domingo, 14 de outubro de 2012

Resenha: Tricolor 2 x 1 Ponte Preta

Foto: Photocamera.

Amigos, o Fluminense nem havia encostado na bola, e a Ponte Preta já fazia 1 a 0, um golaço de Luan encobrindo a muralha Diego Cavalieri, que nada poderia fazer. Um golpe assim tão precoce poderia abalar qualquer time. Mas não o onze tricolor. Um gol sofrido não vai abater essa equipe.

Seguiram-se noventa minutos de enorme pressão do Fluminense, que atacava, atacava, atacava, empurrado pelos 19 mil fanáticos que lotavam as dependências de São Januário. O melhor em campo foi o goleiro pontepretano, Edson Bastos - e este fato por si só já demonstra como transcorreu a partida. O arqueiro do adversário fez pelo menos cinco defesas cavaliéricas.

O empate teimava em não sair, apesar da insistência do Fluminense. Os minutos corriam, e a bola não entrava. Começou o segundo tempo, e a agonia tricolor seguia estampada no placar eletrônico: "Fluminense 0, Ponte Preta 1".

A torcida não desistiu: sentiu que o time precisava dela e apoiou incessantemente (aqui, cabe dizer: finalmente a diretoria colocou os ingressos no preço justo, como venho cobrando há tanto tempo, e o resultado está aí: estádio cheio). Em campo, os jogadores ouviam os gritos da massa e certamente pensavam: "nós também não podemos desistir".

Aos 33 da etapa complementar, aconteceu o grande lance: o jovem Samuel, que acabara de entrar, chutou uma bola na área e esta bateu no braço esticado do jogador da Ponte Preta. Foi um lance involuntário, mas, em ato reflexo, a torcida tricolor berrou, cobrando a marcação do pênalti. Ao ouvir o urro colossal, o árbitro, que estava indeciso, sentiu-se na obrigação de assinalar a infração. Sim, amigos: foi a torcida do Fluminense que marcou o pênalti. Se o estádio estivesse vazio, o árbitro provavelmente mandaria o jogo seguir. Mas nós estávamos lá, e gritamos, e ele apitou. E Fred converteu o seu gol 99.

Ainda havia 15 minutos para o onze tricolor tentar a virada, que nos manteria nove pontos à frente dos concorrentes ao título. Seria tempo suficiente?

Seria. Aos 43, o garoto Marcos Júnior foi derrubado na direita, quase entrando na área. Wagner cobrou a falta de perna canhota, com veneno. E Gum saltou para a história: Fluminense 2 a 1.

Na distante caverna que habita, o Profeta coça sua longa barba branca e sorri. Observando as três faixas penduradas nas úmidas pedras à sua frente, o sábio homem calmamente repete seu vaticínio: "Fluminense campeão! Fluminense campeão! Fluminense campeão! Fluminense campeão!".

PC



9 comentários:

  1. São Januário é um estádio precário e está precariedade é que transforma ele no caldeirão. Você já chega na pressão, sambão comendo solto na rua e empurra-empurra para entrar no estádio!!!

    O Engenhão é bonito, confortável, mas é asséptico, não tem a menor graça.

    Acho que o clima hoje estádio foi decisivo para a vitória, no Engenhão a torcida se comporta como platéia, hoje foi torcida, pois jogou num estádio de futebol.

    Simbólico também o gol do Gum subindo mais que todo mundo (inclusive que a mão do goleiro) e o time todo comemorando feito loucos, aquelas comemorações de pura explosão de alegria, daquelas que o cara não sabe o que fazer, só que liberar suas energias.

    Hoje São Januário via a História ser escrita!!!

    ST

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  2. Foram dois lances capitais, que geraram muita discórdia por toda a Internet. Você, PC, no pênalti, viu bola na mão enquanto vi mão na bola. No lance do segundo gol, você viu falta, eu não vi.

    Muitos devem ter as mesmas opiniões de cada um de nós, o que me leva a entender que as duas marcações foram questões de interpretação do árbitro, e ele tem frações de segundo para decidir o que fazer (marcar ou deixar seguir). Vejo, em muitas vezes, o árbitro ser tachado de ladrão por ter cometido equívocos...

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  3. Gum merecia esse gol nessa vitória.

    Vinha jogando absurdos há muita raça de tempo. Mas era pouco lembrado por causa das defesas milagrosas do Cavão, dos gols fantásticos de Fred...

    Já disse e repito: é disparado o melhor zagueiro do campeonato!

    Quando precisamos dele, lá está. E hoje não foi diferente. Em contra-ataque da Ponte lá pelas tantas do segundo tempo, um dos atacantes avançava livre pelo flanco esquerdo e foi lançado. Pensei: "se o Gum não tirar...". Parece não existir o 'se o Gum não tirar'. É claro que ele tirou. Cortou o lançamento com uma matada no peito. Esse foi só mais um lance deste zagueiro que pra mim já entrou para a história do clube.

    Nota 10. É ídolo.

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  4. GUM É O MELHOR ZAGUEIRO DO UNIVERSO!!!

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  5. Gum é o melhor zagueiro do universo e de todos os outros universos que por ventura tenham existido no passado ou venham a existir no futuro.

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  6. https://www.facebook.com/fluminensefans/posts/473294762710786

    http://www.facebook.com/pccmfilho/posts/429890617067307

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  7. Virada heroica, na raça, na vontade. E dane-se quem alega "ajuda da CBF", seremos os campeões contestados como todos os outros foram.

    Gum > TS

    Sem mais...

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  8. Frase em para-choque de caminhão. vista em Quixadá:
    “Na terra das PRENDAS as FRANGAS andam soltas.”
    =============================================
    Os conterrâneos são sábios!!!

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  9. 'Defesas cavaliéricas'! Grande, PC! Adorei.

    Com mão, sem mão, com falta, sem falta... esse é o Flu!

    Agora é vencer o Grêmio e o Galo e comemorar!

    ST(etra)

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