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sábado, 2 de março de 2013

Resenha: Vasco 3 x 2 Tricolor

Foto: Photocamera.

Neste sábado, pela 352ª vez na história, Fluminense e Vasco se enfrentaram numa partida de futebol. Desde março de 1923, os dois rivais quebram lanças em batalhas dentro das quatro linhas do gramado. E, ao longo destas nove décadas, em algumas ocasiões o duelo ganhou ares de carnificina. A história conta que em 1944, quando o Fluminense fez 2 a 1 em Laranjeiras, Alfredo atingiu Pedro Amorim, e começou uma pancadaria generalizada: o jogo teve que ser paralisado, e só foi ser concluído quatro dias depois, na Gávea, com portões fechados. Em 1967, já no Maracanã, Adilson agrediu Denílson, e a batalha campal que se seguiu resultou em 17 expulsões.

E o que dizer das decisões? Em 1973, Dionísio marcou na prorrogação, e o Fluminense sagrou-se campeão do segundo turno. Em 1976, no último minuto da prorrogação, Doval ascendeu aos céus do Maracanã e cabeceou para a glória tricolor. Em 1980, Edinho acertou uma cobrança de falta improvável, e o Fluminense era novamente o campeão da cidade. Em 1984, Romerito foi o herói pó-de-arroz na final do Campeonato Brasileiro. Em 1989, o empate era do Fluminense, o Vasco venceu no tempo normal, mas na prorrogação Washington decretou a festa tricolor. Em 1993, 1994 e 2003, o Vasco se deu melhor. Ano passado, Deco deu um show particular e o Fluminense levantou a Taça Guanabara.

O Clássico dos Gigantes deste sábado, disputado no Engenhão, valia vaga na decisão da Taça Guanabara, o primeiro turno do Campeonato Carioca de 2013. Ao Vasco, o empate bastava. Para o Fluminense, era vencer ou vencer. E talvez isto explique por quê, no primeiro tempo, só o Tricolor atacou. Foram pelo menos três chances claras de gol perdidas pelos atacantes tricolores. Enquanto isso, do outro lado do campo, o goleiro Diego Cavalieri não havia nem sujado o uniforme.

A segunda etapa começou na mesma toada: precisando do resultado, o Fluminense atacava. O Vasco, com o regulamento a favor, retrancadinho, esperando uma chance para o contra-ataque. E ela acabou acontecendo: Gum cortou mal uma jogada, e Éder Luís avançou pelo flanco direito, tocando para Bernardo abrir o placar. Era tudo que o Vasco queria. O Fluminense agora precisaria virar.

E então o Tricolor lançou-se todo ao ataque. Deu certo: após cobrança de lateral na área, Rhayner ajeitou e Thiago Neves empatou o jogo. E logo depois, Carlinhos chutou, o goleiro Alessandro deu rebote, Wellington Silva cruzou e Wellington Nem fuzilou: Fluminense 2 a 1, de virada! Agora era o Vasco que precisava correr atrás do resultado.

O onze tricolor, entretanto, não conseguiu se defender. Em mais uma desatenção coletiva, o jovem Romário marcou de cabeça. E pouco depois, após cobrança de escanteio, Dedé marcou o terceiro gol do Vasco. 3 a 2, placar final, e o Vasco na final da Taça Guanabara. O Fluminense mostrou poder de reação, mas não soube segurar o resultado.

Nas Laranjeiras, o foco volta para a Copa Libertadores da América. Quarta-feira, no Engenhão, uma vitória sobre o campeão chileno Huachipato praticamente garantirá a classificação do Fluminense às oitavas-de-final do torneio. Tricolores vivos, doentes e mortos, nos vemos lá!

PC

5 comentários:

  1. PC, com todo o respeito, não está dando para confiar nesse time. Vamos passar de fase, mas no mata-mata, morreremos. Ou começam a jogar a serio agora ou adeus!

    ST

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  2. Gostei da postura do time, especialmente quando precisava virar o jogo. Não é fácil jogar contra um time ferrolhado jogando nos contra-ataques. Esse regulamento estranho proporcionou essa vantagem ao Vasco (apesar de terem feito o mesmo número de pontos que nós enfrentando times diferentes. Em que foram melhores? Em nada! Regulamento tosco!).

    A única coisa que foi duro de ver foi essa defesa. O Gum teve uma atuação sofrível, não lembrou nem de perto o melhor zagueiro do campeonato Brasileiro de 2012! O Anderson eu nem comento. Os dois primeiros gols do Vasco foram dados! O passe do Gum pro Eder Luis e a zaga aceitando um pífio cruzamento da intermediária. Na boa, são tipos de lances que podem ser aceitáveis nas peladas do Aterro, jamais no melhor elenco do Brasil.

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  3. Hoje o time jogou muito bem, foi um jogaço!! Black Kamen Raider foi genial em seu passe cagado pro Thiago Neves!!

    Quanto a zaga, é a simples presença do Anderson em campo, só isso, ele faria até o Pinheiro virar um lixo.

    Quanto a lateral, como é ruim este Wellington Silva, pavoroso.

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  4. são tipos de lances que podem ser aceitáveis nas peladas do Aterro, jamais no melhor elenco do Brasil. [2]

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  5. Concordo com o Leandro. As atuações deste time, de certa forma, está lembrando as do 1o semestre do ano passado. Apesar dos nossos zagueiros serem medíocres individualmente, os problemas defensivo são por falta de entrosamento e mal posicionamento. Nos momentos em que nosso time funcionou defensivamente, como nos BR de 2010 e 2012, havia um sistema defensivo confiável e consistente (por sistema defensivo entendam todo o conjunto, ou seja, os volantes e demais jogadores do setor ofensivo que marcam o adversário no seu campo). Isto não está acontecendo, não sei se por salto alto generalizado (jogadores e técnico) ou pelo fato de o Abel já não conseguir mais liderar e motivar o elenco como fazia no ano passado.

    De qualquer forma, não vejo ESSE time indo longe na Libertadores (não o vejo eliminando um dos brasileiros ou dos bons argentinos).

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