terça-feira, 31 de março de 2009

Quase classificado

Água mole em pedra dura tanto bate até que o juiz marca um pênalti, o Flamengo vence o Americano e praticamente assegura a vaga para as semifinais da Taça Rio.

O magro escore não reflete em nada o que foi o jogo; o Rubro-Negro pressionou o tempo todo. Como na partida anterior, o time roubou várias bolas no meio-campo e criou várias oportunidades de marcar. Mas a “pedra dura” foram os chutes fracos ou por sobre a meta do alvinegro do Parque Tamandaré. Por mais que o Fla tentasse, a bola teimava em não entrar.

O time de Campos teve pouquíssimas oportunidades, aproveitando os contra-ataques gerados quando o time da Gávea se lançou ao ataque na etapa final. Se não fosse por duas jogadas mais perigosas que obrigaram o Bruno a trabalhar, o uniforme do nosso arqueiro estaria tão branco quanto estava ao entrar no gramado. Gramado que, diga-se de passagem, merece os parabéns. Choveu à tarde e durante toda a partida, e a bola continuava rolando redondinha.

O jogo foi bem tranquilo para o Flamengo, a única dificuldade era mesmo balançar as redes. Erick Flores fez mais uma boa partida, mas não conseguiu ser tão objetivo quanto das outras vezes. Kléberson também jogou bem, mas acabou dando lugar ao Maxi, que, novamente, botou fogo no jogo com sua movimentação no ataque. Ibson e Juan é que não estavam muito felizes e erravam bastantes passes e finalizações.

Em jogada do primo do Messi pela direita, o zagueirão campista Anderson resolve dar uma mãozinha e mete o mãozão na bola. Pênalti, que os idiotas da subjetividade vão dizer que não foi intencional, que ele não podia arrancar o braço, etc, e os idiotas da objetividade vão dizer que houve um lance idêntico no primeiro tempo e o árbitro mandou seguir. O que importa é que Juan cobrou o pênalti, tirou o zero do placar e o Flamengo praticamente carimbou o passaporte para a próxima fase. Apenas uma desastre tira a vaga da Gávea, já que o saldo de gols do Mengão é bem superior ao de Bangu e Macaé.

Com isso, o Clássico das Multidões no fim de semana promete ser um belo amistoso entre Fla e Flu, que já estarão com a cabeça em um possível embate entre ambos na disputa pela vaga na final da Taça Rio.

Esquenta - Brasil x Peru


Quarta-feira, às 22:00, a Seleção enfrenta o Peru, no Gigante da Beira-Rio, em Porto Alegre. O técnico Dunga não poderá contar com o lateral-direito Maicon, suspenso: Daniel Alves entra em seu lugar. A boa notícia é a volta de Kaká, que já parece recuperado da lesão que o afastou do empate de Quito. Provavelmente, Elano sairá do time, mas há também a possibilidade de Ronaldinho ir para o banco. Dessa forma, o escrete deve jogar com: Júlio César; Daniel Alves, Lúcio, Luisão e Marcelo; Gilberto Silva, Felipe Mello, Ronaldinho (Elano) e Kaká; Robinho e Luís Fabiano.

Os dois desfalques peruanos são Vargas (suspenso por expulsão na última partida) e Paolo de la Haza (suspenso por dois cartões amarelos). A provável escalação do Peru para o jogo no estádio do Inter é: Leao Butrón; Amilton Prado, Alberto Rodríguez, Carlos Zambrano e Juan Carlos La Rosa; Rainer Torres, Nolberto Solano, Miguel Torres e Luis Alberto Ramirez; Daniel Chávez e Johan Fano. A equipe vem de derrota para o Chile em Lima, mas o técnico José Guillermo "Chemo" del Solar não esconde que o empate é um bom resultado contra o Brasil. Aliás, a imprensa peruana assegura que ele pedirá demissão em caso de derrota. É bom lembrar que o futebol peruano vive a pior crise de sua história. Problemas de bastidores quase retiraram a equipe das eliminatórias em dezembro, e a crise politica mostra seus reflexos dentro de campo. A equipe blanquirroja é a lanterninha das eliminatórias sul-americanas, e dificilmente conseguirá vaga na Copa da África do Sul.

O juiz do jogo será o argentino Sergio Pezzota. Ele será auxiliado por Gustavo Esquivel e Diego Romero. O quarto árbitro será Gabriel Favale. Os três também são da terra de Perón.

O palpite do blogueiro é Brasil 5 x 0. Deixe a sua profecia nos comentários.

PC

segunda-feira, 30 de março de 2009

Pré-jogo: Americano x Flamengo


Nesta terça-feira o Flamengo enfrenta o Americano no estádio Godofredo Cruz, em Campos, às 19:30, pela penúltima rodada da Taça Rio. O time Rubro-Negro busca garantir a classificação antecipada (em caso de dois tropeços entre Botafogo, Bangu e Macaé), enquanto o Glorioso do Parque busca assegurar sua vaga na Série D do Brasileirão.

O último confronto entre as duas equipes foi no dia 09/03/08, pela segunda rodada da Taça Rio do ano passado. O Rubro-Negro venceu por 3 a 1 no Maracanã, com dois gols de Thiago Sales e um de Maxi; Jessé descontou para o alvinegro do Parque Tamandaré. O jogo marcou o retorno do camisa dez Renato Augusto, que se recuperava de uma cirurgia no rosto.

- Escalação:

O time de Campos terá o retorno do zagueiro Anderson, que cumpriu suspensão na partida contra o Friburguense. O Cano deverá entrar em campo com a seguinte formação: Jefferson; Elson, Anderson e Carlão; Paulo Henrique, Siller, Renan (Kim), Eberson e Ernani; Diego Sales e Kieza. Técnico: Toninho Andrade.

Já a equipe da Gávea tem um desfalque importante: Zé Roberto não se recuperou das dores na coxa e está fora do jogo. O Mestre Cuca ainda não definiu como armará a equipe; pode escalar Erick Flores no ataque ou colocar o argentino Maxi, mantendo a nossa jovem revelação no meio-campo e recuando Ibson. O time que entra em campo deverá ser o seguinte: Bruno; Everton Silva, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Willians, Aírton (Kléberson ou Jônatas), Ibson e Léo Moura; Erick Flores (Maxi) e Josiel. Técnico: Alex Stival.

- Trio de Arbitragem:

O árbitro da partida será Felipe Gomes da Silva (o mesmo que apitou a semifinal da Taça GB entre Flamengo e Resende), auxiliado por Jackson Lourenço Massarra dos Santos e Luiz Felipe Scofield Guerra Costa.

- Como Chegar:

Não conheço a cidade de Campos dos Goytacazes, mas o nosso amigo Google mostra onde fica o estádio. Partindo do Centro, a melhor maneira de chegar de ônibus ao Godofredo Cruz é pegar, na Av. 28 de Março o Penha-Pecuária sentido Pecuária, ou na Av. 15 de Novembro (Beira Rio) pegar Parque dos Rodoviários, Tapera ou Parque Santo Amaro.


Exibir mapa ampliado

- Ingressos:

Os ingressos para a partida já estão à venda e custam R$20,00 (R$10,00 a meia-entrada). No dia do jogo poderão ser comprados nas bilheterias do estádio.

- Transmissão:

O jogo será transmitido pelo pay-per-view do PFC e também pelas rádios Globo e Tupi.

- Pitacos:

Meu palpite para o jogo é vitória fácil do Mengão, por 3 a 0. Três gols de Josi-créu!

domingo, 29 de março de 2009

Empate em Quito

Amigos, vejamos o que foi o primeiro tempo: um amplo domínio do Equador. O escrete não conseguia se livrar do sufoco. A equipe local usava e abusava de sua principal arma: a altitude de Quito. Para quem não está acostumado, a bola viaja mais rápido, e o ar entra com mais dificuldade nos pulmões. Assim, foram chutes e mais chutes de longa distância contra os arcos defendidos por Júlio César.  Júlio César é um bom goleiro, e provou isso hoje: praticou defesas impossíveis, e teve as traves como santas companheiras. Em suma, o ex-goleiro do Flamengo foi uma bastilha inexpugnável, garantindo o zero equatoriano no placar até o intervalo.

No segundo tempo, a mesma história se repetiu: o Equador acuava a Seleção em seu campo defensivo, e o arqueiro da Internazionale praticava seus milagres. Quando a bola passava por ele, esbarrava na trave, ou ia direto para fora. Toda grande equipe começa por um grande goleiro, e o escrete verde-amarelo está bem servido nesse quesito. Digo mais: todo grande goleiro possui sorte, e Júlio César não foge da regra.

"Quem não faz, leva", todos sabemos. Foi o que aconteceu com o Equador em Quito: perdeu tantos gols que acabou por sofrer um. Júlio Baptista acabara de entrar, e venceu Cevallos. Sair do banco para fazer o sagrado gol tupiniquim: este era o destino de Júlio Baptista hoje.

Se antes do gol a equipe local já atacava, depois vocês já podem imaginar. Os dez jogadores de linha do Equador eram só ataque, e o Brasil se defendia com todos os seus onze. Até que, aos 44 do segundo tempo, ocorre a jogada fatal. Júlio César opera um milagre, mas não impede o gol no rebote. O 1 a 1 seria o placar final da partida de Quito. Meu palpite estava correto, mas eu já sabia: estava escrito desde antes do nada que, na tarde de 29 de julho, o Brasil e o Equador empatariam em 1 a 1.

Já escuto nas rádios e TVs: "a Seleção é a pior do mundo! A pior!". Não entendo tanta lamentação com o empate em Quito. Trata-se de um excelente resultado, pois jogar contra a altitude não é fácil. Além disso, o Equador tem sido bastante produtivo, depois da mudança de treinador. Tem mais: estamos na zona de classificação à Copa. O empate é, pois, um excelente resultado. O escrete caminha para o hexa, amigos. Não deem ouvidos à imprensa, que quer ver a caveira de Dunga: a Copa da África do Sul será nossa. O escrete engolirá Holandas, Argentinas, Alemanhas, Itálias e até Franças, e trará a taça para nós. Está escrito, desde antes do nada.

PC

Uma caixinha de surpresas


Há cinquenta e cinco anos uma equipe estreante não fazia uma dobradinha logo na sua primeira prova. Mas hoje, a “Fênix-Brawn GP” conseguiu o feito, com a vitória de Jenson Button e o segundo lugar de Rubens Barrichello. Como eu já tinha adiantado ontem, seria uma surpresa se isso não ocorresse, dada a superioridade da equipe inglesa. Mas tudo o que se passou entre a largada e a antepenúltima volta tornaram esse resultado surpreendente.


Os deuses da velocidade são como os deuses do futebol: eles também têm seus caprichos. Estava muito evidente o que iria acontecer, e isso não os interessava. Resolveram, então, apimentar as coisas. Assim que as luzes vermelhas se apagaram, eles seguraram o carro do Rubinho, fazendo com que ele fosse lá para o meio da confusão da primeira curva. Ele recebeu um toque na asa dianteira, que comprometeu seu desempenho até que ela fosse trocada durante o pit-stop. Com isso, o piloto brazuca resolveu encher o tanque e guardar suas forças para o final.


Enquanto isso, Jenson Button desenhava sua vitória de ponta a ponta. Não sofreu ameaças em momento algum. Sebastian Vettel o seguia a distância, mantendo a vice-liderança da prova, e a terceira posição passeava por vários pilotos. Entre eles, Felipe Massa, que teve atuação discretíssima e sequer completou a prova. O mesmo ocorreu com seu companheiro Kimi Raikkonen, que só não foi mais discreto porque beijou o muro. Quem também teve um encontro com a parede foi o japonês Nakajima, da Williams, equipe que foi, assim como a Ferrari, a grande decepção da corrida. Rosberg, que era um dos favoritos, mal chegou aos pontos.

Chegamos às voltas derradeiras. Com pneus macios, que têm um desempenho bem inferior aos mais duros, Vettel ia sustentando a segunda posição, enquanto Robert Kubica, que apareceu sabe-se lá de onde, com os pneus mais vantajosos, se aproximava A ultrapassagem seria inevitável. Mas os deuses da velocidade sabiam que a juventude (e de certa forma inexperiência) de ambos daria o toque desejado ao final da corrida. Literalmente.

O piloto polonês da BMW forçou a ultrapassagem, mas o piloto alemão da Red Bull resolveu não deixar barato. Mas a manobra acabou saindo cara demais para ambos, que se tocaram, rodaram, bateram, espalharam pedaços para todos os lados, e presentearam a Brawn com a tão esperada dobradinha.


Hamilton, no sapatinho, chegou em quarto, enquanto Trulli fez valer o difusor da sua Toyota e completou o pódio. Mas o italiano foi punido por uma ultrapassagem irregular e o atual campeão conseguiu a proeza de ficar em terceiro. Alonso conseguiu arrastar sua Renault aos pontos e Nelsinho Piquet, com problemas de freios foi parar na caixa de britas.

Um começo de temporada cheio de polêmicas, e também de emoções até o final. A pergunta que não quer calar é: “Até quando vai o domínio da Brawn?”. Eu digo: que seja eterno enquanto dure, pois essa equipe já nasceu fazendo História.

RESULTADO FINAL DO GRANDE PRÊMIO DA AUSTRÁLIA 2009:

1º - Jenson Button (ING) Brawn-Mercedes - 58 voltas em 1h34m15s784
2º - Rubens Barrichello (BRA) Brawn-Mercedes - a 0s807
3º - Lewis Hamilton (ING) McLaren-Mercedes - a 2s914
4º - Timo Glock (ALE) Toyota - a 4s435
5º - Fernando Alonso (ESP) Renault - a 4s879
6º - Nico Rosberg (ALE) Williams-Toyota - a 5s722
7º - Sebastien Buemi (SUI) Toro Rosso-Ferrari - a 6s004
8º - Sebastien Bourdais (FRA) Toro Rosso-Ferrari - a 6s298
9º - Adrian Sutil (ALE) Force India-Mercedes - a 6s335
10º - Nick Heidfeld (ALE) BMW Sauber - a 7s085
11º - Giancarlo Fisichella (ITA) Force India-Mercedes - a 7s374
12º - Jarno Trulli (ITA) Toyota - a 26s604 (punido com 25s)
13º - Mark Webber (AUS) Red Bull-Renault - a uma volta
14º - Sebastian Vettel (ALE) Red Bull-Ferrari - a duas voltas (acidente)
15º - Robert Kubica (POL) BMW Sauber - a três voltas (acidente)
16º - Kimi Raikkonen (FIN) Ferrari - a três voltas (mecânico)

Não completaram:

Felipe Massa (BRA) Ferrari - a 12 voltas (mecânico)
Nelsinho Piquet (BRA) Renault - a 32 voltas (saída de pista)
Kazuki Nakajima (JAP) Williams-Toyota - a 40 voltas (acidente)
Heikki Kovalainen (FIN) McLaren-Mercedes - a 57 voltas (acidente)

Volta mais rápida:
Nico Rosberg (ALE) Williams-Toyota - 1m27s706, na 48ª volta

Próxima etapa: GP da Malásia, dia 05/04.



EDIÇÃO: HAMILTON É DESCLASSIFICADO E TRULLI VOLTA AO TERCEIRO LUGAR.

O doce, santo e tricolor último minuto

Amigos, o clássico vovô foi sensacional, épico, cardíaco, espetacular, magnífico, e qualquer outro adjetivo que o leitor possa imaginar. Houve muita confusão do lado de fora, mas isso não é futebol e eu escrevo sobre o esporte bretão, não sobre violência.

Vou logo descrever o jogo, que é o que importa. Ressalto que escrevo antes de ver e analisar o video-tape. Para falar a verdade, eu quase nunca vejo o video-tape, porque ele é burro, como já dizia o Nelson Rodrigues,

Voltemos à partida. O juiz, um tal de Gutemberg, queria porque queria decidir a partida. Inventou, na cara dura, um pênalti para o Botafogo, já no segundo tempo. Maicosuel, com paradinha, fez 1 a 0. No minuto seguinte, um jogador do Botafogo corta um cruzamento com a mão, dentro da área. O tal Gutemberg, firme na sua decisão de favorecer o Botafogo, ignorou solenemente o fato. Um pouco depois, completou o serviço: expulsou o zagueiro tricolor Edcarlos. Eu disse que ele completou o serviço, mas faz-se necessária uma correção: ele achou que havia completado o serviço.

Quem não acharia? O alvinegro vencia por 1 a 0, e tinha um homem a mais em campo. Ora, o clássico estava praticamente decidido. Eis que, em jogada individual, o garoto Alan, que havia entrado pouco antes, acertou um chute cruzado da ponta-direita: belo gol que consolidou a trajetória de Alan no match de hoje: do banco para a glória, amigos, do banco para a glória!

Ainda assim, havia tempo para o Botafogo, com um a mais, conseguir a vitória. Mas o tempo foi passando e o gol alvinegro não saía. Eu, na arquibancada, me lembrei da sagrada frase de meu irmão: "o último minuto é tricolor". "Doce, santo e tricolor", completo eu. Eis que, no sagrado último minuto, acontece uma falta para o Fluminense, na entrada da área. Na cobrança de falta, Conca desfere o chute fatal: gol do Fluminense, o gol da virada tricolor! Meu irmão estava certo: o último minuto é mesmo pó-de-arroz. Hoje, quem esteve no Estádio Mário Filho viu e sentiu. O Botafogo não sabia disso, e acabou perdendo um clássico que estava ganho.

Eis o meu personagem do sábado: o doce, santo e tricolor último minuto!

PC


sábado, 28 de março de 2009

Flamengo 4 - A Revanche


Amigos, hoje no Engenhão vimos uma atuação magnífica do Flamengo, defensiva e ofensivamente. Marcando sempre no campo adversário, o Rubro-Negro não deixava o Resende ficar com a bola, e com várias roubadas e finalizações, conseguiu uma bela vitória por 4 a 0.

Os idiotas da objetividade (sempre quis dizer isso!) vão dizer que o jogo só foi fácil porque o Resende teve um jogador expulso. Pois eu digo que eles estão errados. Estava escrito que o Flamengo ia vencer o jogo de hoje, e se vingaria, na bola, da derrota para o alvinegro nas semifinais da Taça Guanabara.

Desde o princípio o time de Gávea dominou as ações do jogo, e só não abriu o placar no primeiro tempo por conta da ótima atuação do goleiro Cléber, e do fraco aproveitamento nas finalizações. Se o Resende teve uma única chance de fazer alguma coisa no jogo, foi muito.

Aos 28 minutos, Erick Flores (que teve outra boa atuação) fez uma linda jogada e foi derrubado por trás por Márcio Gomes, que recebeu o cartão vermelho direto. Talvez o árbitro tenha exagerado, mas isso só serviu para que o jogo ficasse mais parecido com o encontro anterior das equipes, quando o Fla é que teve um jogador expulso ainda na etapa inicial.

Veio o segundo tempo e o Mengão mostrou que não estava para brincadeira. Aos três minutos o operário da pequena área Josiel marcou o primeiro, após belíssima troca de passes entre Ibson, Juan e Zé Roberto. Sem deixar o Resende respirar, Josiel interceptou passe no meio-campo, lançou para a corrida de Everton Silva, que tentou cruzar novamente para o camisa nove. Mas o goleiro cortou e a bola sobrou para o Zé-da-Gávea empurrar para a rede.

Juan ainda está devendo uma atuação como as que o levaram para a Seleção no ano passado. Mas mostrou que ainda tem malandragem de sobra: cobrou uma falta rapidamente para Josi-créu, que acertou um improvável petardo de fora da área, lá no cantinho. O goleiro voou, mas não conseguiu evitar o primeiro gol do novo artilheiro do campeonato de fora da área em muito, muito tempo.

A única coisa ruim do jogo foi a saída do nosso camisa dez: num chute maroto, que quase pegou o goleirão desprevenido, o Zé Bob sentiu a coxa direita e deixou a torcida preocupada. E quando vi que entraria o Jônatas e não o Maxi, soltei uma exclamação que não posso reproduzir aqui. Mas, pouco depois, o primo do Messi entrou em campo, e foi notável a mudança no time. Mais movimentação, mais presença no ataque... O argentino deve treinar muito mal, para o treinador hesitar tanto em colocá-lo em campo.

Interessante notar o domínio Rubro-Negro: mais de trinta finalizações! Bolas na trave de Maxi e Willians, chutes perigosos de Erick Flores, Josiel e Jônatas... A artilharia Flamenga para cima do Gigante do Vale foi pesada. E para encerrar o massacre, a bola sobrou dentro da área e Kléberson marcou o dele. Belíssima atuação que deixa o Flamengo em boa situação na Taça Rio, ainda mais com a derrota do Bangu para o Duque de Caxias.

A confiança, aos poucos, está voltando à Gávea. É só continuar com essa pegada que poderemos voltar a sonhar com o tri.



rafs

Fórmula 1 - Grande Prêmio da Austrália


Senhores, liguem seus motores. Começou a temporada 2009 da Fórmula 1.

O treino classificatório de hoje foi o reflexo de tudo o que aconteceu nas últimas semanas. E, como esperado, a Brawn dominou todas as etapas da classificação.

Como assim, esperado? A equipe estava praticamente falida, e mal fechou um patrocínio, e eu estou dizendo que era esperado que ela dominasse os treinos? Sim, claro! É só acompanhar o que aconteceu nos últimos dias de testes.

Em primeiro lugar, a equipe conta com um carro muito bem projetado. Méritos de Ross Brawn, que não deixou de trabalhar, mesmo quando não sabia qual seria o futuro da equipe. E em segundo lugar, um detalhezinho na parte traseira do carro faz muita diferença: o tal do difusor. Além da Brawn, Williams e Toyota também o têm, e é por isso que se destacaram ao longo de todo o treino de classificação. Ainda vai haver muita discussão até que essa polêmica seja julgada em abril. Até lá, quem tem aproveita, e quem não tem, come poeira.


Nascida das cinzas da Honda, a Brawn, que bem poderia se chamar Fênix, marcou a primeira dobradinha do ano. Infelizmente o Rubinho não foi o pole position, mas o melhor tempo entre todos, marcado na segunda etapa do treino, o credencia como um dos grandes favoritos à vitória, junto com seu companheiro Button, que largará na posição de honra do grid. Se não ocuparem os dois lugares mais altos do pódio, isso sim será uma surpresa.

A Ferrari teve desempenho discreto, e Felipe Massa larga apenas na sétima posição. O bicampeão Fernando Alonso não conseguiu tirar muita coisa da sua Renault e sai em décimo segundo, enquanto Nelsinho Piquet larga em décimo sétimo. Enquanto isso, a McLaren provou que não estava escondendo o jogo, e ocupará a décima quarta e décima quinta posições. Com problemas no câmbio, o atual campeão Lewis Hamilton nem disputou a segunda parte do treino.

Outros destaques foram Sebastian Vettel, da Red Bull, que larga na primeira posição disputada de verdade, já que as duas primeiras já estavam reservadas para os carros da Brawn; Kubica e Rosberg, que vieram na sequência, também tiveram bom desempenho.

A expectativa para amanhã, como deve ter ficado claro no texto, é um amplo domínio da Brawn GP, mas as atenções estarão também nos carros de Ferrari e McLaren, na esperança de que possam aprontar alguma coisa. Williams e Toyota também vêm fortes para a prova, principalmente por causa do difusor. E tomara que a manhã de domingo comece ao som do Tema da Vitória!

EDIÇÃO: Grid de Largada após as punições a Hamilton e Toyota:

1º - Jenson Button (ING) Brawn-Mercedes - 1m25s202
2º - Rubens Barrichello (BRA) Brawn-Mercedes - 1m25s505
3º - Sebastian Vettel (ALE) Red Bull-Ferrari - 1m26s830
4º - Robert Kubica (POL) BMW Sauber - 1m26s914
5º - Nico Rosberg (ALE) Williams-Toyota - 1m26s973
6º - Felipe Massa (BRA) Ferrari - 1m27s033
7º - Kimi Raikkonen (FIN) Ferrari - 1m27s163
8º - Mark Webber (AUS) Red Bull-Renault - 1m27s246
9º - Nick Heidfeld (ALE) BMW Sauber - 1m25s504
10º - Fernando Alonso (ESP) Renault - 1m25s605
11º - Kazuki Nakajima (JAP) Williams-Toyota - 1m25s607
12º - Heikki Kovalainen (FIN) McLaren-Mercedes - 1m25s726
13º - Sebastien Buemi (SUI) Toro Rosso-Ferrari - 1m26s503
14º - Nelsinho Piquet (BRA) Renault - 1m26s598
15º - Giancarlo Fisichella (ITA) Force India-Mercedes - 1m26s677
16º - Adrian Sutil (ALE) Force India-Mercedes - 1m26s742
17º - Sebastien Bourdais (FRA) Toro Rosso-Ferrari - 1m26s964
18º - Lewis Hamilton (ING) McLaren-Mercedes - PUNIDO
19º - Timo Glock (ALE) Toyota - PUNIDO
20º - Jarno Trulli (ITA) Toyota - PUNIDO

E não se esqueçam de participar da disputa para ganhar uma camisa retrô do seu time. Não sabe como? Veja aqui.

EDIÇÃO: Melhores momentos do treino classificatório - Globo esporte



rafs

sexta-feira, 27 de março de 2009

Esquenta - jogos do fim de semana


Os jogos do fim de semana no Estadual acontecerão todos no sábado, porque o domingo será um dia reservado à Seleção Brasileira. Às 16:10, o Flamengo pega o Resende, no Engenhão, e tentará a revanche pela derrota na semifinal da Taça Guanabara.

O Rubro-Negro conta com a volta de Léo Moura e Willians, mas o Mestre Cuca ainda não sabe se escala Erick Flores entre os titulares, e só deve confirmar a escalação pouco antes do jogo. Ele deve mandar a campo os seguintes jogadores: Bruno, Everton Silva, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Aírton, Willians (Erick Flores), Ibson e Léo Moura; Zé Roberto e Josiel. Técnico: Alex Stival.

Já o Gigante do Vale poderá contar com o artilheiro do campeonato, Bruno Mene-créu, e também com Viola, que foram julgados e já cumpriram suspensão. O time que entra em campo deve ser o seguinte: Cléber, Naílton, Breno e Taércio (Márcio Costa); Bruno Leite, Márcio Gomes, Fred, Léo e Marquinhos; Bruno Meneghel e Viola. Técnico: Antônio Carlos Roy.

Ingressos: à venda somente no Engenhão, a partir das 10:00.
Transmissão: o jogo será transmitido pela TV Globo e pelas rádios Globo e Tupi.
Palpites dos blogueiros: Fla 3 x 1 (PC) e Fla 3 x 1 (RAFS).
Dicas sobre como chegar ao Engenhão: clique aqui.


Às 20:30, ocorrerá o clássico vovô no Maracanã. O Fluminense conta com as voltas de Fernando Henrique e Leandro, que estavam suspensos. Fred, que foi poupado na última rodada, é dúvida e não deve jogar. Parreira deverá escalar o Tricolor com Fernando Henrique; Mariano, Cássio, Luiz Alberto e Leandro; Jaílton, Maurício (Wellington Monteiro), Conca e Thiago Neves; Everton Santos e Roger (Fred).
 
No Botafogo, o principal desfalque é o artilheiro Victor Simões, suspenso. O treinador Ney Franco deve escalar o time no esquema 3-6-1: Renan; Emerson, Wellington e Juninho; Alessandro, Leandro Guerreiro, Fahel, Léo Silva, Maicosuel e Gabriel; Reinaldo.

Ingressos: à venda somente no Maracanã, a partir das 16:00.
Transmissão: o jogo será transmitido pelo pay-per-view do PFC e pelas rádios Globo e Tupi.
Palpites dos blogueiros: Flu 2 x 0 (PC) e 1 x 1 (RAFS).
Dicas sobre como chegar ao Maracanã: as linhas de ônibus 132B, 134B, 232, 238, 239, 241, 247, 254, 260, 266, 267, 268, 269, 383, 423D, 432, 433, 434, 435, 438, 455, 456, 457, 464, 487L, 488L, 489L, 606, 621, 622, 627, 629, 630, 638, 639, 665, 703D, 711 e 725D levam ao Maior do Mundo. Além disso, há a opção dos trens da Supervia: saltar na estação Maracanã. Também há as estações da linha 2 do metrô: São Cristovão (torcida do Botafogo) e Maracanã (torcida do Fluminense). A torcida do Botafogo entrará pelo lado da estátua do Bellini, e a torcida do Fluminense pelo lado da UERJ.


No domingo, às 18:00 de Brasília, a Seleção Brasileira enfrenta o Equador, em Quito, pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2010. O Brasil vem em segundo, atrás somente do Paraguai. O Equador ocupa a sexta colocação. Apesar de Kaká já conseguir treinar bem, Dunga optou por não escalá-lo. O escrete deve ir a campo com Júlio César; Maicon, Luisão, Lúcio e Marcelo; Gilberto Silva, Felipe Mello, Elano e Ronaldinho; Robinho e Luís Fabiano. O Equador joga com seu principal craque: a altitude de Quito. Além dela, o treinador Sixto Vizuete deve escalar: Cevallos; Reasco, Espinoza, Hurtado e Ambrossi; Urrutia, Valencia, Méndez e Guerrón; Caicedo e Benitez. A transmissão para todo o país se dará pelas TVs Globo e Bandeirantes. No exterior, será possível acompanhar a partida através da Globo Internacional.

Palpites dos blogueiros: 1 x 1 (PC) e Brasil 1 x 0 (RAFS).


Terminamos o post de hoje anunciando uma parceria do blog com a loja Moda Retrô, que vende réplicas de camisas de vitoriosos clubes e seleções do passado. Em troca da exposição de anúncios aqui, a loja disponibilizará para nós uma camisa para sorteio entre os leitores. A camisa será escolhida pelo leitor sorteado, no time ou na seleção de sua preferência. O sorteio ocorrerá na semana da decisão da Copa do Brasil, e será de acordo com a participação do leitor no blog. Cada texto comentado valerá um ponto para o leitor. Quanto mais pontos, maiores as chances de vitória no sorteio. Não perca essa chance: venha todos os dias aqui, e registre seus comentários sobre os textos! A partir desse texto, os comentários já estão valendo pontos. Boa sorte a todos!

OBS. 1: os comentários só valerão pontos se tiverem conteúdo sério. Não adianta postar um ":)".
OBS. 2: cada leitor só poderá ganhar 1 ponto por post do blog.
OBS. 3: o comentário só contará ponto se for postado até 3 dias após a data da postagem original.
OBS. 4: PC e RAFS não farão parte do sorteio.

PC e RAFS

quinta-feira, 26 de março de 2009

Recordar é viver - Florianópolis é Tricolor

Florianópolis, 7 de junho de 2007.

Amigos, a humildade acaba aqui. Isso porque, desde ontem, o Fluminense é o campeão da Copa do Brasil. O Tricolor venceu o Figueirense, no Estádio Orlando Scarpelli, por 1 a 0, com gol do zagueiro Roger. Uma semana atrás, empatamos no Maracanã. Assim, a bela taça é, para sempre, nossa.

Escrevi sobre o empate no Estádio Mário Filho, e cabe detalhar a partida. Tudo parecia caminhar para um insosso zero a zero quando um jogador do Figueirense acertou, de primeira, um petardo indefensável. Como já passávamos dos trinta do segundo tempo, os tricolores presentes no Maracanã se entreolharam desesperados. O pensamento era único: "ou empatamos hoje, ou já era". Eis que surge, do banco, o primeiro herói da conquista: Thiago Neves. O garoto entra, costura a defesa oponente, e dá o passe perfeito: Adriano Magrão escora para o gol. O placar de 1 a 1 deixava a disputa em aberto. Mesmo assim, a meia-dúzia de catarinenses presentes no Rio de Janeiro cantou antes da hora: "é campeão".

No dia seguinte ao jogo do Maracanã, aquele grito dos catarinenses aventureiros ficou martelando em minha cabeça. Até que, à noite, tive a certeza profética: "seremos campeões". Examinei a minha agenda, e percebi: seria feriado na quinta-feira, o day-after. Examinei a minha conta bancária, e verifiquei que as sobras do emprego antigo ainda repousavam lá. Juntei a fome com a vontade de comer, e decretei: "vou a Florianópolis". Logo encontrei uma excursão que faria a viagem do título, de ônibus. Realizei o pagamento ainda na sexta-feira, e comecei a me preparar espiritualmente para a jornada. Dezoito horas na estrada não são pouca coisa, não. Mas eu estava disposto a qualquer sacrifício. O Fluminense não levantava um campeonato nacional havia 23 longos anos. Dessa vez, não poderia escapar. Não iria escapar.

Chegamos com boa antecedência a Floripa, de modo que pude passear um pouco pela capital catarinense. Eu e mais três amigos de viagem fomos para a Ilha, onde encontraríamos um outro amigo meu, habitante local, que nos guiaria em um rápido tour pela cidade. Conhecemos a bela Lagoa da Conceição: jamais me esquecerei do anoitecer naquela linda paisagem. Ali perto, descobri que Florianópolis é Tricolor. Vejam as três cores presentes na bandeira de Santa Catarina, hasteada na Ilha: verde, branco e grená. Os idiotas da objetividade afirmam categóricos: "não é grená, é vermelho". OK, OK, confesso com escrúpulo e vergonha: é vermelho. Mas permitam a este escriba um pequeno daltonismo. Ontem e hoje, Florianópolis é verde, branco e grená. Florianópolis é Fluminense. Florianópolis é Tricolor.

Já era noite quando voltamos finalmente à parte continental de Floripa. O acanhado estádio do Figueirense se localiza ali, no Estreito. Não resisti e comprei uma bandeira antes de entrar no setor E do Orlando Scarpelli. Quando entrei, o local já estava cheio. Posicionei-me no meio da multidão pó-de-arroz ali presente, e comecei a cantar, sofrer e rezar. O Fluminense entrou em campo com o time esperado: o único desfalque era Luiz Alberto. O zagueiro lesionara-se na véspera, e dava lugar a Roger. O cara-e-coroa decidiu que o Fluminense atacaria o primeiro tempo para o gol do nosso lado.

Bem no comecinho do jogo, aconteceu a jogada inesquecível, envolvendo dois outros heróis da conquista: Adriano Magrão e Roger. Adriano Magrão havia feito o gol que nos permitia sonhar. Dessa vez, deu o passe certeiro. Roger matou no peito e fuzilou. A bola estufou a rede: estava consumado o gol do Fluminense. O 1 a 0 já nos dava o caneco. Assim, a obrigação de atacar agora era do time da casa. E foi isso que o Figueirense fez: passou noventa longos minutos nos atacando.

Agora, cabe exaltar os outros heróis da conquista: o goleiro Fernando Henrique foi uma bastilha inexpugnável, amigos. Thiago Silva corria como um coelhinho de desenho animado, mas era uma corrida inteligente, para os locais certos da cancha. Os laterais Carlinhos e Júnior César, reduzidos a zagueiros, molhavam a camisa como nunca. Fabinho e Arouca, mais à frente, atuavam como cães de guarda implacáveis. Os meias Carlos Alberto e Cícero também nunca fugiram da batalha. O atacante Alex Dias, apesar da idade avançada, também voltava para ajudar a defesa com o seu suor. Entraram no decorrer da final Rafael Moura, David e Thiago Neves: também eles defenderam o querido pavilhão dando o máximo que conseguiam.

Por trás da equipe, dispondo, estava o eterno Renato Gaúcho. Há quem queira diminuir o seu papel na épica jornada pó-de-arroz, mas é impossível. Quando ele chegou, o plantel tricolor era a piada dos bares e das esquinas. "Não há técnico que dê jeito nesse bando", era o que mais se ouvia. No entanto, em sua primeira declaração, ele espanta a todos: "faltam sete jogos para o título". Nem o tricolor mais otimista acreditou. Porém, ele estava profeticamente certo: sete jogos depois, cá estamos comemorando a conquista.

Voltemos ao momento sublime: notem que há um agravante no gol do título tricolor. Roger não iria jogar. Vejam vocês a influência mística na conquista tricolor: o gol mais importante, o lance que decidiu todo o campeonato, foi de um jogador que não estaria em campo. É o destino, amigos, é o destino: estava escrito desde antes do nada que o Fluminense seria o campeão.

Examinemos por fim a campanha completa: Adesg-AC, América-RN, Bahia, Atlético-PR, Brasiliense e Figueirense. Como dizia o profeta: um título é todo sangue, todo suor e todo lágrimas de um campeonato inteiro. A Copa do Brasil de 2007, tão disputada, agora descansará, eternamente, na abarrotada sala de troféus da rua Álvaro Chaves. Este fato nos permite sonhar: em 2008, desbravaremos a América. Há de ser uma jornada épica, fantástica e inesquecível.

PC



quarta-feira, 25 de março de 2009

Ão, ão, ão, Josiel é Seleção!


Alô, Nação Rubro-Negra! Conseguimos nos reencontrar com a vitória! E foi uma boa vitória para cima do Madureira. Com três gols do nosso artilheiro Josi-créu e uma bela atuação do garoto Erick Flores, o Mengão garantiu os três pontos logo no primeiro tempo.

Começo reclamando do horário da partida. Quatro horas da tarde, em plena quarta-feira? Brincadeira, né?

Rolou a bola e o nosso Mestre Cuca surpreendeu um pouco com a escalação de Erick Flores. E mandou bem, já que o menino jogou muito no primeiro tempo, e deu os passes para os dois primeiros gols da partida, ambos marcados pelo matador Josiel. Seria uma resposta à reclamação do presidente, Delair Sei-lá-o-quê, que disse que o Flamengo está carente de um matador?

Com dois gols de vantagem, o time da Gávea deu uma relaxada, e a zaga acabou bobeando, permitindo que Bruno chutasse à esquerda de Bruno e marcasse o primeiro do time do Subúrbio. Mas bobeira mesmo foi o que fez o zagueirão Eduardo Luiz, “herói” do rebaixamento vascaíno... Após cortar um cruzamento para o alto, dentro da área, ele bisonhamente impediu que o goleiro Renan chegasse na bola. Josiel, que não tinha nada a ver com isso, meteu a cabeça para completar seu “hat-trick”.



Na volta para o segundo tempo, o time do Flamengo parecia mais do que satisfeito com o resultado e relaxou novamente. Mas relaxou tanto que o Tricolor Suburbano partiu para cima, sufocando o Mengão. Josiel ainda teve a oportunidade de marcar mais um, mas acabou se enrolando todo e Eduardo Luiz, recuperando-se da trapalhada do primeiro tempo, salvou em cima da linha.

O jovem Erick, que mostrou muita disposição no primeiro tempo, começou a dar sinais de cansaço. Também pudera, era seu primeiro jogo no ano. Então, o Mestre Cuca colocou Jônatas no seu lugar. Se o meio-campo flamengo estava lento antes, aí mesmo é que parou. O Madura foi com tudo ao ataque, e acabou premiado com gol de Alex Alves.

A nuvenzinha negra da crise ameaçou pairar sobre o time do Flamengo, mas o zagueirão Eduardo Luiz resolveu dar uma mãozinha: cortou um cruzamento excelente de Maxi, que Josiel já ia emendando de voleio (aposto que a bola ia lá na gaveta!). Como não era goleiro, Eduardo levou cartão amarelo e o Fla ganhou um pênalti. Juan meteu a pelota no canto, e o goleiro Renan nem apareceu na foto. Vitória por 4 a 2.

O Flamengo respira aliviado, ainda por cima com a ajudinha do Flu, que venceu o Frizão ontem na Serra. Já o Madureira vê a classificação para as semifinais se complicando.

terça-feira, 24 de março de 2009

Protesto contra o Friburguense Atlético Clube

Amigos, infelizmente hoje não falarei de futebol. O Fluminense venceu o Friburguense por 3 a 1 (acertei de novo o palpite, estou ficando bom nisso), com destaque para o golaço de Conca, o gol da doce e santa virada (mais uma).

Infelizmente, meu destaque do dia é negativo. Para os leitores que não me conhecem, sou natural de Nova Friburgo, onde meus pais ainda moram. Dessa forma, decidi vir à minha terra assistir ao jogo entre os meus dois amados clubes: o Fluminense e o Friburguense. Minha mãe comprou o ingresso antecipadamente para mim, de modo que cheguei à cidade e fui direto para o Estádio Eduardo Guinle, meu velho conhecido. Na época em que eu morava em Nova Friburgo, eu ia a todos os jogos do Frizão, apoiar a equipe que honrava o nome da cidade. (exceto contra o meu Fluminense, obviamente)

Cheguei com cinco minutos de bola rolando, e me deparei com uma longa fila para entrar no estádio. "Tudo bem, entrarei com alguns minutos de atraso", pensei eu. Escuto o grito de gol: 1 a 0 Friburguense. Angustiante estar tão perto e não poder nem ver o jogo. Passam-se mais quinze minutos, a confusão do lado de fora vai aumentando, e escutamos outro grito de gol: 1 a 1. Já eram 25 minutos de bola rolando, e nós do lado de fora não ouvíamos sequer uma palavra das autoridades responsáveis. Após mais tumulto, aparecem os policiais avisando que todos os portões estavam fechados, e ninguém mais entraria. Segundo eles, o estádio estava superlotado. Isso mesmo, centenas de pessoas do lado de fora, com os ingressos nas mãos, não puderam entrar. Encontrei meu primo desconsolado, com a filha pequena no colo: "o que vou dizer a ela, Paulinho?".

Pela primeira vez na vida, presenciei algo tão inusitado: pessoas que compraram o ingresso para um evento e foram impedidas de entrar nele. Pior, tudo se passava na terra onde nasci e cresci, no estádio onde aprendi a gostar de futebol. Sinto uma tristeza profunda, e vou procurar os meus direitos. Acredito que cabe um processo contra o Friburguense Atlético Clube, e se realmente couber, não hesitarei em entrar na Justiça. Com pesar no coração, porque amo o Friburguense. Porém, não podemos deixar as instituições nos tratarem dessa forma.

Peço aos advogados que lerem esse texto para me auxiliarem: cabe mesmo um processo? Não me sentiria satisfeito apenas com a devolução do valor dos ingressos. Eu, por exemplo, paguei passagem do Rio para Friburgo, gastei tempo, e me sinto moralmente ofendido. Acho que todos nós que passamos aquela humilhação merecemos uma indenização. Peço a todos os que estão na minha situação que entrem em contato comigo, através do e-mail pcfilho@gmail.com. Vamos nos mobilizar, em busca dos nossos direitos.

Por favor, mandem esse texto para os conhecidos que estiveram no Eduardo Guinle hoje. Ou melhor, que não estiveram no Eduardo Guinle hoje.

Atenciosamente,
Paulo Cezar da Costa Martins Filho

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EDIÇÃO: FOTO DE TORCEDOR DA ARQUIBANCADA: REPAREM A ARQUIBANCADA VAZIA AO FUNDO! POR QUE NÃO NOS DEIXARAM ENTRAR?

Pré-Jogo: Madureira x Flamengo



Alô, Nação Rubro-Negra! Amanhã o Mengão enfrenta o Madureira em busca da reabilitação no campeonato, enquanto o Tricolor Suburbano procura manter-se nas cabeças do seu grupo. O embate ocorrerá às 16:00, no Estádio Giulite Coutinho, em Édson Passos.

O último confronto entre as duas equipes foi no dia 29/03, pela Taça Rio 2008. A peleja terminou empatada em 1 a 1.

- Escalação:

Invicto a três jogos, o Madureira contará com a sua força máxima. O único desfalque é o atacante Josafá, que está de volta ao Tricolor Suburbano, mas, com dores na coxa direita, não poderá atuar. O treinador testou vários esquemas táticos durante o coletivo hoje à tarde, e só deve confirmar o time que entra em campo amanhã, pouco antes do jogo. Devem iniciar a partida: Renan, Claudemir, Eduardo Luiz, Ricardo e Amarildo; Wagner, Paulo Victor, Bruno e Abedi; Jones e Alex Alves. Técnico: Robson Gabriel

Já o Flamengo terá dois desfalques, devido às expulsões no clássico: Willians e Léo Moura. E também não poderá contar com Obina e Everton, vetados pelo departamento médico (o primeiro com dores no tornozelo direito e o segundo com dores na coxa direita). O Mestre Cuca disse que só vai definir o time momentos antes da partida, pois ainda tem dúvidas no meio-campo. O time que começará o jogo amanhã será: Bruno, Everton Silva, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Aírton, Toró (Jônatas), Ibson e Kléberson (Erick Flores); Zé Roberto e Josiel. Técnico: Alex Stival

- Trio de arbitragem:

O árbitro da partida será Rodrigo Nunes de Sá, auxiliado por Rodrigo Pereira Joia e Eduardo de Souza Couto.


- Como chegar:

A melhor maneira de chegar ao estádio é através da Supervia. Partindo da Central do Brasil rumo à estação de Édson Passos, o trajeto tem duração de aproximadamente 40 minutos. Então é aconselhável pegar o trem que parte às 14:40 ou 15:10. A tarifa unitária é R$ 2,45.

De ônibus a viagem é mais longa, mas há linhas regulares para Mesquita, como:
-> 478B: Mesquita – Passeio: R$5,65 (Via Central);
-> 005: Praça Mauá – Mesquita: R$4,20 (valor não confirmado).

Mas, como eu disse, a viagem será mais longa, e provavelmente a espera pelos ônibus também.

Uma outra opção é pegar o metrô até a Pavuna, e depois a integração com Mesquita (651B). A tarifa (metrô + ônibus) é R$4,20. O tempo estimado de viagem (da Estação da Pavuna até Mesquita) é de aproximadamente 30 minutos.

- Ingressos:

Os ingressos para o jogo já estão à venda desde ontem sedes de Flamengo, Fluminense, Madureira e São Cristóvão, além da Bilheteria 8 do Maracanã e na Terra Encantada. Na quarta-feira, também serão vendidos no local da partida.

O preço do ingresso para as cadeiras especiais é de R$40,00 (R$20,00 a meia) e para a arquibancada é de R$20,00 (R$10,00 a meia).

- Transmissão:

O jogo será transmitido pelo pay-per-view do Premiere Futebol Clube, e também pelas rádios Globo e Tupi.

- Pitacos:

Meu palpite para o jogo é vitória do Mengão por 2 a 1. Espero que o gol do Madureira seja marcado pelo jovem craque Victor Amaro, que passou por momentos muito difíceis na carreira e agora vai se firmando no elenco tricolor.

rafs

segunda-feira, 23 de março de 2009

Esquenta - Friburguense x Fluminense


Amigos, o Fluminense jogará nesta terça-feira, às 19:30, contra o Friburguense. O jogo será no Estádio Eduardo Guinle, em Nova Friburgo.

O principal desfalque da equipe de Álvaro Chaves será o centroavante Fred, que sentiu a virilha e não entrará em campo. O provável substituto é Maicon, mas talvez Parreira decida testar Roger. Leandro Amaral e Diguinho seguem afastados por problemas médicos. Leandro Bonfim sentiu problema na coxa, e também não estará à disposição do pé-de-uva. Na defesa, Parreira ainda não decidiu se escalará Cássio ou Edcarlos. No meio, a dúvida é entre Fabinho, Jaílton e Wellington Monteiro. Fernando Henrique e Leandro seguem suspensos, com Ricardo Berna e João Paulo em seus lugares.

Dessa forma, o Tricolor deverá entrar em campo assim: Ricardo Berna; Mariano, Cássio (Edcarlos), Luiz Alberto e João Paulo; Fabinho (Wellington Monteiro ou Jaílton), Maurício, Conca e Thiago Neves; Everton Santos e Maicon (Roger).

Já o time serrano vem empolgado com a bela campanha na Taça Rio: lidera o Grupo B ao lado do Botafogo, com 9 pontos em 4 jogos. O Frizão deve ir a campo com: Marcos; Sérgio Gomes, Cadão, Wallace e Gilson; Roberto Júnior, Bidu, Alex e Victor Hugo; Ziquinha (Thiago Santos) e Hércules. Gilson, Victor Hugo, Ziquinha e Hércules vêm tendo grandes atuações nos últimos jogos. O técnico é Cleimar Rocha.

O juiz será Marcelo de Lima Henrique, auxiliado por Francisco Pereira de Sousa e João Luiz Coelho. No histórico de confrontos, são 23 jogos, com 15 vitórias do time da Capital, 4 empates e 4 vitórias da equipe da Serra (58 gols do Fluminense e 30 gols do Friburguense). O último jogo foi no Campeonato Carioca do ano passado: o Fluminense venceu por 5 a 2 no Maracanã.

Para quem quiser ir ao estádio: Nova Friburgo fica a cerca de 2 horas do Rio de Janeiro, e o campo do Friburguense fica bem próximo do Centro da cidade. Após chegar à cidade, é só seguir em direção ao bairro Olaria. A capacidade do Eduardo Guinle é de cerca de 12 mil pessoas, e haverá ingressos à venda na hora do jogo. A torcida do Friburguense fica na arquibancada social, enquanto a torcida visitante ocupa a arquibancada descoberta.

A transmissão para todo o país será pelo Premiere Futebol Clube (PFC). As rádios Globo e Tupi também transmitirão a partida:
O meu palpite é, novamente, 3 a 1 para o Fluminense. Deixe o seu nos comentários!

PC

Futebol para Escanteio: A Festa do Basquete



Uma década de espera. E finalmente a torcida pôde saborear um jogo entre os melhores do Brasil. Ontem, no Maracanãzinho, as estrelas do basquete no país se reuniram para mostrar à torcida toda sua habilidade. E também encher a todos com a esperança de que o basquete nacional respira novos ares.

Antes da esperada partida, alguns jogadores participaram dos torneios de arremessos e de enterradas. A cada sequência de bolas de três que caía, a torcida vibrava. E quando uma cravada espetacular, precedida de movimentos de extrema criatividade, era executada, aí mesmo é que a galera ia ao delírio! E, mesmo quando a tentativa era frustrada, a torcida incentivava.

A torcida, na minha opinião, foi o que decepcionou. Pouco mais de 5.000 pessoas ocupavam os acentos do ginásio. Não é difícil entender o motivo: apenas um clube que disputa o campeonato nacional é do Rio, o Flamengo. Sem falar também no clássico entre Fla e Vasco, no Maraca, um pouco mais tarde. Isso certamente contribuiu para o baixo público.

Mas o importante é que quem estava presente estava sempre vibrando com as grandes jogadas, que foram muitas. A todo momento os jogadores executavam enterradas, pontes-aéreas e bandejas maravilhosas. O único que sofreu com a torcida foi Valtinho, que atua pelo Brasília, e que tem sido o maior rival do time do Flamengo nos últimos tempos. Mas ele manteve sempre o bom-humor. Aliás, o bom-humor foi a tônica do jogo. Os atletas estavam mesmo se divertindo em quadra.



Também se destacaram no jogo os irmãos rubro-negros Marcelinho e Duda, que fazem parecer fácil arremessar de fora. E o Marquinhos, do Pinheiros, que fez uma sequência de enterradas e pontes maravilhosas!

Outro destaque foram os nomes dados às equipes: Ubiratan, de uniformes claros, e Rosa Branca, de uniformes escuros. Belíssima homenagem a dois grandes craques, que muito fizeram pelo basquete brasileiro.

O vencedor do torneio de arremessos foi o jogador Fischer, do Bauru. O do torneio de enterradas foi Júlio Toledo, do Araraquara, com um vôo sobre o colega tal qual o de Nate Robinson, da NBA. Quanto ao jogo, ganhou a equipe Ubiratan, por 126 a 117. Mas isso foi só detalhe, pois o grande vencedor foi o Basquete Brasileiro. Parabéns a todos pelo excelente jogo, um verdadeiro show! E que esse show seja o primeiro de muitos!

Viva o basquete nacional!!

Vídeos:

Torneio de Enterradas:


Torneio de Arremessos:


rafs

domingo, 22 de março de 2009

Flamengo zero. O resto não me interessa!*


É, meus amigos... perdemos. Como é difícil escrever de cabeça inchada, ainda mais após uma derrota para o nosso arqui-rival. Mas não interessa. O que importa agora é colocar ordem na casa.

O jogo foi muito bom, os dois times buscaram a vitória o tempo todo. A única coisa que insistia em atrapalhar era o árbitro: Luiz Antônio Silva dos Santos (já foi personagem de um dos textos do meu nobre colega PC, o que indica que não é a primeira vez que tem uma atuação desastrosa). Mandou para o chuveiro mais cedo nada menos do que cinco jogadores e o nosso Mestre Cuca! Como disse o Canhotinha de Ouro no rádio, “Nota zero pra ele!”. Errou para os dois lados. E, na minha opinião, foi decisivo para o resultado. Não, não quero jogar a culpa no juiz, mas já explico meu ponto de vista.

Pela forma como o jogo se desenrolou, o mais justo seria terminar empatado. Ambos tiveram algumas chances desperdiçadas, as duas torcidas fizeram bonito (clima de paz dentro do estádio!), e poucos foram os momentos em que uma equipe foi superior à outra. No primeiro destes momentos, o Flamengo teve mais oportunidades, curiosamente logo após a expulsão de Willians. Dez contra onze, a garra rubro-negra empurrou o time ao ataque. Depois que Carlos Alberto foi expulso (em lance extremamente complicado), o jogo se equilibrou novamente.

Aí vem o momento decisivo, onde acho que a influência do árbitro foi fundamental. Léo Moura chega atrasado no carrinho, e o juizão aplica o vermelho, direto. Não sei se é a paixão sobrepondo-se à razão, mas achei que ele forçou a barra... Aliás, tenho certeza! Um amarelo já resolvia. E aí, nove contra dez, fica difícil... o campo fica enorme! O Bacalhau aproveitou e partiu para cima. Num lance de bola parada, confusão na área, gol do Vasco. Logo depois, os cruzmaltinos tiveram mais um jogador expulso, mas já estavam com a vantagem no placar, e coube ao time da Gávea lançar-se em busca do gol de empate. Resultado: contra-ataque vascaíno, gol, e fim de papo.

O Mengão até que tentou, mas não conseguiu nem o de honra. Como eu disse, a hora é de colocar a cabeça no lugar, esfriar a cuca; não há nada perdido ainda. E por falar em Cuca, a situação do nosso treinador fica mais complicada, temo que ele não consiga se manter no cargo por muito mais tempo.

Segue o vídeo dos piores momentos, incluindo a bela finalização do xodó (até quando?) Obina.



rafs

* - Esta frase supostamente é de Ary Barroso, num jogo entre Flamengo e Corinthians vencido pelos paulistas, mas não obtive confirmação. Quem souber, por favor confirme ou corrija nos comentários.

sábado, 21 de março de 2009

Fluminense 3, Bangu 1

Amigos, estava há pouco na Rua Barata Ribeiro, voltando do Engenhão, vestido com a camisa do Fluminense. Lá, fui abordado por um sujeito que me perguntou o que eu sabia que ele ia me perguntar. A essa altura, o meu leitor, que não é bobo, também já sabe o que o cidadão me questionou. "Quanto foi o jogo?", eis a óbvia questão. Respondi com um largo sorriso no rosto: "três a um". Meu interlocutor estava acompanhado de um amigo. Este, sim, me fez uma pergunta diferente da habitual: "o Fred meteu gol?". Amigos, esta é a pergunta fatal. É só terminar um jogo do Fluminense, que a cidade toda quer saber se o Fred meteu gol. O centroavante tricolor é, desde a contratação, o centro das atenções de todo o Rio de Janeiro. Em dia de jogo, o camisa 9 é mais importante que o prefeito, mais importante até que o governador.

Quando a partida começou, logo se percebeu que o Fluminense teria que molhar a camisa. O Bangu fez o jogo que rende, que interessa: bola no chão, passe rasteiro, penetração, agressividade. E não tardou a surgir o gol banguense. Os tricolores se entreolhavam em pânico: imaginem se o Fluminense cai da liderança, como de um trapézio! Porém, antes ainda do intervalo conseguimos empatar. A bola parada com Thiago Neves é venenosa demais. Ele chuta com a força certa, com a curva certa, com a altura certa. É por isso que eu não tenho dúvidas: é um craque. A Maurício coube apenas o desvio fatal com a cabeça. Assim, fomos para o intervalo com o empate no placar.

No segundo tempo, começou a brilhar a estrela de Parreira. Ele sabe fazer a substituição certa para o jogo certo. De novo, pôs Maicon e Marquinho. Mas, dessa vez, os substituídos foram outros: Everton Santos e Maurício. Outro jogo, outras circunstâncias, mas o mesmo resultado: 3 a 1. Eis a mágica de Carlos Alberto Parreira.

Respondi ao sujeito da Barata Ribeiro: "Fred meteu gol sim. Um gol!". Foi o segundo tento, o da doce e santa virada. Porém, o mérito é 99% de Maicon. Foi do jovem reserva toda a jogada, inclusive o passe final. O próprio camisa 9 reconheceu isso, ao comemorar apontando para Maicon, como se dissesse: "toma que o gol é teu". O terceiro gol surgiu após bate-rebate na área, causado por mais uma venenosa cobrança de falta de Thiago Neves. A bola sobrou para Luiz Alberto, que é zagueiro mas finalizou como atacante.

(Em tempo, o placar final é, exatamente, o que eu previ aqui, ontem, nos comentários de pré-jogo. Se eu não for bem sucedido na engenharia, nem na crônica esportiva, tentarei a vida de profeta.)

Os 3 a 1 mantêm o Flu líder e, melhor que líder, com 100% de aproveitamento no segundo turno. O time está crescendo na hora certa, de modo que eu já começo a ver o sorriso da Taça Rio. (nas minhas crônicas, as taças sorriem). Ela sorri com a crescente e encantadora possibilidade de envelhecer em Álvaro Chaves.

PC


Recordar é viver - Flamengo 3, Vasco 1

Rio de Janeiro, 28 de maio de 2001.

Amigos, não se conquista um tricampeonato apenas com talento, apenas com trabalho, ou apenas com sorte. Os três fatores são essenciais: o talento, o trabalho e a sorte. Exatamente por reunir esse trio de fatores, o Flamengo é, desde ontem, o tricampeão estadual. No maior Flamengo x Vasco de todos os tempos, o rubro-negro se saiu vencedor.

Reparem que há um agravante no tri rubro-negro: os três títulos foram conquistados contra um mesmo adversário, o Vasco. Ora, esse fato torna a façanha ainda mais saborosa para os simpatizantes do clube da Gávea. Sim, saborosa! Mais saborosa que um chicabon comprado numa carrocinha da esquina.

Talento não falta ao plantel do Flamengo. Vejam o exemplo de Petkovic: o meia sérvio é um autêntico craque. A bola reconhece o grande jogador, amigos. Ela percebe que Pet lhe trata com carinho, e por isso sempre vai até os seus pés, magneticamente atraída. Há também Júlio César: é o melhor goleiro da história rubro-negra, e ontem defendeu até pensamento. E o que dizer do veloz Edilson? Foi, simplesmente, o artilheiro do certame, e fez dois gols na partida decisiva.

Trabalho árduo também não falta na Gávea. Basta ver o técnico: é Zagallo, o Velho Lobo. Zagallo é a pessoa que mais trabalhou em toda a história do futebol brasileiro. Os idiotas da objetividade argumentavam que ele já estava gagá, velho demais para a função. Mais uma vez, eles, os idiotas, terão que engolir o Velho Lobo. Ele é, de novo, campeão.

A sorte é que parecia não sorrir para o Flamengo. O Vasco havia vencido o primeiro jogo da final por 2 a 1, e com isso poderia até perder a partida de volta por um gol de diferença. Entre as duas partidas da finalíssima, no meio da semana, o Flamengo encarou o Coritiba, também no Maracanã, e foi humilhantemente eliminado da Copa do Brasil. Diante desse cenário desolador, ficava realmente difícil acreditar no doce tricampeonato.

Quando a grande final começou, o Vasco estava melhor, mas quem saiu na frente foi o Flamengo, com gol de Edílson. O Gigante da Colina chegava muitas vezes ao ataque, mas esbarrava na sobrenatural atuação do arqueiro Júlio César. Porém, água mole em pedra dura tanto bate até que fura: o Vasco empatou com Juninho Paulista, e voltou a possuir grande vantagem. Afinal, mesmo que perdesse por 2 a 1 ainda seria o campeão.

Inicia-se o segundo tempo e, apesar da vantagem, só dá Vasco. Júlio César continua operando milagres nos arcos rubro-negros. "Quem não faz, leva", revela o sábio ditado popular. Edílson aproveita cruzamento de Petkovic, faz 2 a 1 para o Flamengo, e reabre o jogo. Mantidos os 2 a 1, o Vasco seria o campeão; mais um gol rubro-negro, e o Flamengo é que levantaria a taça.

Trinta minutos do segundo tempo. O Estádio Mário Filho está lotado, escorre gente pelas paredes. E, no entanto, não se escuta um só pio no Maior do Mundo. As duas torcidas estão tão apreensivas que não conseguem entoar seus cânticos. É um silêncio ensurdecedor, paradoxo que só momentos como esse podem proporcionar.

Quarenta e três minutos do segundo tempo. Falta para o Flamengo, na intermediária. Dejan Petkovic ajeita com carinho, e o goleiro Hélton arruma a barreira. O sérvio executa a cobrança perfeita: a bola descreve uma trajetória mágica, passa por fora da barreira, e vira uma curva incrível, se encaminhando para o ângulo dos arcos cruzmaltinos. O goleiro Hélton executa o salto perfeito: também ele alcança o ângulo superior esquerdo dos arcos.



Aquele lance estava fadado a entrar para a História. Se Hélton defendesse, seria o herói do título vascaíno. Se a bola entrasse, Pet seria o herói do título rubro-negro.

E Hélton encontra a bola. Dá nela o tapa mais forte que consegue, mas não é suficiente: a pelota estufa a rede do Maracanã: gol do Flamengo. O gol do tri. O doce tricampeonato!

PC





sexta-feira, 20 de março de 2009

Pré-jogo - Fluminense x Bangu


Amigos, o Tricolor entrará em campo, neste sábado, às 18:30, bastante modificado em relação à última partida. O goleiro Fernando Henrique e o lateral-esquerdo Leandro, suspensos nesta sexta pelo TJD-RJ, não jogam. Ricardo Berna deve herdar a vaga de FH, e João Paulo a de Leandro. Além disso, o técnico Parreira promete testar Jailton na cabeça-de-área, no lugar que foi ocupado por Wellington Monteiro. Por fim, Edcarlos dá lugar a Cássio na zaga. Dessa forma, o Fluminense deve entrar em campo com: Ricardo Berna; Mariano, Cássio, Luiz Alberto e João Paulo; Jaílton, Romeu, Conca e Thiago Neves; Éverton Santos e Fred.

No Bangu, nenhuma grande novidade. A equipe deve ser escalada com: Diogo Silva; Uilliam, Abílio, Edinho e Rodrigo Melo; Marcão, André Oliveira, Douglas Silva e Tiano; Somália e Bruno Luiz. O time do técnico Mazolinha está há 5 jogos invicto: são 4 vitórias e 1 empate. Destaque para a presença de Marcão, um dos dez jogadores que mais vestiram a camisa do Fluminense em toda a história. Ele deverá ser aplaudido pela torcida pó-de-arroz, como sempre ocorre quando nos enfrenta. O trio ofensivo Tiano, Somália e Bruno Luiz tem dado bastante trabalho às defesas oponentes. Já balançaram as redes treze vezes nesse campeonato estadual.

O árbitro será João Batista de Arruda. Ele será auxiliado por Jackson Lourenço dos Santos e Fábio Torres de Souza. A transmissão para todo o país é pelo sistema pay per view.

O jogo será no Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão. Os ingressos serão vendidos nas bilheterias do estádio, a partir de 10h, com o preço de 25 reais (12 reais a meia-entrada), e darão acesso aos setores sul, norte, leste inferior, leste superior e oeste superior. Menores de 12 anos e maiores de 65 anos têm direito a gratuidade, desde que munidos de documento de identidade. Portadores de deficiência física também possuem o direito à entrada gratuita.

A pedidos, publico dicas de como chegar ao Engenhão:
- pelos trens da Supervia: saltar na estação Engenho de Dentro. É uma estação diferente das outras, com uma cobertura grande e várias plataformas. Pararão lá os trens com destino a Deodoro, Bangu, Campo Grande, Santa Cruz e Japeri. A passagem custa R$ 2,45.
- de ônibus: da Zona Sul, pegar o 456 ou o 457, saltando no NorteShopping. Outras linhas que passam no estádio, ou perto dele: 238, 239, 254, 255, 260, 267, 277, 284, 296, 298, 383, 391, 494L, 505, 535, 544, 560, 580, 606, 623, 624, 627, 636, 638, 639, 650, 651, 652, 653, 661, 662, 663, 669, 673, 675, 676, 678, 680, 684, 687, 688, 689, 690, 696 e 729.
- de metrô: saltar na estação Del Castilho/Nova América, da linha 2. De lá saem vários ônibus que demorarão dez minutos até o estádio.
- de carro: a melhor opção é estacionar no próprio estádio (ao custo de R$ 10,00). Mas também se pode estacionar no NorteShopping, que fica a dez minutos a pé do estádio. O melhor caminho é a Linha Amarela: sair da via expressa na saída 3.

Tricolores, ao Engenhão!

PC