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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Resenha: Tricolor 3 x 1 Santos

Samuel comemora seu golaço. Foto: Dhavid Normando (Photocamera).

Amigos, após os dois empates recentes do Fluminense, ouvi de muita gente que o Tricolor estava saindo dos trilhos. E, quando eu respondia que a liderança era apenas uma questão de tempo, gargalhadas eram a reação. Perplexo com a miopia alheia, eu apenas perguntava: "Para vocês, quem ganha, então, o Campeonato Brasileiro?". As opiniões foram divididas entre Atlético Mineiro e Grêmio, à exceção de um lunático que apontou o Flamengo. Falaram tão bem do Atlético Mineiro que me distraí e achei que a conversa era sobre a Seleção de 70. Numa dessas, insinuei que o Atlético era dependente de Ronaldinho, e fui praticamente expulso do papo.

E foi engraçado: na quarta-feira, o Atlético jogou sem Ronaldinho, em Salvador, contra o Bahia. E a produtividade do time foi praticamente nula. Amigos, aquilo não foi um simples zero a zero. Atlético e Bahia passaram noventa e poucos minutos sem marcar um gol, mas tenho a impressão de que poderiam jogar um século inteiro que o placar permaneceria intocado. O Atlético sem Ronaldinho é outro time. A partida contra o Bahia é a prova de que, sem sua estrela, o Atlético deixa de ser o super-time que venceu o primeiro turno.

Chegou a quinta-feira, e Samarone me acordou, às nove e meia da manhã. (Para os que ainda não o conhecem, Samarone é um papagaio especial, que não fala quando lhe pedem, e sim quando bem entende, mas então o faz com uma sabedoria e uma racionalidade incomuns nos seres humanos.) Como ele tem lido muito García Márquez, achei que ele queria fazer algum comentário a respeito de "Ninguém escreve ao coronel". Mas não: o louro só queria saber de Fluminense, estava preocupado pois enfrentaríamos o Santos de Neymar. Quando lhe contei que Neymar não jogaria, pois estava na Seleção, começou a cantarolar o hino do Fluminense (sempre que ele faz isso, a vitória tricolor passa a ser um acontecimento tão inevitável quanto as folhas cadentes do outono). "Por quê tanto otimismo agora, Louro?", perguntei. E ele retrucou: "Neymar está para o Santos como Ronaldinho está para o Atlético". De fato, Samarone enxergou o óbvio: o Santos depende de Neymar. Sem ele em campo, as chances do Fluminense aumentariam.

Amigos, esta é a diferença entre o Fluminense e o Santos, entre o Fluminense e o Atlético, entre o Fluminense e todos os outros. O Santos depende de Neymar, o Atlético depende de Ronaldinho, cada time deste campeonato depende de seu craque, ao passo que o Fluminense não. O Tricolor joga sem Deco e continua vencendo. Tiram-lhe Fred, e ele continua vencendo. Sai Thiago Neves, e ele continua vencendo. Às vezes, tenho a impressão de que, se um mal súbito acometesse todos os seus jogadores profissionais, o Fluminense escalaria onze juvenis e continuaria vencendo.

Nesta quinta-feira, contra o Santos, o Fluminense não contou com Deco, Fred, Valencia e Leandro Euzébio. Qualquer outro time sucumbiria, com tantos desfalques importantes. Mas o Fluminense tinha substitutos. O Fluminense tinha Wellington Nem, que marcou dois gols ainda no primeiro tempo. O Fluminense tinha o jovem Samuel, que assinou um gol que mais pareceu uma obra de arte. O Fluminense tinha os inspirados Gum, Jean e Edinho na defesa. O Fluminense tinha Diego Cavalieri, o melhor goleiro do Brasil hoje.

A liderança, a doce liderança, é a consequência natural. Pelo menos até domingo, o Fluminense é o primeiro lugar do Campeonato Brasileiro.

Por falar no domingo, o Tricolor viajará a Porto Alegre para encarar o Internacional. E adivinhem, o adversário terá pelo menos quatro desfalques importantes, D'Alessandro suspenso, Leandro Damião na Seleção Brasileira, Forlán na Uruguaia e Guiñazú na Argentina. Vamos ver se o Colorado consegue jogar bem sem seus craques. O Fluminense, já sabemos, não depende de ninguém.

PC

9 comentários:

  1. Caro PC,

    Que bom que nossos sentimentos com relação ao Fluzão estejam alinhados. Em minha opinião, o único meio de perdermos o tetra é o Abel ter uma recaída e tentar armar aquelas retrancas inócuas, que nos custaram a derrota contra o Grêmio e o empate com o Figueirense.
    Fora isso, o título está no papo.

    Abraços e Saudações Tricolores.

    PS. Sempre lúcidas e agradáveis as suas postagens. Parabéns.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. O Fluminense tinha um padrão de jogo no inicio do Campeonato (independente da escalação jogávamos mal e vencíamos)e agora tem outro (jogamos futebol e vencemos).

    O Fluminense só depende do Abel não fazer merda, a sorte é que ele aprende quando a merda nos faz perder pontos.

    ST

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  4. Caro PC,

    O Fluminense chega à liderança de maneira sólida e incontestável.

    Assume o o seu caso com a liderança, e os meus votos são para que sejam felizes para sempre.

    ST

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  5. Caro PC,

    O Fluminense chega à liderança de maneira sólida e incontestável.

    Assume o o seu caso com a liderança, e os meus votos são para que sejam felizes para sempre.

    ST

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  6. Falou tudo, Big! O Abel parece aprender com os pontos perdidos.

    Que partida! Após o 2 a 1 o time teve um momento de retração, mas de maneira saudável. Passou a marcar em seu campo de defesa, mas sem perder a ofensividade, sem ter seu ataque decepado por uma alteração defensivista. E depois retomou o ímpeto e Samuel fez arte. As marias-recalque da transmissão começaram a insinuar a possibilidade de que ele tivesse tentado cruzar...como deve ser triste a vida do indivíduo anti-tricolor!

    E o gigante Wellington Nem? Disse na entrevista do intervalo que estava se posicionando como Fred.
    Se quem tem Fred não morre pagão, quem tem Nem também não!

    É assim que o Flu deve jogar, Abelão! Parabéns, nota 10 pra você!

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  7. O nosso maior adversário atualmente é o 'olho-gordo'. Precisamos derrotá-lo, afastar o 'olho-gordo' e seguir rumo ao título!

    ST

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  8. O SEGREDO DO FLU REVELADO...
    Por que sou tricolor ?
    FLU significa para nós Força+Luta+União
    Cada letra tem uma cor cada cor uma paixão:
    O ”F” pintado de “grená” representa “Força” que é a coloração do sangue(sangue dos guerreiros)
    O “L” pintado de “verde” representa “Luta” é o verde da esperança que é uma característica de todo guerreiro, daquele que espera e sempre alcança.
    O “U”pintado de”branco” representa “União” é branco da paz. Da disciplina uma outra característica de todo guerreiro, daquele que fascina pela sua disciplina.
    As outras torcidas levam paus, pedras, armas de fogo,bombas, nós levamos pó de arroz, pó da paz, perfumamos nossos adversários e honramos o manto de três cores levando-o nos braços quando entramos para a batalha.

    Igual a essa torcida nunca vi. Quando jogamos em outros estados todos torcem a nosso favor porque lavamos à paz, o amor a paixão pelo tricolor.
    Por tudo isso... “Eu sou é tricolor”.

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