Amigos, vocês devem saber que não gosto de escrever sobre os problemas atuais do Fluminense, que prefiro escrever sobre Telê, Castilho e companhia. Ontem, quando fui lembrado do aniversário do Telê, abri um sorriso, e gastei duas agradáveis horas pesquisando e escrevendo o post de homenagem a ele. Poucas atividades teriam me dado mais prazer que aquilo.
Hoje, infelizmente, sou obrigado a voltar aos problemas. Na noite desta terça-feira, houve a reunião do Conselho Deliberativo, no Salão Nobre do Fluminense, e esta precisa ser comentada.
No ano passado, vocês se lembram, o Pavilhão Tricolor foi veementemente criticado por ter adotado o voto nulo nas eleições do clube. O que muitos não entenderam na época - e alguns ainda não entendem - é que o voto nulo não foi uma escolha do PavTri. O voto nulo foi uma escolha de quem preferiu se aliar aos que já mandavam no Fluminense - e que, portanto, são os responsáveis pelo caminho medíocre que o clube tem trilhado. Neste barco - o do continuísmo - o PavTri não poderia estar, jamais. Por um simples motivo: não será este barco, com as mesmas pessoas de sempre, o responsável por salvar o Fluminense.
Na reunião desta terça-feira, foram votados pelo Conselho Deliberativo cinco nomes, para importantes cargos do Fluminense. Sandro Lima - desde sempre ligado aos Esportes Olímpicos tricolores - foi aprovado como vice-presidente de futebol. Raimundo Mário Cavaleiro de Macedo Júnior - oriundo do mesmo feudo - foi aprovado também, como vice-presidente de Esportes Olímpicos.
Os outros três nomes não obtiveram maioria, e portanto foram reprovados pelo Conselho. José Ademar Arrais - do Grupo Político Ideal Tricolor - não poderá assumir a vice-presidência de Planejamento. O "flusócio" Rogério Cerqueira Félix de Mello não poderá ser Secretário do Conselho Diretor, e o também "flusócio" Pedro Eduardo Silva Abad não poderá ser Tesoureiro.
Na boa, chega a ser engraçado. Só não consigo rir porque é com o Fluminense.
O feudo dos Esportes Olímpicos, é sempre bom lembrar, já possuía a vice-presidência geral, com Ricardo Martins. E agora toma conta também do futebol - vale dizer que Sandro Lima foi aprovado no Conselho Deliberativo com ampla margem. O Grupo "Democracia Tricolor" - também velho atuante na política tricolor - possui o Presidente e o Primeiro Secretário da Mesa do Conselho Deliberativo. Enquanto isso, os "grupos pró-futebol" (Flusócio e Ideal Tricolor) não conseguem sequer aprovar seus nomes. E assim, não passam de meros coadjuvantes nas decisões do Fluminense.
É isso mesmo que vocês entenderam: a Flusócio, que convenceu centenas a se associarem e a votarem em Peter Siemsen, hoje não possui praticamente nenhuma influência sobre o futuro do Fluminense. Repito: não consegue sequer aprovar seus próprios nomes nas votações do Conselho Deliberativo.
Eu sei que é difícil de engolir, mas quem manda no Fluminense é... exatamente quem já vinha mandando nos últimos anos. Caiu a ficha?
Eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades...
Os protagonistas do processo eleitoral tornaram-se coadjuvantes no processo decisório.
ResponderExcluirOs coadjuvantes do processo eleitoral tornaram-se protagonistas no processo decisório.
E assim segue o Novo Fluminense, da mesma forma que o Velho.