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domingo, 27 de julho de 2014

Resenha: Atlético Paranaense 0 x 3 Tricolor

Foto: Photocamera.

Começo falando da punição de jogar sem torcida, imposta ao Atlético Paranaense, pela pancadaria do ano passado. Ela é mesmo eficaz? Entendo que não. Um jogo de futebol sem torcida perde parte de sua graça - e forçar essa situação é uma punição não para os bandidos, mas para todos os amantes do esporte. Ademais, tal tipo de pena gera um desequilíbrio no Campeonato: o Fluminense enfrentou o Atlético Paranaense em campo neutro, vantagem que a maioria de seus adversários não terá. A punição ideal para o clube envolvido, a meu ver, seria técnica: perda de pontos na tabela do Campeonato, ou até mesmo rebaixamento sumário. Uma pena assim desproporcional, sim, faria com que os imbecis pensassem duas vezes antes de promover suas irracionais e sangrentas brigas.

O Fluminense, que não tem nada a ver com a punição alheia, se aproveitou da situação e engoliu o Atlético Paranaense em plena Arena da Baixada. Foi uma partidaça do onze tricolor, amigos. Com toque de bola muito envolvente, o time de Cristóvão Borges dominou completamente a peleja, e não deu nenhuma chance ao adversário. Sim, está dando gosto de ver o Fluminense jogar, com manutenção da posse de bola, com pressão sobre a saída adversária.

O primeiro gol do Fluminense foi de Jean: uma flecha disparada de fora da área, que o goleiro Weverton não alcançou. Após uma temporada irregular em 2013, Jean está voltando à sua melhor forma. Outro tricolor que atuou muito bem na Arena da Baixada foi Gum, bastante seguro na defesa, afastando o perigo sempre com a simplicidade que lhe é peculiar.

Já Darío Conca é o cérebro do time: o craque dá um show à parte, regendo seus companheiros em campo, tal qual um maestro. Nossa majestade é um autêntico artista: seus dribles, passes e chutes são tão naturais, tão belos, que parecem fáceis de executar. Mas é claro que não são. O argentino joga muito, e é o principal trunfo do Fluminense na briga pelo quinto Campeonato Brasileiro de sua história. O pênalti que ele cobrou hoje foi mal batido, mas estufou a rede, botando 2 a 0 no placar: o craque também tem sorte.

Cícero chegou esses dias e já está totalmente integrado ao Fluminense: foi outro com atuação esplêndida em Curitiba. Sua versatilidade é espantosa: não é qualquer jogador que atua em tantas posições diferentes, com tanta eficiência. No meio-campo, Cícero destrói e constrói. No ataque, faz gols de centroavante, como o terceiro do Fluminense neste domingo. Pasmem: até como goleiro Cícero consegue ser eficiente (vocês se lembram disso?).

De preocupante, o cansaço do onze tricolor nos minutos finais. O jogo solidário, esse jeito intenso de jogar futebol, me agrada e muito, mas não há milagre: é necessário muito preparo físico. Espero que esse aspecto fundamental esteja sendo trabalhado pela comissão técnica.

Estamos na terceira colocação. A seguir, teremos duas partidas seguidas no Maracanã: no domingo 3 contra o Goiás, e no sábado 9 contra o Coritiba. Espero que a diretoria do Fluminense cumpra a promessa dos preços dos ingressos, e que a torcida do Fluminense invada o Estádio Mario Filho nas duas datas, em busca dos seis preciosos pontos. Sim, vamos sair de nossas casas, e seremos 100 mil na soma dos dois jogos.

PCFilho

Notas do onze:
Diego Cavalieri - 7,0
Bruno - 6,5
Gum - 8,0
Henrique - 7,5
(Elivélton) - 7,0
Carlinhos - 6,5
Valencia - 7,0
Jean - 8,0
Wagner - 7,5
(Chiquinho) - 7,0
Darío Conca - 9,5
Cícero - 9,0
Rafael Sobis - 7,5
(Walter) - 7,5
T. Cristóvão Borges - 9,0

Árbitro Luiz Flávio de Oliveira - 7,0

10 comentários:

  1. Já tô me perguntando PRÁ QUEM ESSA PRAGA DE RAPOSA PODE PERDER PONTOS! Tá difícil, mas assim como 2012, vamos perseguir um mineiro até o caneco!

    ST!!!!

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  2. Vinícius, em 2010, nosso vice acabou sendo o Cruzeiro. Em 2012, foi o Atlético. Em 2014 é a vez do Cruzeiro de novo. HEHEHE!

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  3. Comentário do RBN:

    Boa vitória, com uma eficácia de quase 100% nas finalizações, acho que demos 5 chutes a gol e fizemos 3...

    Mas é PREOCUPANTE, e já não é de hoje, a INCAPACIDADE do time em segurar a bola por mais de 10 segundos.

    O patético paranaense no 2º tempo parecia um time de playstation, roubando as bolas com uma facilidade incrível, errando pouquíssimos passes e, em velocidade e nas 2ªs bolas, ganhou quase todas, enquanto o Fluminense parecia um time de cones, lentíssimo, errando muitos passes e com falta de criatividade no contrataque...

    Outra coisa, os patéticos correram os 90 minutos no mesmo ritmo forte, enquanto nós parecíamos cansados já com 20 minutos do 2º tempo, dá pra contar nos dedos de uma só mão quantas divididas nós ganhamos...

    Como disse num post anterior, parece que vamos MESMO voltar àqueles tempos de fazer um golzinho e recuar pra garantir o resultado...

    É PREOCUPANTE estar ganhando de 3 x 0 e acabar o jogo tomando sufoco de um time que provavelmente deve pagar por mês a todo o elenco o que Fred ou Conca ganham sozinhos num mês...

    É PREOCUPANTE...

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  4. Também acho que nosso amigo RBN exagerou nas críticas. De fato, me preocupei um pouco com a queda do rendimento físico do time no final do jogo, como escrevi na resenha. Entretanto, o cansaço nos minutos derradeiros não apaga a ótima atuação do time, que dominou inteiramente o jogo.

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  5. Não vi outro jogo caro bigmontz, estou falando apenas do 2º tempo,
    onde os patéticos corriam mais que coelhinho de desenho animado e nós raramente conseguíamos prender a bola e fazer com que eles corressem atrás dela...

    O toque de bola do 1º tempo simplesmente desapareceu no 2º, e já estamos cansados de ver esse filme: o adversário que estava quase morto começa a pegar moral, começa a gostar do jogo e aí tome sufoco...

    Nunca me esqueço, e provavelmente ninguém aqui esquece, das muitas vezes em que tomamos gol bobo no finalzinho do jogo por causa disso: não conseguir segurar a bola por muito tempo depois do adversário já ter gostado do jogo...

    Até posso ter exagerado nas críticas escrevendo logo após o término da peleja, mas já vi esse filme muitas e muitas vezes, inclusive num inacreditável fra-flu onde a mulambada jogando com 10, virou de 3 x 1 pra 5 x 3...

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  6. Eu achei que a queda no final se deu a questão física. É bom lembrar que o time do CAP é um time jovem e o time do Fluminense que entrou em campo ontem tinha média de idade bem mais alta que a do time paranaense.

    O Fluminense ainda precisa de alternativas de velocidade para mudar a forma de jogar para trabalhar os contra-ataques em jogos como os de ontem.

    Ontem começamos o jogo num 4-2-3-1, mas se tivéssemos peças de velocidade, poderíamos ter virado para um 4-1-2-2-1.

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  7. Boa Noite,

    Acho que esta formação de ontem é a ideal. Trocando Sóbis por Fred e Wagner por alguém mais veloz teremos um time de respeito e perigosíssimo.

    A media de idade Tricolor é alta, acho que por isso não conseguimos manter a pressão.

    A partida de ontem foi muito boa!!

    Se esse negócio de R10 for verdade será a prova que Celso Barros não quer o bem do Flu.
    Esta equipe é a primeira em alguns anos que nos enche de esperança pelo que faz e não apenas pelos resultados. Fomos campeões em 2010 no brilhantismo de Conca com a retranca do Muricy e em 2012 no talento de alguns.
    Vejo hoje o Flu buscando uma forma de jogo e um padrão, que bem trabalhado e com melhora das peças, é promissor para além de 2014.
    R10 é piada de mal gosto e provavelmente tentativa de prejudicar o que está dando certo.
    Se o Flu aceitar será triste!

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  8. Acho natural a pressão depois dos 3 a 0. O time, que já tem uma média de idade alta, relaxou com o placar elástico a favor.

    O que me preocupa é a ausência de algumas peças de reposição e de atacantes de velocidade. Quando estamos ganhando, dá tudo certo porque temos um time muito técnico, que troca passes muito bem. Quando estamos perdendo, a coisa tende a desandar porque não temos jogadores pra atuar mais verticalmente. A ausência de laterais direitos tbm preocupa. Jogadas de linha de fundo são muito importantes pra serem ignoradas.

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  9. Ramón levantou um ponto importante. O elenco precisa ser fortalecido. Até porque essa estratégia de jogo solidário gera desgaste físico, o que torna obrigatória a presença de peças de reposição.

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