sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Brasil x Colômbia

Quarta-feira, quinze de Outubro de 2008. Dia do mestre.

Casa cheia no Maior do Mundo para ver a Seleção Verde-Amarelo enfrentar a Colômbia. Após o sapeca-iá-iá aplicado sobre os venezuelanos, todos esperavam uma vitória relativamente fácil do Brasil. Mas isso não ocorreu. E, pior do que uma derrota, veio um insosso zero a zero.

Mas não pretendo escrever sobre o jogo. Foi muito chato, não vale à pena gastar mais nenhuma linha falando sobre o que (não) aconteceu dentro das quatro linhas. Outras coisas chamaram minha atenção nesta noite.

Em primeiro lugar, eu realmente esperava que o nosso técnico Carlos Caetano Bledon Verri (OBS.: o nome completo do Dunga aparee aqui como mera curiosidade, já que nem o "Volume 2" da Enciclopédia do Esporte, meu companheiro de publicações neste magnífico blog, soube me responder essa) fosse entrar com o Juan Maldonado (quem?) na lateral esquerda. Não que ele seja melhor ou pior do que o Kléber, para mim os dois estão no mesmo nível, apesar de, na minha opinião, o Kléber não estar jogando bem no Santos, que ainda não se vê livre da degola, enquanto o Juan é o destaque do Flamengo, que ainda luta pelo título (Sim, eu acredito!). Pensei que faria isso apenas para tentar ganhar o apoio da torcida, da forma como fez contra o Uruguai em São Paulo, escalando o Luís Fabiano, que sempre vinha treinando entre os reservas (e que seria um dos destaques daquela partida). Mas pode ser que o sangue Rubro-Negro tenha influenciado meu raciocínio. Bom, deixa pra lá.

Em segundo lugar, o comportamento da torcida foi muito estranho. Não sou freqüentador assíduo dos Maraca, mas sempre que vou aos jogos do Mengão, a torcida não pára de gritar um instante sequer, nem ao sofrer um gol (mas quando sofre três...). Já no jogo passado, no mesmo momento em que o árbitro ordenou o pontapé inicial, o estádio mergulhou em um silêncio ensurdecedor.

Não foi um silêncio como o que assolou o Mário Filho quando o Flamengo caiu vergonhosamente contra o América. Aquilo foi incredulidade. Este silêncio da última quarta-feira para mim ainda é algo inexplicável. Pode ser o reflexo de uma campanha de pouco brilho jogando em casa, ou o descontentamento com relação ao comando da Seleção. Ou talvez o prenúncio de um jogo apático dentro e fora de campo. Houve momentos em que a torcida se manifestava, mas, como o Paulinho, camisa 3 do Tricolor, escreveu no seu post, eram manifestações relativas aos clubes cariocas, ou ofensivas ao técnico Dunga.

No jogo anterior do Brasil no Maraca, contra o Equador, a torcida festejou o jogo inteiro. Pudera, o Maior do Mundo não recebia a Seleção havia muito, muito tempo. A torcida estava ansiosa por torcer in loco pelo Brasil. Acho que foi mais ou menos como nas copas do tetra e do penta. Lembro bem que a comoção nacional em torno da conquista do quarto título mundial foi infinitamente maior do que a do quinto, pois o Brasil não levantava a taça desde a brilhante conquista de 70. Da mesma forma, o jogo contra a Colômbia já não era tão ansiado pelos torcedores cariocas como foi o jogo contra o Equador.

Enfim, o dia quinze de Outubro de 2008 poderia ser apagado dos registros do futebol, pois não faria falta nenhuma. No dia em que devemos reverenciar os mestres, no palco onde muitos deles deixaram sua marca na História, faltou maestria à Seleção Brasileira.

Um comentário:

  1. Eu disse que o nome do Dunga era Carlos! hehehe pedir o nome completo já é demais!

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