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domingo, 31 de maio de 2009
Personagem do domingo - Seneme
sábado, 30 de maio de 2009
Carta aberta da torcida do Fluminense
Abaixo, a íntegra da carta aberta escrita por alguns torcedores do Fluminense, em nome de toda a torcida tricolor, sobre a preocupante situação atual do clube. Enviamos para a imprensa, divulgamos em fóruns da internet, e fizemos chegar a jogadores, comissão técnica e dirigentes. Espero que eles entendam o teor da carta, e passem a honrar as três cores que traduzem tradição.
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Prezados jogadores, membros da comissão técnica e dirigentes do Fluminense Football Club,
No dia 2 de julho de 2008, a torcida do Fluminense, reconhecendo e apoiando a brilhante trajetória do time na Taça Libertadores da América, fez a maior e mais bonita festa da história do Maracanã, reconhecida até pelas torcidas dos times adversários.
Infelizmente, o resultado não foi o que todos esperávamos, mas o apoio incondicional ao time continuou a ocorrer durante o Campeonato Brasileiro, mesmo com atuações pífias, que nos levaram a conviver com o fantasma do rebaixamento até a penúltima rodada.
E sempre estivemos com o time. Até mesmo na última rodada do Campeonato Brasileiro, em jogo em que nada estava sendo disputado, mais de 50 mil torcedores foram ao Maracanã para homenagear o zagueiro Thiago Silva, que fazia a sua última partida com a camisa tricolor.
Foi um ano de proximidade com o Paraíso e de proximidade com o Inferno. Mas, não importando onde o time estivesse a torcida sempre esteve ao seu lado. Incondicionalmente.
Porém, é necessário que fique claro: mais um ano de terror, de vergonha, de chacotas, de distância de suas tradições, a torcida do Fluminense não aceita mais! Longe do Campeonato Carioca (sem disputar uma final há 4 anos), longe da Copa do Brasil e já namorando com a parte baixa da tabela no Campeonato Brasileiro... Esse pacote da VERGONHA nós, torcedores, não podemos aceitar.
Pela primeira vez em muitos anos, no dia 24 de maio – último domingo, nós vimos a torcida do Fluminense unida na vaia por conta de mais uma apresentação vergonhosa deste time, na derrota por 4 X 1 para o Santos.
Nas palavras do jornalista Fernando Calazans, em sua coluna no jornal O Globo, em 25 de maio de 2009, intitulada Atuação indigna: "...se bem que a atuação deste último, o Fluminense, foi algo indigno do clube e de sua torcida. Um placar de 4 a 1 para o Santos, logo no Maracanã, pode até acontecer. Outros times grandes já passaram por esse desgosto. Pior foi a forma como o Fluminense perdeu, com uma aparente mistura de incompetência e desinteresse, com desorganização, com dois jogadores expulsos e com uma única atuação individual digna, até pelo espírito de luta: Conca" (grifos nossos).
O Sr. Fernando Calazans conseguiu captar esplendidamente o sentimento da torcida do Fluminense.
Srs. jogadores do Fluminense Football Club: honrem a camisa e o clube que hoje os srs. representam. A camisa que Preguinho, Castilho, Gerson, Romerito vestiram com tanta honra não pode ser manchada pela falta de dedicação, pela falta de entrega, pela falta de suor que os Srs. vêm demonstrando. Ser profissional, Srs., não é ter o direito de receber o salário todos os meses. Ser profissional é dar a sua máxima dedicação quando estão representando o clube "das três cores que traduzem tradição". É suar sangue para conseguir uma vitória. É morrer de chuteiras não aceitando uma derrota. É ter orgulho de ouvir o seu nome gritado pela mais bela torcida do Brasil. É poder falar para seus filhos e netos com orgulho "Eu joguei e ajudei a escrever a bela história do Fluminense Football Club".
Nosso hino fala no verde da esperança. Porém, não sentimos esperança alguma com a apatia que vem sendo mostrada pelos senhores. Nosso hino fala no sangue, no amor e no vigor. Porém, não vemos sangue, amor e vigor em campo. Nosso hino fala em usar a fidalguia. Porém, o que vimos foi um atleta tricolor sendo expulso por agredir covardemente um adversário.
Temos uma sensação completa de vazio, de que algo muito bonito nos foi roubado, tomado da forma mais mesquinha e vergonhosa. Tem de haver um jeito, isso não pode permanecer assim.
É toda uma história indo pelo esgoto. Parece que uma essência natural que o Fluminense tinha, de se impor, de amedrontar pela força da camisa, de se afirmar sobre qualquer dificuldade, desaparece a cada dia.
O Fluminense do jogo com o Santos não é o Fluminense. Aquilo não é Fluminense. Hoje nós temos vergonha de vocês.
O que mais nos preocupa é A IMENSA DISTÂNCIA QUE SEPARA O CLUBE FLUMINENSE FC, representado em campo e fora dele por vocês – jogadores profissionais, comissão técnica e dirigentes, DE SUA TORCIDA. A sensação para qualquer torcedor tricolor, presente ou não, domingo no Maracanã foi de uma torcida à frente do tempo do clube. Estamos fazendo nossa parte. Com sobras. Somos apaixonados e pedimos que se não podem demonstrar nossa paixão que pelo menos honrem nossa paixão. A respeitem.
Caso se sintam tão afastados da história do clube, procurem saber mais sobre Castilho, Pinheiro, Telê, Romerito, Assis (que está aí, trabalhando no clube, perto de vocês). Procurem saber sobre Arnaldo Guinle. Leiam uma bela resenha de um jogo feita pelo Nelson Rodrigues. Escutem o hino nas vozes apaixonadas do Evandro Mesquita, do Chico Buarque ou no dedilhar brilhante do grande Arthur Moreira Lima.
A torcida do Fluminense é hoje reconhecida pelas festas e pelas músicas de apoio que cantamos os 90 minutos do jogo. Tem uma música que diz assim:
VAMOS TRICOLOR.
JOGA COM GARRA QUE NÓS TE APOIAREMOS.
Lembrem-se disso e correspondam. É somente isso que pedimos.
Assinado
Torcida do Fluminense Football Club.
Em 26 de maio de 2009, fatos lamentáveis ocorreram durante o treino. Os signatários desta carta repudiam veementemente o ocorrido e alertam para:
a) Havia pessoas estranhas ao treino na tribuna social do clube, demonstrando total falta de comando por parte da Administração do Fluminense.
b) Esperamos que os próximos tiros dados de dentro do campo das Laranjeiras, sejam tiros de fogos de artifício e não de armas de fogo.
-----Vídeo que resume nossos 106 anos de glórias, editado pelo amigo Bolt:
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Dez anos sem João do Pulo
A 28 de maio de 1954, nascia em Pindamonhangaba João Carlos de Oliveira. Negro, franzino e de família pobre, o menino se viu obrigado a entrar no exército, aos quinze anos de idade. Dois anos depois, começou a treinar atletismo, ainda no exército. A idade é considerada avançada para o início da carreira de um atleta, mas o talento e a determinação de João o fizeram superar esse obstáculo. Quando contava dezenove aniversários, começou a espantar o mundo. O ano era 1973, e o rapaz começou a contabilizar glória atrás de glória. No mesmo ano, foi campeão paulista, do Troféu Brasil e do Sul-Americano juvenil (em Assunção, no Paraguai). Sua especialidade era o salto triplo. Seu salto na capital paraguaia foi de incríveis 14,75 metros: tratava-se do recorde mundial júnior. Nessa época, ele treinava no São Paulo Futebol Clube e no Esporte Clube Pinheiros (foi o primeiro atleta negro da história do Pinheiros).
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Sobre o protesto em Laranjeiras
terça-feira, 26 de maio de 2009
Recordar é viver - Chuva de gols no Pacaembu
Amigos, o Estádio Municipal do Pacaembu estava lotado: 43.068 torcedores escorriam pelas suas paredes. E elas foram testemunhas de uma dessas partidas imortais. O Santos do técnico Lula entrou no gramado com a seguinte escalação: Manga; Hélvio e Dalmo; Fioti, Ramiro e Zito; Dorval, Jair, Pagão, Pelé e Pepe. Que linha, amigos, que linha! O Palmeiras, treinado por Oswaldo Brandão, também possui um autêntico escrete: Edgar; Edson e Dema; Waldemar Carabina, Valdemar Fiúme e Formiga; Paulinho, Nardo, Mazzolla, Ivan e Urias.
Quando o cronômetro marcava 18 minutos, Urias inaugurou o placar: Palmeiras 1 a 0. Aos 21, o menino Pelé empatou para o Santos. Quatro minutos depois, aconteceu a primeira virada da partida, com o tento de Pagão: Santos 2 a 1. Mas a equipe alvinegra não teve muito tempo para comemorar, pois um minuto foi o suficiente para Nardo empatar de novo a peleja: 2 a 2. Quatro gols em 26 minutos: que chuva de gols no Pacaembu!
Porém, sabemos que a linha de frente do alvinegro praiano é insaciável: Dorval aos 32, Pepe aos 38 e Pagão aos 46 deram números finais ao primeiro tempo: Santos 5, Palmeiras 2. No vestiário, Pepe estava eufórico e otimista: "companheiros, temos a chance única de enfiar 10 gols no Palmeiras hoje: não vamos desperdiçá-la!".
Amigos, o que se viu no segundo tempo da batalha no Pacaembu foi surreal. O Palmeiras demonstrava um ímpeto, uma paixão e uma garra inexcedíveis. Aqueles onze guerreiros vestidos de verde estavam definitivamente dispostos a vencer ou perecer! Aos 16 minutos, Paulinho diminuiu para 5 a 3. Aos 19, Mazzolla diminuiu para 5 a 4. Aos 27, de novo Mazzolla estufou as redes de Manga: 5 a 5! Sete minutos depois, aconteceu o improvável e sublime milagre: Urias marcou o gol da virada! Nem o próprio placar parecia acreditar no que exibia: Palmeiras 6, Santos 5! A maior virada da história, e justo contra a seleção de astros do Santos!
Aquilo não era possível. As mais de 40 mil testemunhas estavam atônitas. Os 22 jogadores, o juiz, os bandeirinhas, os massagistas e os gandulas também achavam que se tratava de um delírio coletivo. Disse "os 22 jogadores", mas já me corrijo. Havia, entre os 22 guerreiros que encharcavam as camisas de suor, um jogador com plena consciência do que estava acontecendo. Falo de Pepe, o robusto atacante do Santos. No intervalo, ele queria meter dez no Palmeiras; agora, ele sentia na carne e na alma o duro golpe da acachapante virada.
O jogo foi tão emocionante, tão arrebatador, que houve duas mortes nas arquibancadas: um torcedor do Santos e um torcedor do Palmeiras enfartaram. Invejo a morte destes dois heróis: deram a vida por seus clubes do coração! Eis o exemplo de máximo sacrifício pela paixão clubística! São dois heróis anônimos, mas dois heróis eternos! Merecem estátuas de ouro.
Um jogador comum se resignaria e aceitaria a virada apenas como um duro golpe. Mas Pepe não é um jogador comum. É um craque, um autêntico craque, e essa sua condição não permitia a mera aceitação do escore. Ele pegou a pelota e resolveu: "isso não vai ficar assim". Aos 38, em furiosa penetração, Pepe empatou a partida: 6 a 6! E, aos 41, ocorreu o surreal, o inacreditável, o sobrenatural. Pepe enfiou até o cabo mais um gol nas redes palmeirenses. Sim, amigos: Santos 7, Palmeiras 6!
Não preciso escrever mais nada: Santos 7, Palmeiras 6. Um placar tão estrepitoso, tão acachapante, tão surreal fala por si próprio.
PC
segunda-feira, 25 de maio de 2009
O campo pequeno
domingo, 24 de maio de 2009
Isso não é Fluminense
sábado, 23 de maio de 2009
Domingo é dia de peixe frito no Maraca
Demos um show contra o Corinthians na quarta, e infelizmente a classificação não veio. Porém, não podemos desanimar. Estamos bem no Brasileirão, e precisamos nos manter na ponta da tabela. O primeiro passo é vencer o Santos. Portanto, domingo é dia de peixe frito no Maraca!
Local: Estádio Mário Filho, no Rio de Janeiro (RJ).
Data: domingo, 24 de maio de 2009.
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (FIFA-RS)
Assistentes: José Antônio Chaves Franco Filho (RS) e Júlio César Rodrigues Santos (RS)
FLUMINENSE: Fernando Henrique; Eduardo Ratinho, Edcarlos, Luiz Alberto e Dieguinho; Wellington Monteiro, Marquinho, Conca e Thiago Neves; Maicon e Fred.
Técnico: Carlos Alberto Parreira.
SANTOS: Fábio Costa; Luizinho, Fabão, Eli Sabiá e Léo; Roberto Brum, Rodrigo Souto, Paulo Henrique Ganso e Madson; Neymar e Kléber Pereira.
Técnico: Vágner Mancini.
Como chegar ao Maracanã: as linhas de ônibus 132B, 134B, 232, 238, 239, 241, 247, 254, 260, 266, 267, 268, 269, 383, 423D, 432, 433, 434, 435, 438, 455, 456, 457, 464, 487L, 488L, 489L, 606, 621, 622, 627, 629, 630, 638, 639, 665, 703D, 711 e 725D levam ao Maior do Mundo. Além disso, há a opção dos trens da Supervia: saltar na estação Maracanã. Também há as estações da linha 2 do metrô: São Cristovão (rampa do Bellini) e Maracanã (rampa da UERJ).
Algo a mais
De fato, nossa torcida cada vez mais demonstra sua força. E o mais impressionante de tudo é que tais manifestações são idealizadas, desenvolvidas e executadas por nós mesmos, meros torcedores, como mostra de nosso amor genuíno pelo Tricolor.
Contudo, apesar de tanto incentivo e apoio, o time, já não é de hoje, dificilmente corresponde dentro das quatro linhas. Ao contrário, não são poucas as vezes em que saímos do estádio frustrados, tristes, decepcionados. E a causa de tudo isso, como obviamente você já sabe, são as sucessivas más administrações do clube, há muito tempo gerido por amadores e pessoas sem a necessária qualificação para desempenhar funções tão importantes.
Entretanto, a boa notícia é que ainda existe um fio de esperança. Sim, estamos doentes, mas não mortos. E o melhor de tudo é que a cura para o Fluminense F. C. está bem diante de nós. Na verdade, só depende de mim, de você e de todo torcedor tricolor comprometido com a causa. Em poucos meses, encerra-se o período de inscrição para que novos sócios possam votar nas próximas eleições. Daí porque sua participação é fundamental.
Por certo, não há outro caminho para que voltemos a ter um Fluminense forte, apto a vencer todas as competições que disputar. É imperioso que todo torcedor com condições para tanto se associe ao clube, vindo a fazer parte da Assembleia Geral que irá escolher nosso próximo Presidente.
E, nesse ponto, não creio que, dentre os 70.000 tricolores presentes ao último jogo, não existam pelo menos 1.000 capazes de dispor de menos de R$ 100,00 por mês. Sim, com aproximadamente um milhar de pessoas é possível ganhar as eleições do Tricolor. Já passou da hora de demonstrarmos que nossa força não está restrita às arquibancadas. É preciso darmos algo a mais. Além de mosaicos, sinalizadores e festa de bandeiras, será necessário tomarmos o clube de assalto, livrando-o das mãos daqueles que há anos se perpetuam no poder. A missão é árdua, mas não impossível.
Por BERNARDO CANCELLA NABUCO, no Pavilhão Tricolor.
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Rapidinhas
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Recordar é viver - Palmeiras 4, Flamengo 2
Hoje revivo aqui mais um exemplo de virada espetacular. Trata-se de mais um jogo com a mesma lição de sempre: TORCEDOR, ACREDITE ATÉ O FIM. Há exatos dez anos, em São Paulo, o calendário marcava 21 de maio de 1999...
Copa do Brasil, quartas-de-final. No jogo de ida, no Maracanã, o Flamengo vencera por 2 a 1. Naquela noite, no Parque Antártica, o Palmeiras precisava vencer. Uma vitória simples bastaria, desde que o Verdão não sofresse gol. Porém, a ducha de água fria veio logo aos 52 segundos de jogo: o meia Rodrigo Mendes, do Flamengo, abriu o placar. Isso obrigava a equipe paulista a marcar dois gols para levar a disputa para os pênaltis, ou três para vencer no tempo regulamentar. O Palmeiras insistiu nas bolas aéreas, mas a tática não funcionou no primeiro tempo. Notemos que havia um agravante na situação palmeirense: o time estava exausto, porque disputava três competições simultâneas: a Copa do Brasil, o Campeonato Paulista e a Taça Libertadores.
E então veio o segundo tempo. Muitos achavam que seria mera formalidade, mas o futebol é uma caixinha de surpresas. O Palmeiras voltou do intervalo com muita garra e muita vontade. Ocorreu então o seguinte lance: Zinho chutou, a zaga deu rebote, Euller cruzou rasteiro e Oséas marcou: 1 a 1. O Palmeiras estava de volta ao jogo! Mas sua torcida nem teve tempo de comemorar: um minuto depois, Rodrigo Mendes botou de novo o Flamengo na frente: 2 a 1. Placar somado: 4 a 2 para o mais querido. O Palmeiras voltava, então, a precisar do milagre: 3 gols. Júnior chutou de muito longe, lá do meio da praça, e acertou: 2 a 2. Mas ainda faltavam dois tentos.
Quando se está perdendo, o tempo voa. Os minutos escoavam rapidamente nos relógios alviverdes. Quarenta do segundo tempo, e o 2 a 2 persistia. Alguns torcedores começaram a deixar o Palestra Itália. Eles se arrependem até hoje por terem ido embora mais cedo. Digo mais: são uns eternos arrependidos. Um dia, estarão mortos, mas suas almas continuarão vagando por aí, se lamentando: "por quê eu fui embora mais cedo?".
Aos 41, aconteceu o primeiro ato do suave milagre: após bate-rebate na área, Euller fez 3 a 2. Aos 44, a consumação: de novo Euller, Palmeiras 4, Flamengo 2. Verdão classificado? Ainda não! Agora é o rubro-negro que parte desesperado para o ataque, e ainda consegue uma bola na trave! Fim de jogo, festa incrível no Palestra Itália. Meia-hora após a partida, Felipão, jogadores e torcida ainda comemoravam a épica, dramática e surreal virada! Para falar a verdade, eles estão comemorando até hoje. Comemorarão para sempre. E estão certos nisso: ai do clube que não cultiva santas nostalgias!
Jogo de volta das quartas-de-final da Copa do Brasil.
Data: 21 de maio de 1999.
Local: Parque Antártica.
Árbitro: Antônio Pereira da Silva (GO).
Palmeiras: Marcos, Arce (Euller), Roque Júnior, Agnaldo e Júnior; César Sampaio (Evair), Rogério, Alex e Zinho; Paulo Nunes e Oséas (Galeano). Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Flamengo: Clemer, Pimentel, Fabão, Luiz Alberto e Athirson; Jorginho, Maurinho, Beto e Caio (Bruno Quadros); Rodrigo Mendes e Romário (Vágner). Técnico: Carlinhos.
Gols: Rodrigo Mendes (1'), Oséas (56'), Rodrigo Mendes (59'), Júnior (60'), Euller (86') e Euller (89').
Leituras recomendadas:
1976 - Bochum 5 x 6 Bayern München.
2000 - Palmeiras 3 x 4 Vasco.
Frase do dia:
"Ain't over 'till it's over!" ("Não acaba enquanto não acabar!")
- Yogi Berra, treinador de baseball.
Há que se pensar no tri
Amigos, o Fluminense está fora da Copa do Brasil de 2009. Como toda eliminação, também essa doeu na carne e na alma de todos os tricolores. A festa da torcida no Maracanã foi mais uma vez fantástica. O mosaico foi um verdadeiro espetáculo: das coisas mais emocionantes que eu já vi num estádio. A nuvem de pó-de-arroz a cobrir a arquibancada também nos encanta sempre, apesar de não ser propriamente uma novidade. Acho que o Alessandro (lateral do Corinthians) aprendeu que nossa torcida faz, sim, muita diferença. Será que ele terá a hombridade de nos pedir desculpas?
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Meu eterno amor
terça-feira, 19 de maio de 2009
Em busca daquilo que ainda não acabou
Por: Eric Costa.
NBA - Finais de conferência
Amigos, começarão hoje as grandes decisões de conferência da NBA! Los Angeles Lakers e Denver Nuggets jogam logo mais a primeira partida da decisão do Oeste, em LA. Amanhã, Cleveland Cavaliers e Orlando Magic começam a final do Leste, em Cleveland. Todos os jogos das finais serão transmitidos para o Brasil pela emissora ESPN.
Confira como foram os últimos jogos das semifinais:
Boston Celtics 75 x 83 Orlando Magic - Jogo 6 (@Orlando)
Los Angeles Lakers 80 x 95 Houston Rockets - Jogo 6 (@Houston)
Após a lesão de Yao Ming, muitos deram o time do Houston Rockets como morto. A resposta veio em quadra: série empatada em 3-3 contra um dos melhores times da NBA. O jovem Aaron Brooks decidiu mais uma vez, marcando 26 pontos. Luis Scola também teve grande atuação, com seus 24 pontos e 12 rebotes. Pelo lado dos Lakers, Kobe Bryant jogou sozinho, marcando 32 pontos. Os Rockets já venceram uma vez em LA. Será que podem vencer de novo, no sétimo e decisivo jogo?
Orlando Magic 101 x 82 Boston Celtics - Jogo 7 (@Boston)
E o Magic surpreendeu mesmo: está na final do Leste. Comandado por Turkoglu (25 pontos e 12 assistências) e Dwight Howard (12 pontos e 16 rebotes), o Magic dominou a partida do início ao fim, ignorando o mando de campo dos Celtics. A ausência de KG foi determinante. Mesmo com grande atuação de Ray Allen, o atual campeão não resistiu. Pela primeira vez na sua história, os Celtics perderam uma série que chegaram a estar vencendo por 3 a 2. Nas outras 32 vezes em que isso acontecera, a equipe verde havia confirmado a vitória. Final da série: Orlando 4, Boston 3.
Houston Rockets 70 x 89 Los Angeles Lakers - Jogo 7 (@Los Angeles)
O astro Kobe Bryant não teve grande atuação. Porém, lá estava Pau Gasol para salvar os Lakers. O espanhol foi o cestinha do jogo, com 21 pontos e 18 rebotes. Trevor Ariza marcou 15, e Kobe Bryant 14. Pelo Houston, Aaron Brooks fez 13 pontos. O time mostrou que, se estivesse completo, a história poderia ter sido diferente. A lesão de Yao Ming pode ter sido o fator de desequilíbrio. Final da série: Los Angeles 4, Houston 3.
Bola pro alto, que as finais vêm aí!
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Tricolores, ao Maracanã!
Amigos, estive hoje à tarde em Álvaro Chaves. Havia bastante movimento na aristocrática sede do Fluminense: muitos torcedores na fila para comprar ingressos, e muitos sócios assistindo ao treino comandado por Carlos Alberto Parreira.
Rapidinhas da segunda-feira
domingo, 17 de maio de 2009
0 a 0 na Arena Barueri
O Maracanã é neutro?
sábado, 16 de maio de 2009
Nadal e Djokovic
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Craque - Diego Armando Maradona
Futebol de seleções - Crise em Portugal
As duas seleções que ocupam a ponta da tabela são a Dinamarca e a Hungria. Tanto os dinamarqueses quanto os húngaros possuem 13 pontos, mas os escandinavos possuem um jogo a menos. Os sete pontos que separam Portugal da Copa do Mundo (ou, no minímo, da repescagem) não parecem tão simples de serem conquistados, tendo em vista a tabela da seleção portuguesa e o futebol apresentado.
O próximo jogo dos lusitanos é contra a Albânia, fora de casa, no dia 6 de junho; até aí tudo bem, mas o problema mora nos jogos de 5 e 9 setembro, quando eles enfrentarão Dinamarca e Hungria em suas respectivas casas, sem a miníma chance de pensar em perder. Fechando a tabela de seu grupo, eles enfrentam novamente a Hungria no dia 10 de outubro e, posteriormente, Malta (última colocada do Grupo 1, com apenas um ponto conquistado) - ambos os jogos em casa.
A grande questão é: como a seleção de jogadores como Deco e o melhor do mundo, Cristiano Ronaldo, poderia não marcar presença no Mundial da África do Sul? Os insucessos de Portugal devem, sim, ser atribuídos ao técnico Carlos Queirós, mais pelo fato de o treinador aparentar desconhecer a profundidade de seu plantel do que por questões táticas. Afinal, partindo do ponto de vista técnico, parece até impossível que os nomes acima citados, que apresentaram um futebol tão vistoso na última Eurocopa (comandados por Felipão), possam ter caído diante de seleções como a Albânia (empate em 0x0 dentro de casa) ou Suécia (0x0 fora de casa).
Essa relação insossa de Queirós para com seu plantel ficou evidente na partida contra a Suécia, em que ele entrou em campo praticamente sem atacantes, preferindo escalar o meio-campo Danny solitário na frente, trombando com os dois armários da zaga sueca, tudo para satisfazer o seu 4-3-2-1.
Enquanto isso, mais atrás, o técnico português inventou de deslocar o desajeitado zagueiro Pepe para a cabeça-de-área, sem considerar que, apesar de ser um bom zagueiro, o brasileiro naturalizado português não possui competência para armar jogadas de maneira eficiente, o que comprometeu a criação de jogadas partindo do meio-campo, completado pelo também volante Raul Meireles e por Tiago.
Nem mesmo Cristiano Ronaldo e Simão Sabrosa, que caíam pelas pontas do ataque português, puderam concretizar um mísero tento a favor de sua seleção, que pecou bastante nas finalizações. Mesmo que Deco tenha dado mais "molejo" ao time, quando substituiu Tiago, os portugueses não conseguiram marcar um único gol, para ao menos garantir os três pontos, culpa do ataque mal-formado pelo técnico Queirós, que precisa colocar em sua cabeça que necessita, sim, de um atacante de ofício.
Caso contrário, adeus África do Sul.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
A batalha do Pacaembu
O carioca parece um estrangeiro na terra da garoa. Este escriba estava perdido, mas nem tanto. "Boa noite. Como faço para ir à estação Clínicas?". O simpático guarda do metrô, na estação Tietê, me respondeu: "Pegue a composição no sentido Jabaquara, salte na Paraíso, e pegue o outro trem no sentido Vila Madalena.". As instruções foram precisas: em menos de meia-hora, eu já estava andando nos arredores do Pacaembu. Conheço pouco da maior cidade do país, mas os transportes públicos me pareceram bem integrados, organizados e funcionais. "Coca-cola, cerveja, vinho!". Vinho? É, definitivamente eu era um estrangeiro na terra da garoa.
Eu e mais dois tricolores caminhávamos disfarçados no meio da multidão corintiana que se aproximava do estádio. Sentimento de tensão não muito diferente do de um clássico carioca no Maracanã. Chegamos sem dificuldade à entrada dos visitantes e fomos muito bem tratados pela polícia local, ao contrário do que havia acontecido ano passado, no jogo da Libertadores. Adentrei a arquibancada, e fui de novo surpreendido positivamente. Primeiro, a boa visão do campo lá do nosso setor. Em outros estádios (Morumbi, Arena da Baixada, Engenhão), os visitantes não conseguem ver o jogo direito. Felizmente, o Pacaembu foge à regra. Segundo, a qualidade do lanchinho: um dos melhores hot dogs que eu já comi, e ainda vem acompanhado de batatas chips. O resto não era surpresa: lotamos o nosso setor, com mais de três mil tricolores, entre habitantes de São Paulo e turistas cariocas.
A torcida do Corinthians também fez bonito: o estádio estava quase totalmente lotado. A parte do tobogã e a da arquibancada oposta cantaram o tempo todo, muito alto, e o mais incrível: em perfeita sincronia. Ontem entendi por que os times cariocas sempre enfrentaram dificuldades no Pacaembu: o estádio é um verdadeiro caldeirão. Esportivamente, o melhor negócio para o Timão é mesmo mandar seus jogos no Estádio Municipal.
Em campo, os dois times erravam muito, o Fluminense mais que o Corinthians. Num dos erros tricolores, Dentinho apareceu livre e disparou para o gol, sem chances para o goleiro Fernando Henrique: 1 a 0 Corinthians. Pela pressão que exerceu no primeiro tempo, a equipe paulista mereceu até marcar mais um gol, mas esbarrava na grande atuação do arqueiro pó-de-arroz.
No segundo tempo, o Fluminense melhorou, e o Corinthians piorou. Ambos os times perderam muitas chances. A melhor delas foi de Thiago Neves: o camisa 10 tricolor tabelou com Marquinho e apareceu na cara do gol. Porém, chutou em cima do goleiro Felipe. Também o arqueiro corintiano viveu uma grande noite.
Conca voltou muito bem. Entrou no lugar de Thiago Neves, e criou grandes jogadas em seus quinze minutos de jogo. Só não o destaco mais porque houve duas atuações melhores que a dele entre os pós-de-arroz: o já citado Fernando Henrique, e o Maicon. Ah, o Maicon mais uma vez se desdobrou em campo. Como diria o Profeta, ele correu feito coelhinho de desenho animado. Aparecia cortando a bola na defesa e, instantes depois, já estava pedindo um passe lá na frente. Concluo que Conca tem que entrar, mas Maicon não pode sair. Quebra-cabeça para o pé-de-uva!
Fim de jogo, 1 a 0. Placar ruim, mas nem tanto. No Rio, vamos virar, como fizemos contra o São Paulo ano passado. Peguei um táxi de volta para o terminal rodoviário do Tietê, e o ônibus de volta para o Rio. Aproveitei para dormir, porque uma quinta-feira de trabalho me aguardava na Cidade Maravilhosa. Durante a viagem, sonhei com o Profeta, e sonhei com os 3 a 1. Faltam cinco jogos para o bi.
PC
quarta-feira, 13 de maio de 2009
A mais nova tricolor de Minas Gerais
"Do Tio Vinicius,
Para a mais nova tricolor de Minas Gerais.
Um abraço.
PS.: Daqui pra frente, quando o Fluminense ganhar, você pode dizer para as pessoas com orgulho: ‘Saudações Tricolores!’"
É verdade que na parte de trás do envelope ele tinha escrito meu nome errado. Escreveu Erika com c e acento agudo. Mas também é verdade que, depois que eu recebi essa cartinha, meu ‘amor ao tricolor’ nunca parou de crescer.
Por ter nascido em Minas, minhas raízes sempre me induziram ao Cruzeiro e ao Galo. Nada contra esses times. Já torci pelos dois. Só que eu não entendia. Eu achava idiota essa coisa de torcida.
Eu via os jogos e não sentia nada. Não havia amor. Era só pra falar que eu torcia pra algum clube.
Quando tinha clássico, sentava na frente da TV e assistia às pessoas se descabelando, sem entender a importância daquilo tudo. Pra que ficar careca por causa de um jogo estúpido?! Não vai alterar nada na minha vida!
Estava em minha fase cruzeirense quando resolvi assistir aos jogos da Libertadores em 2008.
Caloura no quesito futebol, assisti ao jogo errado. Mas na hora certa.
Era Fluminense e LDU.
Eu vi a torcida maravilhosa, os jogadores dançando em campo, jogando um futebol lindo. Um futebol brasileiro. Um futebol tricolor.
Posso dizer que foi paixão à primeira vista.
Logo depois liguei para o meu pai, avisando que agora torcia pelas Laranjeiras.
Serei clichê, mas digo que me senti completa. Se me perguntassem para que time eu torcia, podia dizer estufando o peito: “Fluminense!”.
Ganhei uma camisa oficial, usei-a por 3 dias a fio. Depois tive que tirar pra lavar. E usei mais.
Tem dias que no colégio chego a discutir sobre futebol. Aprendi o nome dos jogadores e paro o que estiver fazendo para assistir aos jogos do meu time do coração.
Sempre que acordo de manhã, penso no dia chato que está por vir. Penso nos deveres, nas provas, nas pessoas indesejáveis e no barulho de buzina na rua que insiste em me irritar sempre que caminho. Mas aí me lembro de duas coisas.
Me lembro que tenho música, sem a qual não vivo, e que tenho o Flu.
Posso não ser velha de guerra, mas sei que tenho para com o meu time uma relação que irá durar para sempre.
Não exagero ao dizer que a cada dia o amo mais. É a mais pura verdade.
O amo por ser clássico, por ser belo, por ser forte. O amo pelos seus torcedores (convenhamos, o número de tricolores bonitos me assusta. É enorme) e seu fanatismo, pelos seus jogadores e sua raça.
O amo por ser meu time incrível. Que me completa.
E agora digo com orgulho: Saudações Tricolores!
Erika Rohlfs