Na noite desta terça-feira, o Conselho Deliberativo do Fluminense analisou e aprovou as contas do primeiro ano de Peter Siemsen na presidência do clube. Os números apresentados são assustadores. O déficit em 2011 foi de R$ 34,135 milhões. O aumento da dívida foi de R$ 48,236 milhões.
Para efeito de comparação, seguem os aumentos da dívida nos últimos anos da desastrosa gestão de Roberto Horcades:
- 2008: R$ 32,094 milhões.
- 2009: R$ 18,190 milhões.
- 2010: R$ 43,247 milhões.
Sim, o aumento da dívida do Fluminense no primeiro ano de Siemsen foi maior ainda do que era com Horcades. E convenhamos: alguém esperava mesmo outra coisa?
As despesas do futebol, orçadas em R$ 44,356 milhões, acabaram em R$ 49,944 milhões. As despesas do clube, previstas em R$ 10,940 milhões, foram de R$ 17,646 milhões. As despesas dos esportes olímpicos, orçadas em R$ 4,133 milhões, terminaram em R$ 5,804 milhões. O orçamento extrapolado em diversos setores é a prova inequívoca de uma gestão irresponsável.
Ainda há agravantes. Algumas receitas de exercícios futuros (2012 e 2013) já foram antecipadas (prática tão criticada da gestão anterior, mantida na atual). O compromisso do Ato Trabalhista aumentará as despesas do clube em cerca de um milhão de reais por mês. Provavelmente, não haverá um novo Conca para ser vendido e fazer receita.
O Fluminense está com suas veias abertas, jorrando para todos os lados. Correligionários de campanha de Peter Siemsen estão ocupando cargos regiamente remunerados (o famoso toma-lá-dá-cá). Empresas são contratadas a peso de ouro, para realizar atividades já exercidas por funcionários do clube. O departamento de marketing não tem capacidade de bolar ações que aumentem as receitas do clube. O projeto de associação em massa inexiste.
A dívida total do Fluminense já soma apavorantes R$ 430,394 milhões. Se o ritmo for mantido, o clube fechará a gestão de Siemsen com uma dívida superior a meio bilhão de reais.
Enquanto isso, o Conselho Deliberativo, cordeirinho como sempre, aprova as contas. Quem deveria fiscalizar e cobrar apenas acaricia.
E assim segue o Fluminense, rumo à insolvência.
PC
(texto publicado no PAVILHÃO TRICOLOR)
Eu nem sei mais o que dizer.
ResponderExcluirSó lembrando que o "presidente" comemorou o melancólico resultado financeiro.
O "Novo" Fluminense não é um clube sério.
Assustador, PC!!!!!!!!
ResponderExcluirLeandro
Não sabia dessas informaçoes.
ResponderExcluirGrato por avisar.
Estou pensando o que realmente Peter está sendo para o Fluminense. Depois de tantas matérias e reportagens mostrando mudanças dentro da estrutura do clube, dos profissionais, de Xerém, isso aí me assustou bastante.
Não quero falar nada a respeito agora, pra não julga-lo errado.
Mas é assustador.
Vamos lá,então,PC
ResponderExcluircom a recuperação de xerém e da sede social,implementação de um plano de sócio torcedor,diminuição da expectativa de défict(foi altíssimo,mas se previa que seria maior)não tá ideal,mas poderia ser pior.Ok,a perspectiva de que tá bom só porque poderia ter sido pior não tá certo,mas ao mesmo tempo,o que mais se poderia ter sido feito que não foi?A POLITICA DO FLU É UM CAMPO MINADO e pra conseguir acordos e avanços,tem que se ceder o que aqueles que te apoiam querem,é como a politica partidaria do governo brasileiro,o 'micro' do 'macro' que acontece em Brasília.Para o Flu ascético e funcional como sonham muitos,o ideal é criar um FLUMINENSE FUTEBOL CLUBE,em paralelo ao FOOTBALL CLUB e,sem area social e de esportes olimpicos,pensar num clube PARA FUTEBOL...quando der(infelizmente,qd o FFC original ruir),substitui-se um pelo outro e vida que segue.A Fiorentina fez isso e tá aí...
Mudar as práticas excusas da politica tricolor é utopia,pois a cultura politica de lá é a mesma do país,como um todo.Pode colocar 100mil tricolores dentro do clube que aquele que ganhar,caso não tenha um minimo de capacidade de negociação,vai levar o clube à ruina ou vai ruir ele sozinho,por não ter condições de governabilidade...
O modelo de clube social e esportivo tá anacrônico,isso que teria que mudar,na minha opinião...e na sua,PC,o que poderia ter sido feito para o ano de 2011 ter sido melhor nas contas,ou melhor,o que se pode mudar para que o futuro seja melhor que o presente?
Forte abraço e ST
Rafael,
ResponderExcluirPra começar, o "plano de sócio-torcedor" implementado é um engodo. Plano de associação de verdade contemplaria torcedores dispostos a pagar menos que 118 reais por mês.
As tão faladas "recuperações de Xerém e da sede social", a meu ver, não justificam a quantia que foi gasta. Para o meu gosto, a sede social ainda está muito aquém do que deveria ser.
Sobre a política do Fluminense, sou mais otimista que você. Acho, sim, que é possível mudar esse cenário. Fazer acordo com o atrasado, com o errado, com o retrógrado, na minha opinião, não é o caminho a ser trilhado, nunca.
Enquanto o Fluminense não se livrar das práticas excusas, do toma-lá-dá-cá, da troca de apoio por cargo, continuará engatinhando.
Lá se vai quase a metade do mandato de Siemsen, e não se fala em reforma do Estatuto, não se fala em projeto de associação em massa, não se fala em diminuir a dependência da Unimed. Esta gestão é apenas uma continuação das anteriores.
ST,
PC
Caro PC,
ResponderExcluirnão entende como uma entidade pode deve tanto e ainda funcionar normalmente, sem sofrer intervenção.
Eu, se pudesse me endividar sem limites, viveria em um belo iate, quando cansasse iria para um challet nos alpes, flutuando silenciosamente nos ares num planador.
REALMENTE NÃO ENTENDO...
Algum dia vai estourar!
ABRAÇOS.
SSTT
Post de derrotados, não poderia se esperar outra coisa! Pavitri? Tô fora e segue o barco!
ResponderExcluir"Blog Tricolor",
ResponderExcluirSe você prefere acreditar no mundo do faz-de-conta postado pela Flusócio, paciência.
Só espero que você seja apenas um inocente enganado.
Se for um dos beneficiados pelo cabide de empregos que o Fluminense se tornou, está contribuindo diretamente para a destruição financeira do clube.
Em ambos os casos, lamento. Mas se for um inocente enganado, ainda tem salvação.