Amigos, nenhum brasileiro no céu ou na terra esperava um tropeço já no segundo jogo da Copa do Mundo em casa. Entretanto, não façamos tempestade em copo d'água: um empate na primeira fase do Mundial está longe de ser uma catástrofe atômica. A verdade é que o zero a zero contra o México em Fortaleza afeta muito pouco as chances de classificação da Seleção às oitavas-de-final.
O curioso para mim foi notar, ao apito final, que eu fora avisado horas antes sobre o tropeço do escrete. Na manhã desta terça-feira 17, na rodoviária de Belo Horizonte, um moleque me afirmou, munido de uma certeza mediúnica: "a Seleção não vence hoje". Ainda tentei remover o pessimismo daquele coração infantil, mas ele foi irredutível: "não vence mesmo".
Então refaço a primeira frase deste texto: nenhum brasileiro no céu ou na terra esperava um tropeço, exceto o miúdo que veio falar comigo, um completo estranho, na rodoviária de Belo Horizonte.
O responsável maior pelo empate foi, sem dúvidas, o goleiro mexicano Guillermo Ochoa, que teve intervenções espetaculares. O arqueiro foi um paredão intransponível, a proteger a cidadela asteca dos insistentes tiros brasileiros. Foi uma atuação que o coloca na galeria dos grandes goleiros da história das Copas.
Mas não devemos esconder o fracasso de nosso ataque sob o sucesso do keeper adversário. Foi visível a pouca criatividade dos nossos homens de frente. À exceção de uns poucos lampejos de Neymar, os atacantes brasileiros estavam previsíveis demais, fáceis de marcar.
Tropeçar nunca é bom, mas se tinha que acontecer, foi na hora certa. Ainda há tempo de consertar o que está errado e partir de vez para a conquista da taça. As vitórias às vezes escondem nossas grandes fraquezas, o que é um perigo. Antes um empate verdadeiro sem maiores consequências, que uma vitória falsa que camufla nossos defeitos.
A partir de agora, amigos, a começar pelo duelo com Camarões em Brasília, é vencer ou vencer.
PCFilho
Notas do escrete:
Júlio César - 7,5
Daniel Alves - 6,5
Thiago Silva - 8,5
David Luiz - 8,0
Marcelo - 6,5
Luiz Gustavo - 8,0
Paulinho - 6,0
Ramires - 6,0
(Bernard) - 7,0
Oscar - 6,0
(Willian) - 6,5
Neymar - 6,5
Fred - 5,5
(Jô) - 5,5
T. Felipão - 5,0
Thiago Silva e Ochoa tiveram atuações impecáveis.
ResponderExcluirAgora é lutar pelo primeiro lugar do grupo pra fugir da Holanda.
Brasil 0 x 0 Ochoa:-)
ResponderExcluirEm 1º lugar, o goleiro deles hoje agarrava até leitão ensaboado, era o dia dele, ponto final.
Em 2º lugar, quem diria, Hulk fez uma falta danada pelas extremas, onde com sua força e velocidade poderia ter tido melhor prestação que Ramires pra furar o defensivo 5-3-2 mexicano, que claramente apostou no contrataque, ou num erro brasileiro.
Em 3º lugar, Ramires, Fred e Paulinho foram peças completamente nulas, mas pior que eles foi Felipão, que demorou muito pra substituir os hoje inúteis Fred e Ramires.Quem tinha que ter saído era Paulinho, e não Oscar.
E em último lugar, jogando assim, será muito difícil o Brasil chegar longe.Parece que o Brasil joga cansado e com medo de levar gol, e todo mundo sabe que o medo de perder tira a vontade de vencer.
Por exemplo o Gana e a Alemanha jogaram futebol bonito com preparo físico invejável, correndo os 90 minutos com alta pressão sobre os adversários, os caras parecem que usam Duracell...
Vamos ver contra Camarões se pelo menos temos uma atitude mais raçuda, senão podemos ter um vexame histórico...em casa...
Quando Neymar vai parar de jogar para si mesmo e passar a bola para Fred liquidar os jogos?
ResponderExcluirNeymar anda muito fominha mesmo...
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