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segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Gerson 80



Amigos, hoje é um dia de festa no Monte Olimpo do futebol brasileiro. Gerson de Oliveira Nunes, um dos maiores craques da nossa história, completa 80 primaveras.

Titular da mítica Seleção de 1970, campeã do mundo no México, o Canhotinha de Ouro é o nosso deus dos lançamentos perfeitos. Com sua perna esquerda, executava passes de 70 metros com uma precisão assustadora. Não à toa, é reverenciado como o melhor lançador da história do futebol. E ainda marcava seus gols: balançou as redes 14 vezes em 70 partidas oficiais pela Seleção Brasileira.

No Mundial de 1970, Pelé ganhou a Bola de Ouro, naturalmente, mas foi Gerson que ganhou a Bola de Prata. Em meio a tantos craques, foi escolhido pela FIFA como o melhor, quando tiramos da conta o incomparável crioulo. E com justiça: além dos lançamentos espetaculares, Gerson marcou o gol mais importante da Copa: o que desempatou a final contra a Itália, já aos 21 do segundo tempo, num chutaço maravilhoso da entrada da área.

Tricolor de coração desde a infância, Gerson construiu sua carreira em Flamengo, Botafogo e São Paulo, mas fez questão de encerrá-la no Fluminense, entre as temporadas de 1972 e 1974. Marcou 5 gols em 57 partidas com a camisa tricolor, e conquistou o Torneio de Verão e o Campeonato Carioca de 1973.



Recentemente, virou nome de um troféu disputado entre Fluminense e Botafogo, junto com Didi. Ainda é pouco: Gerson merece todas as homenagens possíveis. Sugiro à CBF que institua a Taça Canhotinha de Ouro, a ser entregue todo ano ao jogador brasileiro que der o passe mais espetacular da temporada.

Infelizmente, só vi Gerson jogar em video-tapes e nos meus sonhos. Se me fosse permitido viajar no tempo, uma de minhas aventuras certamente seria na arquibancada do Maracanã, para aplaudir ao menos um de seus lançamentos divinos. O futebol nos permite sentir saudade até do que não vivemos.

Sabendo que Gerson frequenta minha Nova Friburgo, ainda alimento a esperança de, um dia, jogar no time dele. Tenho certeza de que, com seus passes milimétricos, até eu, com toda a minha falta de talento, faria meus gols. Naturalmente, comemoraria engraxando sua chuteira do pé esquerdo. É brincadeira?!

Parabéns, Gerson. Vida longa, Canhotinha!

PCFilho



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