Resenha: Grêmio 2 x 0 Tricolor

Foto: Ricardo Ríloli/LANCE!Press.

Amigos, agora é oficial: o Fluminense é o maior coitadinho do Campeonato Brasileiro de 2013. Até o São Paulo, que parecia numa crise sem fim, conseguiu empatar com o Corinthians no Pacaembu neste domingo. Já o Fluminense, não: continua perdendo seus jogos sem parar, um atrás do outro, numa deprimente sequência de papelões.

Já são cinco derrotas consecutivas: Portuguesa, Botafogo, Internacional, Vasco e agora o Grêmio. O Fluminense não vence um grande clube do futebol brasileiro desde novembro. Quarta-feira, enfrentaremos o Cruzeiro no Maracanã, e já escutamos as piadinhas por aí. Tem gente não só apostando no Cruzeiro, mas até dando um gol de vantagem para o Fluminense.

O time tem sido apenas sombra do time vencedor dos últimos anos, ou nem isso. Tem sido um anti-Fluminense com a camisa do Fluminense: um time sem garra, sem criatividade, sem tática. Um time sem tesão.

Há exceções: Carlinhos e Rafael Sobis, por exemplo, se aplicam, encharcam suas camisas de suor, honram as cores que vestem. Mas o time como um todo é um bando em campo, sem comando, sem direção. Hoje, Abel Braga terminou o jogo num bizarro 4-2-4, com Diguinho e Deco no meio-campo, e quatro atacantes na frente. Nenhuma organização tática: era um salve-se quem puder.

Os problemas transcendem o campo, vão para a administração: está evidente que não houve planejamento algum no Fluminense para este ano. Dois titulares do time campeão foram vendidos sem reposição à altura. A inter-temporada nos Estados Unidos, na pausa para a Copa das Confederações, pelo visto serviu apenas para tirar fotos com o Mickey, o Pato Donald e o Pateta. Não teria sido mais produtivo treinar com as seleções que vieram para cá, algumas das melhores do mundo?

A decisão em si já foi tomada: Abel não será mais o treinador do Fluminense. Então, pergunto: por que adiam a oficialização da demissão? Vão esperar mais três ou quatro derrotas?

Por fim, deixo um recado aos jogadores tricolores, que afirmaram antes do jogo que "correriam por Abel": o sujeito que veste a camisa do Fluminense tem que correr pelos torcedores. Pela história. Pela camisa. Pela tradição. Não pelo treinador. E tem que correr todo jogo, não apenas quando há risco de demissão do chefe. Espero que vocês tenham noção da responsabilidade que têm, ao entrar em campo vestindo uma das camisas mais importantes da história do futebol.

Quarta-feira, contra o Cruzeiro no Maracanã, só desejo ver uma coisa: onze leões famintos, dispostos a provar que o Time de Guerreiros ainda existe.

PCFilho