Resenha: Vasco 1 x 0 Tricolor

Vasco 1 x 0 Fluminense, Ressacada.

Amigos, vocês sabem que, de 2001 para cá, o Vasco vive tempos difíceis. Após a fartura de conquistas no final da década de 90, o clube de São Januário mergulhou numa colossal crise financeira e técnica. Nestes últimos treze anos, o Vasco conquistou apenas uma Copa do Brasil (2011), um Campeonato Carioca (2003) e uma Série B (2009) - que disputou por ter sido rebaixado no ano anterior.

Já do outro lado da cidade, o Fluminense vive bons tempos. Após a maior crise de sua história, no final da década de 90, o clube de Laranjeiras se estabilizou na Série A - é um dos seis únicos clubes que não foram rebaixados desde a adoção do sistema de pontos corridos (em 2003), tendo a quinta maior pontuação total, e tendo conquistado dois títulos (em 2010 e 2012). Houve ainda a conquista da Copa do Brasil (2007), e os vice-campeonatos da Copa Libertadores (2008) e da Copa Sul-Americana (2009). Ah, sim, bem lembrado, Samarone, o Fluminense é o atual líder do ranking da CBF, que leva em conta os resultados das últimas cinco temporadas.

Os dois parágrafos acima contêm apenas fatos incontestáveis. Não são opiniões deste escriba, são fatos. O Vasco vive há 13 anos em crise, período em que o Fluminense vive uma excelente fase (dentro de campo). Neste cenário, me respondam: o que vocês acham que aconteceu no confronto direto? O esperado seria constatar um amplo domínio tricolor, certo?

Pois é. Entretanto, em 48 clássicos desde 2001, o Vasco venceu 18, houve 22 empates, e o Fluminense obteve 8 escassas vitórias. Destes 8 triunfos tricolores, 6 foram por um mísero gol de diferença (as outras 2 foram por 2 gols de diferença). É possível explicar essa aparente contradição?

Eu sei que o futebol não tem muita lógica. Mas também não é uma loteria imprevisível, a ponto de um time decadente vencer seguidamente um time em boa fase. Sim, há algo muito errado nisso.

Meu palpite, minha teoria: o Fluminense tem encarado seus três principais adversários - Botafogo, Flamengo e Vasco - de maneira errada. Os atletas tricolores se deixam contaminar pelo ódio das rivalidades históricas, e isto interfere negativamente em seus desempenhos em campo. Sim, o ódio turva a visão, faz tremer os músculos, diminui a precisão dos movimentos, aumenta o nervosismo - tudo que um atleta não quer que aconteça.

Porque um time tomado pelo ódio, amigos, não consegue vencer nem o Bonsucesso.

PCFilho

Notas do onze:

Klever - 7,5

Bruno - 7,0

Gum - 5,0

Leandro Euzébio - 5,0

Igor Julião - 6,0

(Felipe) - 6,5

Edinho - 5,5

Jean - 5,5

Wagner - 5,0

Rhayner - 5,0

(Diguinho) - 5,5

Rafael Sobis - 5,5

Biro Biro - 5,5

(Samuel) - 5,5

Vanderlei Luxemburgo - 5,0