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sábado, 27 de fevereiro de 2016

Descanse em paz, Léo Briglia


Faleceu nesta quinta-feira 25, em sua cidade-natal Itabuna, na Bahia, o futebolista Léo Briglia, campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1957 pelo Fluminense e da Taça Brasil de 1959 pelo Bahia.

Nascido no dia 29/08/1928, Emmanuel Briglia de Magalhães foi um atacante com muito faro de gol. Em três temporadas no Fluminense, entre 1956 e 1959, ele jogou mais de 100 partidas com a camisa tricolor, tendo marcado 59 gols.

No ano de 1957, Léo Briglia teve sua melhor temporada como profissional. No primeiro torneio disputado, o Rio-São Paulo, ajudou o Fluminense a se sagrar campeão invicto. No dia 26 de maio de 1957, no Pacaembu, marcou um gol de cabeça aos 41 minutos do segundo tempo, garantindo o empate em 2 a 2 contra o Santos do jovem Pelé. Três dias depois, marcou mais um gol no Pacaembu, na vitória por 3 a 1 sobre a Portuguesa, jogo que garantiu a taça para o Fluminense.



No dia 21 de julho de 1957, 55º aniversário do Fluminense, Léo teve uma atuação memorável, marcando dois gols na goleada de 5 a 2 sobre o Vasco, no Maracanã, em partida válida pelo Campeonato Carioca. Nesta competição, ele marcou 19 gols em 19 partidas disputadas, uma média impressionante de um gol por jogo, numa época em que o Campeonato Carioca era o mais importante do país, com nível técnico elevadíssimo. Infelizmente, devido a uma contusão severa no joelho, ele ficou de fora da partida final, contra o Botafogo. E sua ausência foi sentida, porque o Fluminense perdeu por 6 a 2 e acabou vice-campeão (como observação, vale sempre lembrar as suspeitas de doping coletivo do time do Botafogo neste jogo).

Com seu excelente desempenho no Fluminense, Léo Briglia foi pré-convocado por Vicente Feola para a Seleção Brasileira que disputaria a Copa do Mundo de 1958, tendo sido cortado às vésperas da viagem, novamente devido aos problemas no joelho. Ele foi substituído por Dida, do Flamengo, que começaria o Mundial como titular, até também se lesionar. Curiosamente, as lesões de Léo e Dida acabaram abrindo espaço para o jovem Pelé, que assumiria a titularidade no jogo contra a União Soviética - para nunca mais sair, evidentemente.

Em 1959, Léo Briglia transferiu-se para o Bahia, e foi peça fundamental na conquista da primeira Taça Brasil, competição predecessora da Copa do Brasil. Ele foi o artilheiro daquele torneio, com 8 gols marcados (os mais importantes, um decidindo a semifinal contra o Vasco, e um na virada sobre o Santos de Pelé na finalíssima).

Descanse em paz, Léo Briglia.

PCFilho

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