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quinta-feira, 23 de julho de 2015

O elogiável trabalho do Flu-Memória

A capa do mais recente livro produzido pelo Flu-Memória.

Amigos, vocês sabem que eu sou um crítico ferrenho da atual diretoria do Fluminense, capitaneada pelo presidente Peter Siemsen. A meu ver, a gestão não implanta o prometido profissionalismo no clube, e não promove o necessário saneamento das suas finanças (se não fosse a venda de Wellington Nem, o Fluminense teria fechado todos os anos da gestão Siemsen no vermelho). Entretanto, neste texto, farei elogios explícitos a um setor específico que melhorou muito no Fluminense recentemente: o Flu-Memória.

A antes bagunçada, desarrumada e caótica sala de troféus do Fluminense deu lugar a um belo mini-museu, muito bem organizado, em que as principais taças tricolores são expostas ao público, junto com painéis, fotos, uniformes utilizados pelo clube e recursos interativos. Apesar do espaço relativamente reduzido, consegue-se contar parte da história do Fluminense e do futebol carioca, com precisão e bom gosto. Eu recomendo a visita a tricolores e a torcedores de outros clubes. Para quem gosta de futebol e quer conhecer a história do esporte no Rio de Janeiro e no Brasil, se trata de um programa obrigatório.

Vale ressaltar que o trabalho do Flu-Memória não se restringe à reforma da sala de troféus. Utilizando ferramentas inovadoras, como o crowdfunding (financiamento de projetos pelos torcedores), a equipe de profissionais já produziu alguns livros de notável qualidade, tanto no conteúdo quanto na forma. Os livros dos "110 anos", do "Casal 20" e da "camisa mais bonita do mundo" (este recém-lançado) são verdadeiros primores, peças de colecionador mesmo.

O Flu-Memória poderia inclusive servir de exemplo para os outros clubes brasileiros. Histórias tão belas quanto as de nossas agremiações merecem ser contadas com a qualidade que temos visto acontecer no Fluminense. Com a mistura de paixão e esforço de seus integrantes, o trabalho do Flu-Memória tem resultado extraordinário. Estão mesmo de parabéns Carlos Santoro, Heitor D'Alincourt, Dhaniel Cohen e os demais profissionais envolvidos com o Flu-Memória.

Antes de finalizar o meu texto, para não ficar apenas nos rasgados e merecidos elogios, deixo uma sugestão, como conhecedor do enorme acervo físico que o Fluminense possui (no qual realizei boa parte de minhas pesquisas sobre a história do Fluminense, do futebol carioca e do futebol brasileiro, com o auxílio do sempre prestativo Luizinho). Se vocês conseguirem digitalizar e disponibilizar para o mundo o acervo do Flu-Memória, terão prestado um serviço extraordinário aos tricolores e aos amantes da história do futebol. Seria a cereja no bolo do já bastante elogiável trabalho do Flu-Memória.

PCFilho

Um comentário:

  1. Concordo plenamente, PC! Belíssimo trabalho de todos!
    Nível internacional!

    ST

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