Amigos, um dos gigantes do nosso futebol se foi: faleceu o tetracampeão mundial Mário Jorge Lobo Zagallo, aos 92 anos.
Enquanto jogador, o "Formiguinha" atuou por America, Flamengo e Botafogo, além da Seleção Brasileira, pela qual conquistou as Copas do Mundo de 1958 e 1962. Marcou um gol em cada Mundial: um na final de 1958, contra a Suécia; e um na estreia de 1962, contra o México. O ponta-esquerda alagoano é considerado um dos melhores jogadores das histórias tanto do Flamengo quanto do Botafogo.
Zagallo nos tempos de jogador do Botafogo. |
Enquanto treinador, o "Velho Lobo" dirigiu Botafogo, Fluminense, Flamengo, Al Hilal, Vasco, Bangu e Portuguesa, além da Seleção Brasileira, em que conquistou a Copa do Mundo de 1970 e o vice-campeonato de 1998 (comandou também o escrete no Mundial de 1974). Como auxiliar de Carlos Alberto Parreira, esteve presente também na conquista da Copa do Mundo de 1994 – o que faz dele o único homem tetracampeão da competição.
No Fluminense, Zagallo comandou a conquista do Campeonato Carioca de 1971, numa arrancada impressionante nas últimas rodadas. Levantou também a Taça Guanabara daquele ano (então um torneio à parte do Campeonato Carioca). Teve ainda uma segunda passagem no comando técnico tricolor, entre 1979 e 1980 – não conquistou títulos, mas preparou o time que acabaria levantando o Campeonato Carioca de novo.
Zagallo no comando técnico do Fluminense. |
Não deixa de ser uma triste coincidência o fato de Zagallo ir embora justamente quando a Seleção Brasileira vive uma crise braba, com a indefinição do comando técnico após a recusa do italiano Carlo Ancelotti e a própria dança das cadeiras na presidência da Confederação Brasileira de Futebol.
Era Zagallo que estava no comando técnico da mágica Seleção de 1970 – um esquadrão que encantou a todo o mundo. E ele teve méritos ali: pouquíssimos treinadores teriam a ousadia de escalar Tostão, Pelé, Rivellino, Gerson e Jairzinho juntos no mesmo time. O Velho Lobo teve a coragem necessária.
Zagallo não gostava de ser contrariado. "Vocês vão ter que me engolir!", bradou ele logo após conquistar a Copa América de 1997, em sua vingança particular contra a imprensa que tanto havia criticado seu trabalho. Talvez o que esteja faltando para a Seleção Brasileira voltar a ser a velha Seleção Brasileira seja justamente um pouco de Zagallo.
Telê Santana, Sebastião Lazaroni, Carlos Alberto Parreira e Zagallo, amigos e comandantes históricos da Seleção Brasileira. |
Obrigado por tudo, Velho Lobo! Descanse em paz!
PCFilho
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