunca..rs.


    Enfim, acho que não é o Abel que manda o time recuar, acho que reflexo natural dos tempos do Muriçoca.

    Bjs

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  5. PS: A torcida do Botafogo não conseguiu lotar o Engenhão na estréia do maior jogador que passou por la nos últimos 30 anos. 29 mil pagantes. Botafogo, nada pode ser menor.

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  6. A sorte só ajuda quem trabalha!

    Semana importante. Um empate e uma vitória já está bom. Mas vamos vencer as duas!

    ST

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  7. PC,

    tudo bem que é lei, mas essa história de tocar hino nacional (e às vezes do estado) antes de jogo de futebol que não seja internacional é um SACO!!! Com tantas leis mais importantes, um idiota qq inventou isso. Um SACO!

    Sds

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  8. Fora que isso não faz parte de um ritual de entrada dos times em campo como na UCL onde os times entram lado a lado, ficam perfilados e ouvem o hino da competição.

    Acho que aqui no Brasil não valorizam o espetáculo em torno do futebol e cada vez mais fazem coisas para desalorizar mais ainda o produto. Estádios vazios, alguns mal iluminados, gramados ruíns, imagens ruins, principalmente quando é transmissão só pro PPV.

    Tem que mudar muita coisa.

    Att,

    bmz

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  9. Sobre o Hino Nacional, até concordo com a execução antes dos jogos, mas é algo que deve ser planejado, avisado aos dois times (o Flu reclamou que não foi avisado que deveria entrar antes do horário do jogo).

    Tocar o Hino como foi nesse jogo, com só um time perfilado, fica feio demais.

    Sobre os "hinos dos estados", aí eu acho babaquice. Principalmente no Rio Grande do Sul, onde o povo canta só o hino do estado, às vezes até vaiando o Hino Nacional.

    Concordo com o Montanha sobre a desvalorização do espetáculo. Estádios vazios passam uma imagem muito ruim, e os dirigentes insistem em cobrar preços exorbitantes pelos ingressos (o Flu x Botafogo custou 60 pratas - e ainda perguntaram onde estavam as torcidas! Em casa, ora bolas!).

    ST,
    PC

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  10. Pagar 60 reais pra ir num lugar onde não vende cerveja, tem que estar muito afim..rs.

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  11. 60 reais no estádio = Ver o jogo e apoiar o time.
    60 reais no boteco = tira-gosto, cerveja e ver o jogo com replays em diversos angulos.

    E no boteco geralmente se gasta menos que isso.

    Att,

    bmz

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