São Paulo 0 x 0 Fluminense

Foto: Bruno Haddad (Fluminense FC).

Amigos, o São Paulo no Morumbi é sempre um osso duro de roer. Digo, sem medo de errar, que o clube paulista é um dos times mais fortes do mundo quando atua em seus domínios. Quando vejo um onze jogar naquele estádio de igual para igual com os anfitriões, sei que se trata de um quadro forte, preparado para levantar taças.

Foi o que o Fluminense fez, neste domingo 5: jogou de igual para igual com o poderoso São Paulo, no Morumbi. Mesmo com desfalques importantes, o onze tricolor não se intimidou e poderia, muito bem, ter saído vitorioso do prélio na capital paulista.

A melhor chance do Fluminense veio de sua juventude, em tabela de Gérson com Marcos Júnior. Quando o primeiro recebeu aquele passe açucarado do segundo, estava frente à frente com Rogério Ceni, mas não pôde finalizar. O menino foi empurrado, em um pênalti clamoroso, indiscutível, daqueles de almanaque. O árbitro gaúcho Leandro Pedro Vuaden não viu ou fez que não viu, e não marcou a infração escandalosa.

Se um lance destes acontecesse contra o Fluminense, eu já começaria a praguejar na arquibancada contra o zagueiro que cometeu o pênalti. Nem olharia para o árbitro, munido da certeza absoluta de que a infração seria assinalada. Eu já me cansei de reclamar aqui, na minha humilde tribuna, mas preciso repetir o questionamento: por que tanta implicância da arbitragem com o Fluminense? O que o Fluminense fez ou faz para merecer isso? Por que o clube mais tradicional do futebol brasileiro precisa vencer não somente o adversário, mas também as arbitragens canalhas?

Mesmo com a garfada sofrida, que dói nas nossas almas, não podemos dizer que o empate no Morumbi é um mau resultado. O Fluminense saiu da batalha com um ponto precioso, que pode ser, em dezembro, a diferença entre a glória suprema e um dolorido vice-campeonato. Tenho certeza de que poucos serão os clubes que conseguirão arrancar pontos do São Paulo em sua casa.

Na distante e úmida caverna que habita, o sábio Profeta coça sua longa barba branca, enquanto contempla aquelas quatro belas faixas, penduradas na parede de pedra. Um questionamento inquietante não deixa sua mente: "será que dá?".

PCFilho

NOTAS DO ONZE:

Diego Cavalieri: Sempre que necessário, estava lá para salvar, com boas defesas. Cometeu uma falha em saída do gol, mas foi salvo pela trave. 7,0

Wellington Silva: Bem na defesa e no apoio. 6,5

Gum: Teve ótima atuação, ganhando todas as disputas. 8,5

Antônio Carlos: Idem. 8,5

Giovanni: Bem na defesa, tímido no apoio. 6,0

(Gustavo Scarpa): Entrou improvisado e ajudou como conseguiu. 6,5

Pierre: Executou bem a função de proteger a defesa. 6,0

Edson: Mesmo amarelado desde o começo, foi um leão em campo. 8,0

Jean: Foi bem na marcação, e apareceu algumas vezes na frente. 7,0

Gérson: Apagado, mas em um lance poderia ter resolvido o jogo, quando sofreu pênalti escandaloso, que o árbitro ignorou. 6,5

(Lucas Gomes): Entrou para puxar contra-ataques, mas recebeu poucas bolas. 6,0

Marcos Júnior: Correu bastante, e deu o passe para Gérson no lance do pênalti. 7,0

(Higor): Jogou pouco tempo. 6,0

Fred: Ajudou muito na marcação, mas foi pouco produtivo na frente. 6,5

T. Enderson Moreira: Com os desfalques de Wagner e Vinícius, preferiu uma escalação cautelosa, mas o time teve boa postura e poderia ter saído vencedor. 6,5

Árbitro Leandro Pedro Vuaden: Prejudicou diretamente o Fluminense ao ignorar o pênalti escandaloso em Gérson. ZERO