Todo Campeonato levantado tem seus heróis, amigos. Em cada conquista, há aqueles que suaram a camisa, aqueles que foram decisivos, aqueles que fizeram a diferença.
Ricardo Berna, por exemplo. Era apenas o terceiro goleiro no início do ano. Ninguém dava nada por ele, ninguém. Nem mesmo quando Fernando Henrique e Rafael falhavam, o nome de Berna era lembrado. Até que, contra o Botafogo, Muricy Ramalho deu-lhe a camisa 1. Ricardo Berna assumiu a meta tricolor, e o Fluminense não perdeu mais. A ascensão rumo ao título estava desenhada.
Impossível não citar também Darío Conca, o grande craque do Fluminense, o grande craque do Campeonato. O argentino foi o único jogador de linha a atuar nas 38 rodadas. E foram todas atuações em alto nível, a maioria delas marcada por assistências e gols. Por essas e outras, Conca é um dos heróis do grande triunfo tricolor.
Cabe lembrar também o lateral-direito Mariano. Na fase ruim de 2009, parte da torcida chegou a vaiá-lo. Alguns diziam: "é o pior lateral-direito do país". Em 2010, tiveram que engolir as vaias e as palavras, pois até para a Seleção Brasileira Mariano foi chamado. Foi ele o dono do flanco direito neste Campeonato, com sobras.
O que dizer de Emerson? Jogou poucas partidas, é verdade. Mas, quando esteve em campo, correu muito, e suou sangue pelas vitórias. E foi eficiente: com ele no time, o Fluminense não perdeu nenhuma. Para finalizar com chave de ouro, coube a Emerson assinalar aquele que seria o gol do título, no último jogo, diante do Guarani. Ele voltou das Arábias para ser o autor do tento fatal.
Leandro Euzébio foi o melhor zagueiro do Campeonato. Além de fazer parte da defesa menos vazada do certame, Leandro foi ao ataque, e fez seus gols. Foi fundamental na conquista pó-de-arroz.
O comandante Muricy Ramalho é outro herói. Em julho, recebeu a mais importante convocação a que um futebolista pode aspirar: o comando da Seleção Brasileira. E negou, para manter sua palavra com o Tricolor. "Ficou no Flu pra ganhar o Brasileiro!". E ganhou, com muita competência e muito trabalho. Não restam dúvidas: no banco do Fluminense estava o melhor treinador do país.
Rendo, por fim, minha homenagem à torcida tricolor. Aquela que, em 1998, viu seu clube no fundo do poço, e não desistiu. Aquela que, em 2009, zombando da matemática e dos jornalistas, encheu estádios para apoiar uma causa "perdida". Aquela que, em 2010, pôde finalmente sorrir o doce sorriso do triunfo. Aquela que merece um imperecível estandarte de paixão.
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