sábado, 26 de dezembro de 2015

As mortes do futebol brasileiro em 2015


Abaixo, listo as mortes de personalidades do futebol brasileiro neste ano de 2015. Que descansem em paz...

No dia 2 de fevereiro, morreu Dalmo Gaspar, lateral-esquerdo do Santos bicampeão da Copa Libertadores e da Copa Intercontinental (1962-1963). Ele foi o autor do gol da vitória por 1 a 0 sobre o Milan, em 16 de novembro de 1963, diante de 129.256 pessoas no Maracanã, que valeu ao Santos o bicampeonato da Copa Intercontinental. O gol foi de pênalti, aos 31 minutos do primeiro tempo.

Em 25 de março, faleceu Paulo Maurício Ferrão, conhecido como Tato, torcedor fanático do Fluminense.

Em 10 de abril, faleceu a jornalista e crítica de teatro Bárbara Heliodora, torcedora ilustre do Fluminense e filha de Marcos Carneiro de Mendonça, goleiro histórico do Fluminense e da Seleção Brasileira.

Em 17 de abril, faleceu Nivaldo, o "artilheiro das grandes decisões" do futebol piauiense. Atuou por River e Tiradentes, e marcou muitos gols importantes em partidas históricas do futebol do Piauí.

No dia 29 de abril, morreu Valmir Louruz, jogador do Palmeiras e do Internacional, e técnico campeão da Copa do Brasil de 1999 com o Juventude.

No dia 12 de maio, faleceu Seu Ottavio, o jornaleiro tricolor, dono de uma conhecida banca no Largo da Carioca, no centro do Rio de Janeiro. O italiano era considerado um torcedor ilustre do Fluminense - foi motivo de diversas reportagens televisivas ao longo dos anos, após vitórias do seu clube do coração.

Em 21 de maio, faleceu Ivaldo Firmino dos Santos, o Zé do Rádio, torcedor folclórico do Sport Recife. Por azucrinar os treinadores adversários na Ilha do Retiro, era chamado de "torcedor mais chato do mundo".

Em 14 de junho, foi a vez de Zito, lenda do Santos e bicampeão mundial com a Seleção Brasileira, sucumbir à cruel condição da natureza humana. Pelo Santos, entre 1952 e 1967, Zito disputou 727 jogos, com 57 gols marcados, tendo feito parte daquele que é considerado o melhor time da história do futebol, ao lado de Pelé, Pepe, Coutinho e outros craques. Participou das conquistas dos Campeonatos Paulistas de 1955, 1956, 1958, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965 e 1967, dos Torneios Rio-São Paulo de 1959 e 1963, das Taças Brasil de 1961, 1962, 1963 e 1964, das Copas Libertadores de 1962 e 1963 e das Copas Intercontinentais de 1962 e 1963.

No dia 22 de junho, faleceu Luís Carlos Nunes da Silva, o Carlinhos, futebolista histórico do Flamengo, clube ao qual dedicou toda a sua vida profissional, como jogador e treinador. O Violino, como era conhecido, jogou mais de 500 partidas com a camisa rubro-negra, e estava no comando técnico do Flamengo na conquista do Campeonato Brasileiro de 1992.

No dia 16 de julho, exatamente sessenta e cinco anos após marcar o fatídico gol que silenciou 200 mil pessoas no Maracanã, o craque uruguaio Alcides Ghiggia faleceu. Ele era o último sobrevivente dentre os atletas das duas seleções do Maracanazo, a tragédia que marcou a história do futebol brasileiro.

No dia 29 de agosto, morreu Gabriel Moreira, futebolista com passagens pelo Galícia e pelo Bahia.

Em 13 de setembro, faleceu Welves Dias Marcelino, o Vivinho, jogador de Vasco e Botafogo. Atuava como ponta-direita, e ficou famoso ao marcar um gol antológico pelo Vasco contra a Portuguesa, no Campeonato Brasileiro de 1988 (veja o golaço aqui).

Em 16 de setembro, Clóvis Acosta Fernandes, o Gaúcho da Copa, torcedor-símbolo da Seleção Brasileira, sucumbiu a um câncer contra o qual lutava havia mais de dez anos. Suas marcas eram o bigode e a réplica da Copa do Mundo, sempre em suas mãos. Ele esteve presente em todas as Copas do Mundo desde 1990, e presenciou no estádio 162 partidas da Seleção Brasileira. Entre elas, o fatídico 7 a 1 da semifinal de 2014. Até a Associação Alemã de Futebol (DFB) prestou homenagem a ele, com o tweet "Sua emoção após a semifinal do ano passado tocou a todos nós. Descanse em paz".

No dia 24 de setembro, faleceu o jovem Paulo Henrique, da base do Bahia, vítima de leucemia. Ele era considerado um talento promissor, tendo até uma passagem pelo Red Bull Salzburg, da Áustria.

Em 28 de setembro, morreu Marcos Lima, preparador físico do Flamengo nas conquistas da Copa do Brasil de 2013 e do Campeonato Carioca de 2014.

No dia 3 de outubro, morreu João Leithardt Neto, o Kita, centroavante com passagens por Juventude, Internacional, Inter de Limeira, Flamengo, Portuguesa e Grêmio. Kita conquistou a medalha de prata com a Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984, e foi peça fundamental na conquista do Campeonato Paulista de 1986 pela Inter de Limeira.

Em 7 de outubro, faleceu Jorge Andrade, lateral-esquerdo do Internacional de Porto Alegre entre os anos de 1967 e 1975. Conquistou vários Campeonatos Gaúchos, e foi treinador do time de juniores do clube colorado. O CEO do Coritiba, Jorge Andrade, é seu filho.

Em 20 de outubro, morreu Lourival de Almeida Filho, o Barbosinha, goleiro do Corinthians entre os anos de 1967 e 1968.

No dia 22 de outubro, morreu João Nunes Romero, o radialista Jota Nunes, um dos grandes locutores esportivos amazonenses, da Rádio Difusora de Manaus.

Em 26 de outubro, morreu Henágio, um dos grandes ídolos da história do Santa Cruz, parte do time que conquistou o Tri-Supercampeonato Pernambucano, em 1983. Ele também atuou no Sergipe, no Sport Recife, no Flamengo e no Campinense.

No dia 27 de outubro, faleceu Rubi Confete, torcedor folclórico do Bahia.

Na madrugada de 28 para 29 de outubro, faleceu Flávio Gusmão de Figueiredo Mendes, torcedor do Fluminense, que assistia à partida entre Palmeiras e Fluminense, no Allianz Parque, em São Paulo, pela semifinal da Copa do Brasil. Ele sofreu um infarto logo após a disputa de pênaltis, e não sobreviveu. (Eu estava no estádio, e testemunhei a lentidão no atendimento ao torcedor.)

No dia 3 de novembro, morreu Toby, camisa 10 do time do Coritiba que conquistou o Campeonato Brasileiro de 1985. Ele também atuou pelo Vitória e pelo Bangu.

Em 29 de novembro, morreu João Luiz de Oliveira e Silva, o Cacareco, torcedor-símbolo do Vasco.

Em 9 de dezembro, faleceu Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo Futebol Clube entre 1988 e 1990 e entre 2006 e 2014.

No dia 17 de dezembro, morreu Agathyrno Silva Gomes, presidente do Club de Regatas Vasco da Gama entre 1969 e 1979.

No dia 19 de dezembro, morreu José Roberto Francalacci, preparador físico do Flamengo, famoso pelo trabalho de aumento da massa muscular de Zico.

PS: se o leitor conhecer alguma personalidade do futebol brasileiro que tenha nos deixado em 2015 e não esteja listado acima, por favor avise nos comentários.

4 comentários:

  1. O jornalista Frederico Marcondes Carvalho 21/02
    o ex-lateral-direito Wilson Campos, ex-Santos e Botafogo de Ribeirão Preto 29/10
    O ex presidente do Santos no biênio 1982-1983 Ernesto Vieira da Silva 19/12
    O ex-árbitro Olten Ayres que apitou primeiro jogo do Morumbi e aplaudiu o gol de placa do Pelé. 24/12

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    Respostas
    1. Por nada, citaria Cejas, mas como o post é do futebol brasileiro, se bem que o arqueiro teve grandes passagens pelo Santos, Grêmio...

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    2. Cejas merece ser citado, sim. Citei até o Ghiggia, que nem jogou por aqui... (mas faz parte da história do futebol brasileiro, inegavelmente)

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