domingo, 31 de janeiro de 2016

Fluminense começa 2016 como terminou 2015: muito mal


Amigos, o mês de janeiro de 2016 morreu sem conhecer uma vitória do Fluminense: na Florida Cup, nos Estados Unidos, empatamos com o Shakhtar Donetsk (1 a 1) e perdemos para o Internacional (1 a 0); na estreia da Primeira Liga, perdemos para o Atlético Paranaense (1 a 0); e na estreia do Campeonato Carioca, perdemos para o Volta Redonda (3 a 1). Os únicos gols marcados foram presentes caídos dos céus: contra o clube da Ucrânia, só aconteceu devido a uma falha ridícula do zagueiro adversário; contra o Voltaço, oriundo de um pênalti no finalzinho, com o oponente todo recuado e a derrota já sacramentada. Em suma: em quase quatrocentos minutos de futebol, o Fluminense não marcou sequer um gol que fosse criação concreta de seus atletas.

A performance pobre do Fluminense no segundo turno do Campeonato Brasileiro de 2015 já havia sido muito preocupante: foi o pior desempenho do Tricolor em um turno, desde que a fórmula dos pontos corridos passou a ser adotada, em 2003. Foi também o pior returno dentre os 20 participantes do Campeonato Brasileiro, e só não culminou no rebaixamento por causa da boa campanha no primeiro turno (que o Fluminense encerrara, acreditem, na quarta colocação).

O péssimo aproveitamento, ainda que em parte tenha sido causado por erros grosseiros das arbitragens contra o Fluminense no ano passado, evidencia a necessidade de melhorias no elenco tricolor. Entrar no próximo Campeonato Brasileiro com um elenco pouco modificado ocasionará um desastre difícil de reparar.

Nos últimos seis meses, contam-se nos dedos de uma mão as ocasiões em que vimos o Fluminense jogando como se espera do Fluminense, com garra e com organização. De cabeça, me lembro dos duelos contra o Palmeiras pela semifinal da Copa do Brasil, e da vitória sobre o Vasco no Campeonato Brasileiro. E só.

Eduardo Baptista, que assumiu o comando técnico quando a canoa começava a furar, ano passado, não conseguiu consertá-la. Seu desempenho é um dos piores da história da clube: em 20 jogos, foram 5 vitórias, 4 empates e 11 derrotas. A ser mantida esta performance em um Campeonato Brasileiro, o resultado provável é um rebaixamento sem luta. Entretanto, sinceramente não sei se Baptista é, de fato, o problema. Afinal, ele não será o primeiro demitido por não fazer esse elenco do Fluminense render.

Janeiro foi um inferno para os tricolores. Além das quatro péssimas atuações do time, vimos o ídolo Fred repetir seus piores momentos, agredindo um adversário de maneira injustificável, saindo de campo merecidamente expulso. E até na Copa São Paulo de Juniores, o Fluminense conseguiu nos sacanear, sendo eliminado pelo modestíssimo Primavera de Indaiatuba. Dose de mamute, amigos, dose de mamute.

Esse ano não será fácil.

PCFilho

2 comentários:

  1. Realmente, entra ano e sai ano e é sempre a lesma lerda, com a exceção do triênio 2010/2012, onde haviam Decos, Nems, Concas e outros.

    Neste mesmo triênio, muita gente, mas muita gente mesmo, malhava os craques, dizendo do alto das suas sabedorias que a diretoria devia vender quem ganhava muito dinheiro, e assim poupava-se nos ordenados e comprava 2 ou 3 jogadores "bons e baratos" que ganhassem menos.

    E assim está até hoje, um monte de jogadores normais e até medíocres, vestem a camisa tricolor que um dia foi vestida e honrada por Assis, por Romerito, por Castilho e até por Deco, o "chinelinho" que venceu 4 títulos em 3 anos...

    A verdade PC é que os olheiros do Fluminense estão precisando de óculos, porque não é possível que no Grande Rio, com 10 milhões de habitantes ou mais, os caras não consigam descobrir 50 ou 60 moleques que sejam bons de bola.

    Já que não há dinehiro, apostem nas camadas de base, que sempre dão excelentes frutos...

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