Hoje é um dia triste para o Fluminense: faleceu nesta terça-feira, dia 1º, Denílson Custódio Machado, o Denílson "Rei Zulu", meio-campista defensivo, natural de Campos dos Goytacazes, com 15 gols marcados em 431 partidas pelo Tricolor, entre 1964 e 1973. Ele estava com 81 anos de idade.
Com A Camisa, Denílson participou das conquistas do Campeonato Brasileiro de 1970, dos Campeonatos Cariocas de 1964, 1969, 1971 e 1973, das Taças Guanabara de 1966, 1969 e 1971 e do Torneio de Verão de 1973. Ele é, até hoje, o sétimo futebolista com mais atuações pelo time principal do Fluminense na história – neste ranking, fica atrás somente de Castilho, Pinheiro, Telê, Altair, Escurinho e Rubens Galaxe.
Capitão do Fluminense por muitos anos, Denílson foi imortalizado como o "Rei Zulu" nas crônicas de Nelson Rodrigues, que o comparava aos lendários guerreiros líderes de tribos africanas. Em sua brilhante crônica sobre a conquista do Campeonato Carioca de 1969, Nelson escreveu que o personagem do jogo "podia ser Denílson, que volta a ser o 'Rei Zulu' e um dos maiores jogadores brasileiros de defesa".
Denílson é, sem dúvidas, um dos atletas mais identificados com o Fluminense em toda a história. O fato de ser um ídolo tricolor dava muito orgulho para ele, torcedor do clube desde a infância. Denílson começou a jogar futebol de maneira séria na equipe juvenil do Madureira e mudou seu destino ao se destacar em uma partida justamente contra o Fluminense, em um campeonato da categoria de base. Os cartolas tricolores não tiveram dúvidas e contrataram o jovem, que havia conseguido anular todas as jogadas de ataque do Fluminense. Aquele combativo volante entraria para a história do clube nos anos seguintes, jogando pelo time principal tricolor por uma década.
Denílson foi lançado no time profissional pelo treinador Tim, que enxergou naquele jovem um atleta pronto, com porte físico privilegiado e técnica apurada, ideal para ocupar a cabeça-de-área. A confiança de Tim em Denílson se provou acertada já no primeiro ano, com o volante sendo peça fundamental nas engrenagens do time que conquistou o Campeonato Carioca de 1964. Atuando na era mais gloriosa da história do futebol brasileiro, Denílson enfrentava com destemor adversários gigantes como Pelé, Gérson, Rivellino, Jairzinho e Tostão, destacando-se como um dos grandes volantes do país - tanto que representou o Fluminense na Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra. Pelo escrete nacional, ele totalizou nove jogos oficiais e um gol (na vitória por 4 a 1 sobre a Polônia, no Mineirão, em 05/06/1966).
Após pendurar as chuteiras, Denílson tornou-se um dedicado funcionário público no serviço federal, função em que atuou até atingir a idade de aposentadoria.
Descanse em paz, Denílson! Obrigado por tudo, Rei Zulu!
PCFilho
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