"Aquele que tem obrigação de impedir que se furte, se não o impediu, fica obrigado a restituir o que se furtou. E até os príncipes, que por sua culpa deixarem crescer os ladrões, são obrigados à restituição, porquanto as rendas, com que os povos os servem e assistem, são como estipêndios instituídos e consignados por eles, para que os príncipes os guardem e mantenham com justiça. É tão natural e tão clara esta teologia, que até Agamenão, rei gentio, a conheceu, quando disse: 'Qui non vetat peccare, cum possit, jubet' ('Quem, podendo, não impede o pecado, ordena-o')."
(Padre Antônio Vieira, Sermão do Bom Ladrão, 1655)
ST**** PC
ResponderExcluirAdequadíssimas palavras, sempre atuais ao longo dos séculos perpassando o espectro brasileiro da direita à esquerda sem distinções políticas, sócio-econômicas ou religiosas.
As palavras que Virgílio põe na boca de Agamenão e Antônio Vieira magistral cita, não têm lugar no País de Macunaíma.
Obrigado por lembrar-nos Lautrec ontem, gênio da elegância dos gestos mínimos do quotidiano com o olhar (e cores) da beleza comum à vida. E, hoje, trazer-nos um dos Pais Fundadores de nossa Nação, tão olvidado e na prática escarnecido.
Sou eu que devo agradecer pelo seu prestígio, Mauro Balbino. ST****!
ExcluirPerfeito.
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