Páginas

domingo, 7 de maio de 2023

O Carrossel Tricolor


Amigos, na terça-feira 2 o Maracanã foi palco de uma das maiores exibições de futebol do século, quando o Fluminense impôs ao River Plate sua maior derrota na história da Copa Libertadores, com inapeláveis 5 a 1, que poderiam ter sido mais.

Ainda que o ótimo quadro argentino tenha conseguido equilibrar as ações no primeiro tempo, não resistiu na etapa complementar, sucumbindo à envolvente troca de passes do Carrossel Tricolor – um Fluminense que transforma ordem em caos e conduz o adversário a uma densa floresta em que somente ele, o Fluminense, conhece a saída.

O time de Fernando Diniz dita o ritmo do jogo, qualquer que seja o adversário. O Carrossel Tricolor é um Fluminense que comanda as ações, que conhece o seu tamanho, que faz jus à sua história. A bola é nossa, os rivais que corram atrás.

Estamos sendo testemunhas de recitais de uma orquestra – que, como qualquer sinfônica internacional, precisa de um maestro qualificado. Amigos, tal qual Romeu Pellicciari no timaço hegemônico dos anos 30 e 40, Paulo Henrique Ganso é onipresente. Onde quer que o Fluminense esteja trocando passes, lá está o camisa 10, se apresentando como opção ou indicando para quem o próximo passe deve ir – com uma capacidade analítica monstruosa, de quem parece enxergar o jogo de cima.

Mas não é só de arte que vive o Fluminense. No futebol, é necessário ser agressivo – e esse time sabe ser agressivo. Quando o oponente ousa tomar nosso brinquedo favorito, a bola, os guerreiros tricolores improvisam uma blitz para recuperar sua posse imediatamente. Ela é nossa, não de vocês. É com a gente que ela tem que ficar.

Falando em agressividade, lembro-me de Jhon Arias e Germán Cano, a dupla dinâmica responsável pelos cinco gols que destruíram a cidadela do River Plate. É uma pareja letal, que está ali justamente para fazer desmoronar qualquer muro que o adversário construa em sua grande área. Nossos atacantes fazem guerra – ainda que seus gols sejam autênticas obras de arte, que poderiam estar expostas no Louvre ou no Prado. Também há beleza na destruição.

Ainda não sabemos se o Fluminense conquistará as glórias que a torcida tricolor tanto almeja, a inédita Copa Libertadores, o Campeonato Brasileiro que não vem desde 2012, a Copa do Brasil que sua irmã de 2007 espera. Mas desfrutem desse time: o Carrossel Tricolor é um espetáculo em si.

O futebol há de nos dar o que nós merecemos.

PCFilho

Um comentário:

  1. Há exatamente um ano, o Fluminense impunha ao River Plate sua pior derrota na história da Copa Libertadores: 5 a 1.

    Um show de Germán Cano e Jhon Arias, com direito a truque do chapéu por parte do centroavante argentino.

    Uma noite épica no Maracanã!

    ResponderExcluir

Regras para postar comentários:

I. Os comentários devem se ater ao assunto do post, preferencialmente. Pense duas vezes antes de publicar um comentário fora do contexto.

II. Os comentários devem ser relevantes, isto é, devem acrescentar informação útil ao post ou ao debate em questão.

III. Os comentários devem ser sempre respeitosos. É terminantemente proibido debochar, ofender, insultar e/ou caluniar quaisquer pessoas e instituições.

IV. Os nomes dos clubes devem ser escritos sempre da maneira correta. Não serão tolerados apelidos pejorativos para as instituições, sejam quais forem.

V. Não é permitido pedir ou publicar números de telefone/Whatsapp, e-mails, redes sociais, etc.

VI. Respeitem a nossa bela Língua Portuguesa, e evitem escrever em CAIXA ALTA.

Os comentários que não respeitem as regras acima poderão ser excluídos ou não, a critério dos moderadores do blog.