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quinta-feira, 30 de maio de 2013

Sangue Tricolor


(texto do amigo André Martins)

Vivem dizendo que Álvaro Chaves é coberto de fidalguia. Lembram de momentos que, de fato, remetem ao lugar mais alto no pódio nesse quesito. Da taça devolvida em 1927 devido a pedido de anulação do próprio Fluminense, até o chute para a lateral, como o fair-play da Fifa determina, aos 40 minutos do segundo tempo das quartas contra o Olímpia. Perdendo.

Vivem lembrando da profética frase de São Nelson Rodrigues: "Mas quando o Fluminense precisa de número, acontece o suave milagre...". Série C em 99, torcedores no que outrora fora a geral do Maracanã em sua enésima obra, sob chuva, vivendo o gol de Yan, de pênalti, que nos dava vantagem sobre o Náutico, que empatara com gol de Célio Jacaré. Ou no final do Brasileiro de 2009 com 98% de probabilidade de queda.

Criaram o rótulo dos guerreiros. Rótulo esse que a torcida veste como sua própria pele. Não há Tricolor depois de 2009 que não passou a usar elmo, balaclava e armadura. Uma clava na mão, por via das dúvidas. Todo santo dia.

Reclamam do baixo público em nossos jogos e tentam nos colocar uns contra os outros, esquecendo que nunca deixaremos de honrar nossas cores, nome e tradição. 

Meus amigos, eles se esquecem que o Fluminense também é o sangue do encarnado. Esquecem que enquanto houver tempo, haverá esperança e quem espera sempre alcança. Esquecem que depois das batalhas dos últimos anos, sabemos muito bem até onde podemos ir. Temos certeza de quando precisamos de todas as nossas forças, de todos os planos, materiais ou espirituais, para conseguir nova proeza. É nesse momento que nós produzimos o suave milagre.

O pior é quando nos esquecemos de lutar com todas as nossas forças. De disputar cada bola, a cada centímetro, a cada segundo. De transpirar o esforço pela luta e transcender o limite físico e provável para que os críticos mais uma vez resmunguem: Fluminense, ah, o Fluminense...

Pior que perceber que toda a luta despendida não foi suficiente para vencer o adversário, é ver que perdemos sem usar toda a nossa força.

Lutem até o fim.

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