Amigos, na terça-feira 2 o Maracanã foi palco de uma das maiores exibições de futebol do século, quando o Fluminense impôs ao River Plate sua maior derrota na história da Copa Libertadores, com inapeláveis 5 a 1, que poderiam ter sido mais.
Ainda que o ótimo quadro argentino tenha conseguido equilibrar as ações no primeiro tempo, não resistiu na etapa complementar, sucumbindo à envolvente troca de passes do Carrossel Tricolor – um Fluminense que transforma ordem em caos e conduz o adversário a uma densa floresta em que somente ele, o Fluminense, conhece a saída.
O time de Fernando Diniz dita o ritmo do jogo, qualquer que seja o adversário. O Carrossel Tricolor é um Fluminense que comanda as ações, que conhece o seu tamanho, que faz jus à sua história. A bola é nossa, os rivais que corram atrás.
Estamos sendo testemunhas de recitais de uma orquestra – que, como qualquer sinfônica internacional, precisa de um maestro qualificado. Amigos, tal qual Romeu Pellicciari no timaço hegemônico dos anos 30 e 40, Paulo Henrique Ganso é onipresente. Onde quer que o Fluminense esteja trocando passes, lá está o camisa 10, se apresentando como opção ou indicando para quem o próximo passe deve ir – com uma capacidade analítica monstruosa, de quem parece enxergar o jogo de cima.
Mas não é só de arte que vive o Fluminense. No futebol, é necessário ser agressivo – e esse time sabe ser agressivo. Quando o oponente ousa tomar nosso brinquedo favorito, a bola, os guerreiros tricolores improvisam uma blitz para recuperar sua posse imediatamente. Ela é nossa, não de vocês. É com a gente que ela tem que ficar.
Falando em agressividade, lembro-me de Jhon Arias e Germán Cano, a dupla dinâmica responsável pelos cinco gols que destruíram a cidadela do River Plate. É uma pareja letal, que está ali justamente para fazer desmoronar qualquer muro que o adversário construa em sua grande área. Nossos atacantes fazem guerra – ainda que seus gols sejam autênticas obras de arte, que poderiam estar expostas no Louvre ou no Prado. Também há beleza na destruição.
Ainda não sabemos se o Fluminense conquistará as glórias que a torcida tricolor tanto almeja, a inédita Copa Libertadores, o Campeonato Brasileiro que não vem desde 2012, a Copa do Brasil que sua irmã de 2007 espera. Mas desfrutem desse time: o Carrossel Tricolor é um espetáculo em si.
O futebol há de nos dar o que nós merecemos.
PCFilho
Há exatamente um ano, o Fluminense impunha ao River Plate sua pior derrota na história da Copa Libertadores: 5 a 1.
ResponderExcluirUm show de Germán Cano e Jhon Arias, com direito a truque do chapéu por parte do centroavante argentino.
Uma noite épica no Maracanã!