Amigos, hoje é dia de festejar Marco Antônio, um dos gigantes da história do Fluminense e do futebol brasileiro: o sensacional lateral-esquerdo, um dos melhores da posição em todos os tempos, completa 74 anos de vida.
Nascido no dia 6 de fevereiro de 1951, em São Paulo, Marco Antônio Feliciano chegou ao Fluminense vindo da Portuguesa Santista, ainda como juvenil. Com seu futebol de força física, velocidade e precisão nos passes e lançamentos, era um verdadeiro craque, que poderia jogar em qualquer posição. O sábio Pinheiro, seu treinador no juvenil, escolheu colocá-lo na lateral esquerda – e seu destaque foi tamanho que Telê não tardou a chamá-lo para o elenco principal tricolor.
Sendo um daqueles laterais com muita presença ofensiva, Marco Antônio marcou 28 gols em 331 jogos pelo time profissional do Fluminense, entre as temporadas de 1969 e 1976. Com A Camisa, conquistou os Campeonatos Cariocas de 1969, 1971, 1973 e 1975, a Taça Guanabara de 1969, o Campeonato Brasileiro de 1970 e o Torneio Internacional de Verão de 1973.
A chegada daquele talento bruto à Seleção Brasileira era inevitável. A primeira atuação com a amarelinha foi em 4 de março de 1970, escalado por João Saldanha no amistoso contra a Argentina, no Beira-Rio. Substituto de Saldanha no comando do escrete para o Mundial do México, Zagallo manteve a convocação de Marco Antônio.
Com apenas 19 anos, Marco Antônio foi o craque mais jovem do lendário elenco da Seleção campeã da Copa do Mundo de 1970, no México – e mesmo sendo o caçula do plantel, atuou em duas das seis partidas daquele Mundial, as vitórias contra as seleções de Romênia e Peru. Ele também foi convocado para a Copa do Mundo de 1974, na Alemanha Ocidental, e totalizou 40 partidas oficiais pelo escrete nacional.
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| A Seleção Brasileira de 1970 na partida contra o Peru, na Copa do Mundo. Em pé: Carlos Alberto Torres, Brito, Piazza, Félix, Clodoaldo e Marco Antônio. Agachados: Jairzinho, Gérson, Tostão, Pelé e Rivellino. 14/06/1970 - Brasil 4 x 2 Peru - Jalisco (Guadalajara). Foto: domínio público. |
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| A Seleção Brasileira em foto posada antes do jogo de 16 de junho de 1973. Em pé: Zé Maria, Leão, Luís Pereira, Piazza, Clodoaldo e Marco Antônio. Agachados: Valdomiro, Rivellino, Jairzinho, Paulo Cezar Caju e Dirceu. 16/06/1973 - Alemanha Ocidental 0 x 1 Brasil - Olympiastadion (Berlim). Foto: Masahide Tomikoshi. |
No mesmo ano da épica conquista do tri da Seleção no México, ele levantou também o Campeonato Brasileiro com o Fluminense, como parte da linha defensiva "Félix, Oliveira, Galhardo, Assis e Marco Antônio", que todo tricolor recitava como poesia. Foi peça fundamental no título do maior Brasileirão de todos os tempos, tendo marcado três gols na campanha, nos jogos contra Grêmio, São Paulo e Vasco.
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| O Fluminense campeão brasileiro de 1970. Em pé: Oliveira, Félix, Denílson, Galhardo, Assis e Marco Antônio. Agachados: Cafuringa, Didi, Mickey, Samarone e Lula. 13/12/1970 - Fluminense 1 x 0 Palmeiras - Maracanã (Rio de Janeiro). |
No ano seguinte, na decisão do Campeonato Carioca de 1971, Marco Antônio participou decisivamente de um dos gols mais sensacionais da história do Fluminense, ao dividir o cruzamento de Oliveira com o goleiro botafoguense Ubirajara, permitindo assim que a bola sobrasse para Lula marcar o gol do título tricolor.
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| Marco Antônio salta para dividir com Ubirajara... |
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| ... e Lula chuta para o gol: Fluminense, campeão carioca de 1971! |
Marco Antônio era daqueles craques que crescem nas decisões: na final do Campeonato Carioca de 1973, deitou e rolou na vitória por 4 a 2 sobre o Flamengo, participando dos quatro gols tricolores e ajudando o Fluminense a levantar mais uma taça.
Excelente nas bolas paradas, Marco Antônio também é muito lembrado pelos torcedores tricolores pelos dois espetaculares golaços de falta que marcou com A Camisa contra o Flamengo, nas vitórias por 2 a 1 no Campeonato Carioca de 1974 e por 3 a 0 no Campeonato Brasileiro de 1975. São duas pinturas que repousam para sempre na galeria das obras de arte do Fla-Flu!
Após o fim de sua vitoriosa passagem pelo Fluminense, em 1976, Marco Antônio ainda teve bons momentos atuando pelos rivais Vasco, Bangu e Botafogo, antes de pendurar as chuteiras, em 1984. Depois da aposentadoria, ainda voltou a se aventurar no esporte, chegando a atuar como jogador da seleção brasileira de masters e professor em escolinhas.
Parabéns e vida longa a Marco Antônio, lenda tricolor!
PCFilho
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