Vamos começar nossa saga analisando os ajustes nas contas de 2016:
Figura 1 (balanço financeiro do Fluminense, publicado em 15/05/2018). (Para ler melhor, clique sobre a figura.) |
Figura 2 (balanço financeiro do Fluminense, publicado em 15/05/2018). (Para ler melhor, clique sobre a figura.) |
Figura 3 (balanço financeiro do Fluminense, publicado em 15/05/2018). (Para ler melhor, clique sobre a figura.) |
Vou tentar escrever em português coloquial para vocês entenderem o que se passa nessa parte do balanço.
O item (i) [Provisão para contingências] trata de contingências não-contabilizadas cujo impacto da não-contabilização ocorreu antes e durante 2016. Em outras palavras: era preciso registrar um passivo e consequentemente uma despesa relacionada às contingências.
Qual o efeito disso? Em 2016 temos 20 milhões em despesas não-reconhecidas, não-registradas, escamoteadas. 20 milhões equivalem a mais que o dobro do falso superávit apresentado pela Gestão Peter, cujo balançado foi elaborado e apresentado pelo seu sucessor Pedro Abad, que era o presidente do Conselho Fiscal da Gestão Peter. Pura maquiagem de balanço.
Notem que há 42 milhões de passivos relacionados a estas contingências, anteriores a 2016. Mais 42 milhões de adulteração do resultado real do Fluminense em anos anteriores!
Vamos a mais uma parte do relatório que trata desse tema:
Figura 4 (balanço financeiro do Fluminense, publicado em 15/05/2018). (Para ler melhor, clique sobre a figura.) |
A nota não esclarece o momento no qual esses atletas listados entraram com os processos. Uma bela forma de tentar nos enrolar. Tampouco descreve a totalidade dos casos, sendo mencionados somente os mais relevantes. Padrão de transparência comum no Fluminense.
Mas precisamos atentar para mais um ponto antes de partir para o próximo item.
Em 2015, a cínica Gestão Peter apresentou um superávit de 33 milhões, valor inferior aos 42 milhões ora ajustados referentes a 2015 para trás (para variar não sabemos ao certo a abertura por ano). Mas fomos enganados em 2015 também. Em 2014 foi apresentado déficit, mas pelo jeito era maior que os 7 milhões publicados no balanço. E o presidente do Conselho Fiscal desse período todo maquiado era o Sr. Pedro Abad, que segue impune após anos e anos de omissão e erros em sua função de guardião das contas do Fluminense.
O item (ii) [Depósitos judiciais sem documentação comprobatória] trata de ativos inexistentes e de um problema muito sério de falta de documentação de supostos depósitos judiciais. Sim! Supostos, se não há documentação e isso foi ajustado não eram depósitos, que são facilmente rastreáveis de n maneiras.
Quase 8 milhões. O ajuste deveria ser melhor explicado e ter dado início a uma análise bem mais profunda. São potencialmente quase 8 milhões em saídas de caixa sem documentação.
É um assunto que merece muita luz, mas que esbarra nas trevas das informações tricolores de sempre.
Já o item (iii) trata de uma mudança de critério contábil. É algo curioso, mas nesse momento sem grande importância, apesar dos valores citados, é um grande arranjo não-monetário das normas.
O item (iv) ["Write-off" de gastos capitalizados ref. Flu Samorin] é algo que já era discutido desde 2016: o envio de dinheiro para uma parceria na Eslováquia ou custos incorridos com jogadores que já assinaram contratos de profissional JAMAIS seriam investimento. Peter deu uma maquiadinha de pouco mais de 1 milhão com isso em 2016 e Abad já estava maquiando mais 2 milhões em 2017 até procederem à baixa.
A falta de credibilidade virou ajuste no balanço! Durmam com essa.
Como podemos ver, vivemos alguns anos sob a total maquiagem dos números do Flu.
Infelizmente os ajustes não se limitam a esses que foram efetuados, e mais uma vez o Fluminense publica um balanço errado.
Aguardem a próxima parte.
STs
#beijundas
#bonitinhomasordinario
#illbeback
Ricco
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