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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Domingo tem Fla-Flu



Amigos, domingo tem Fla-Flu. Não será no Maracanã, palco que recebeu mais de 200 vezes o Clássico das Multidões. Não terá Castilho no Flu, nem Zico no Fla. Nem mesmo Ronaldinho e Fred estarão em campo. Não vale taça (embora seja muito importante para definir os futuros de Fla e Flu no Brasileirão). Não terá crônicas de Nelson Rodrigues a convocar vivos, doentes e mortos. Mas é Fla-Flu e isso basta.

O grande clássico inventa a paixão. Tente você, leitor, se recordar do primeiro grande jogo de sua vida. Muito provavelmente, terá sido um Fla-Flu. Talvez o do Gol de Barriga, talvez os 4 a 2 do Super Ézio, talvez um dos dois decididos por Assis, talvez o de Manfrini, talvez o de Flávio. Os mais velhos citarão o quase septuagenário Fla-Flu da Lagoa - algumas testemunhas oculares e auditivas daquele épico ainda estão vivas.

Conta a história que o futebol do Flamengo nasceu do Fluminense, mais precisamente de um inconciliável desentendimento do time do Fluminense, campeão de 1911. Nove dos onze titulares tricolores foram vestir rubro-negro e, no primeiro Fla-Flu, por milagre, o desmontado Fluminense venceu o Flamengo por 3 a 2, no último minuto. Uma rivalidade nascida assim só poderia mesmo transformar-se no maior clássico do Brasil e do mundo.

Em algumas das maiores vitórias da história do Fluminense, havia flamenguistas chorando do outro lado. E a recíproca também é verdadeira.

Mais que rivais, Fluminense e Flamengo são necessários um ao outro. Amigos, o Flamengo é maior porque existe o Fluminense, e o Fluminense é maior porque existe o Flamengo. Quando o rubro-negro está por cima, surge no tricolor uma necessidade vital de melhorar para suplantá-lo. Ao passo que, quando o tricolor está na boa, é o rubro-negro que não descansa até voltar a derrotá-lo. E assim vão, Flamengo e Fluminense, impulsionando um ao outro.

O Fla-Flu de domingo é o mais importante deste século até aqui. Ao vencedor, a oportunidade de continuar a brigar pela cobiçada taça de campeão brasileiro. Ao derrotado, as bananas. Será uma daquelas partidas inesquecíveis, para tricolores e para rubro-negros. Daqui a vinte, trinta ou cem anos, será uma recordação ao mesmo tempo doce para alguns, e amarga para os outros. Será um Fla-Flu divisor de águas, um Fla-Flu definitivo.

Trinta e poucos mil privilegiados participarão do espetáculo no Estádio Olímpico João Havelange. Eu estarei lá. E você?

PC

2 comentários:

  1. PC, grande crônica meu amigo. O FLA-FLU é tudo isso e muito mais.
    É por isso que gosto do seu blog, mesmo sendo tricolor sabe respeitar a grandeza e a tradição de outros time, não és o único, mas com certeza um dos melhores.
    Um abraço e bom jogo para "nós".

    BLOG DO CLEBER SOARES
    www.clebersoares.blogspot.com

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  2. Obrigado pelo elogio, Cleber.

    Abraço,
    PC

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