Amigos, o tão falado Estatuto do Torcedor não possui um artigo que deveria ser obrigatório em qualquer legislação futebolística: todo torcedor tem o direito inalienável e vitalício de descompor o treinador de seu time. Hoje exercerei esse direito, mesmo sendo o aniversário do técnico do Fluminense, Abel Braga.
Ontem,
no twitter, pedi ao aniversariante para escalar o time para frente, sem medo, com
Wagner,
Rafael Sobis,
Wellington Nem e
Samuel. E Abel seguiu meu conselho, mesmo sem tê-lo lido (acho que ele não lê meus escritos). Escalou o Tricolor com a ousadia necessária para a vitória em Florianópolis. E, durante a primeira hora do jogo, o Fluminense jogou bem, criou chances, sufocou o Figueirense, e merecidamente marcou dois gols, através de
Digão e Rafael Sobis. O grande triunfo estava construído, era sólido como um edifício: nem o pó-de-arroz mais pessimista poderia prever a catástrofe que se seguiria.
Foi quando Abel começou a estragar tudo: tirou Wellington Nem, atacante mais veloz do time, arma ótima para contra-ataques, e pôs Diguinho, cabeça-de-área, para aumentar o poder de marcação. Eram transcorridos vinte minutos do segundo tempo. Em outras palavras: ainda havia meia-hora de jogo. E Abel, que já milita há 40 anos no futebol profissional, deveria saber que trinta minutos são uma eternidade. No entanto, preferiu chamar o Figueirense para cima. Achou que o onze tricolor aguentaria meia-hora de bombardeio. Não aguentou.
Um agravante: não é a primeira vez neste Campeonato que Abel cai na besteira de recuar o time cedo demais. Já aconteceu diversas vezes. Em algumas, o Fluminense conseguiu segurar a vitória. Em outras, cedeu o empate. (Quando entrou recuado desde o início, contra o Grêmio no Olímpico, perdeu.)
Perguntar não ofende: por quê não manter o esquema que está dando certo? Para quê recuar o time? O Fluminense está caindo na armadilha de achar que está mais seguro porque tem mais defensores em campo. A verdadeira segurança no futebol está em manter a bola longe de sua meta. Quanto mais tempo a bola ficar lá no ataque, longe de Diego Cavalieri, menor é a chance de nosso goleiro-herói sofrer um gol. (Herói, sim, porque Cava tem operado milagres seguidos sob as traves tricolores.)
O Figueirense fez o primeiro, fez o segundo (mal anulado pelo bandeirinha), e depois finalmente conseguiu o empate em cobrança de falta. O Fluminense não conseguia mais atacar, sem a velocidade do substituído Wellington Nem. O Tricolor ainda teve uma última chance, em cobrança de falta de Jean, mas a bola bateu no travessão. Placar final 2 a 2, e lá se foram dois pontos importantíssimos.
Vão para a conta de Abel. O técnico do Fluminense é o único responsável pelo tropeço deste sábado. Tomara que pelo menos tenha aprendido a lição.
PC
O time criava chance atrás de chance após fazer 2 a 0. Cheguei a prever a repetição do placar do Campeonato passado de 4 a 0 no mesmo Orlando Scarpelli. E eis que Abel tira Nem pra botar Diguinho. O sólido domínio se transforma em retranca ferrenha.
ResponderExcluirO Figueirense faz um. Depois outro mal anulado (pela primeira vez somos beneficiados por um erro de arbitragem no certame). E o que faz Abel? Se não me engano, tira Wagner pra colocar Higor. Agora não temos mais meias de criação. O ferrolho torna-se ainda mais ferrenho. Diguinho faz falta boba demais em Túlio e o Figueira empata.
Já disse isso em outras ocasiões este ano: com essa postura não vamos conquistar este campeonato.
O Abel tinha dado uma maneirada nos retranquismos. Começamos então uma bela série de resultados. Se permanecer essa postura, conseguiremos uma baita série de empates.
Perdemos 2 pontos obrigatórios...agora é correr atrás da recuperação.
caro PC e demais Tricolores,
ResponderExcluiresse empate doeu. leitura 100% coerente com o que vi pela TV.
acompanho o blog há meses, mas hoje resolvi publicar algo.
Deco e Fred fazem falta sempre.
ST
PC,
ResponderExcluiresse é o tipo de pontos que podem fazer muita falta lá na frente...
mas também só estou passando para lhe propor uma nova parceria com um blog novo que criei, desta vez só falando do time do coração, Flamengo. Cansei de ser colunista dos blogs alheios, rsrsrs.
Se puder dar essa força agradeço desde já. Seu link já esta em minha lista de parceiros.
SOMOS FLAMENGO
www.somosflamengo33.blogspot.com
uaiflr,
ResponderExcluirObrigado pelo prestígio e pelo comentário. Concordo que Deco e Fred fazem muita falta a esse time. Escreva mais vezes! :)
Cleber,
Já adicionei o link do seu novo blog. Boa sorte!
O Fluminense perdeu para ele mesmo. Sim, perdeu!!!!
ResponderExcluirO jogo estava ganho daí o Abel tira o Nem e coloca o Diguinho, eu pensei: "Deu ruim...". Não deu outra, logo depois veio o castigo.
O Abel se deu um presente de grego e a sensação após ao jogo foi do título escapando entre os dedos. Espero que esteja errado e volto a dizer que mesmo com seus defeitos, Abel ainda continua o melhor treinador disponível para o Fluminense.
Att,
bmz.
PS: Hoje a falta de Fred e Deco, além de outros titulares, não foram determinantes para a derrota tricolor.
Alertei para o jogo perigoso contra o Figueira. Só que, surpreendetemente, e tinha uma vitória tranquila nas mãos, não sentindo os desfalques. Aí entrou em cena o Abelão e mais dois pontos perdidos para o Figueirense. São quatro no total!
ResponderExcluirEspero que esse empate/derrota mexa com os brios da turma e joguem com garra de agora em diante. E que o Abelão acerte nas alterações. Time que está ganhando não se mexe.
ST
Nesse Campeonato, não se pode "tirar o pé" contra nenhum time.
ResponderExcluirÉ o torneio mais difícil do mundo...
Espero que Abel e sua turma tenham aprendido com esse empate/derrota...