Adriano "Michael Jackson" vendido

Hoje recebi a notícia de que o atacante Adriano "Michael Jackson", emprestado pelo Fluminense ao Palmeiras, foi vendido para o Dalihen Shide, da China. Como o atleta tem apenas 23 anos e já mostrou algum potencial, considerei a notícia ruim. Até porque, na minha concepção, o Fluminense está precisando de reforços para o setor ofensivo.

Quando soube dos detalhes da negociação, considerei a notícia ainda pior. De acordo com a imprensa, a transferência foi por um valor um pouco superior a R$ 4,5 milhões, dos quais apenas R$ 720 mil entraram nos cofres tricolores (16% do total). O América, clube anterior, teve direito a R$ 1,6 milhão (36% do total). O Palmeiras ganha R$ 150 mil pela rescisão do contrato de empréstimo. O valor restante da transação, cerca de R$ 2 milhões, não foi esclarecido pelas notícias.

Perguntando aqui e ali, descobri que esta fração restante pertencia à Unimed Participações, empresa criada por Celso Barros para o patrocinador ter condições legais de possuir direitos econômicos de atletas. Após lucrar R$ 6,2 milhões com a venda de Darío Conca, a Unimed Participações parece ter embolsado mais R$ 2 milhões, com a venda de Adriano "Michael Jackson".

Neste momento, estou com a pulga atrás da orelha, e solicito alguns esclarecimentos, a quem tiver conhecimento para realizá-los.

Primeiro: a Unimed, além de pagar diretamente os salários dos jogadores, agora também é dona do passe deles?

Segundo: os dirigentes tricolores consideram essa situação aceitável e normal?

Terceiro: quem decide quais jogadores serão vendidos, o Fluminense ou a Unimed?

Quarto: a Unimed é dona de quantos (e quais) atletas mais no elenco do Fluminense?

Outro dia, defini aqui "Conflito de Interesses". Não sei por quê fui me lembrar disso agora...

PC

(publicado no PAVILHÃO TRICOLOR)