sábado, 4 de junho de 2016

Muhammad Ali e o impossível


Amigos, ainda me lembro de quando fui apresentado pela primeira vez a Cassius Clay. Eu era um menino de 7 anos, naquele já longínquo 1992, e estava lendo o Manual dos Jogos Olímpicos, ótimo livro infantil que conta a história das Olimpíadas. O gênio norte-americano do boxe foi exibido como um dos grandes heróis dos Jogos de Roma, disputados em 1960. Na capital da Itália, Cassius Clay, aos 18 anos, ganhava a medalha de ouro da categoria meio-pesado, e começava a se tornar uma das grandes lendas do esporte mundial. (Outro herói daquela edição dos Jogos foi o atleta etíope Abebe Bikila, soldado que venceu a Maratona, quebrando o recorde mundial da modalidade, com o agravante de ter corrido os 42.195 metros descalço, até cruzar o Arco de Constantino coberto de glórias.)

Nos anos seguintes, Cassius Clay abraçaria a fé muçulmana, trocaria de nome para Muhammad Ali e se tornaria o maior pugilista profissional de todos os tempos. Conhecido por não desistir nunca, Ali tem façanhas inigualáveis como esportista. Reza a lenda que, em uma luta da década de 70, ele teria suportado 12 assaltos com o maxilar quebrado. "Impossível é apenas uma grande palavra usada por gente fraca que prefere viver no mundo como está, em vez de usar o poder que tem para mudá-lo. Impossível não é um fato, é uma opinião. Impossível não é uma declaração, é um desafio. Impossível é hipotético. Impossível é temporário."

"Campeões não são feitos em academias. Campeões são feitos de algo que eles têm bem dentro deles: um desejo, um sonho, uma visão. Eles têm que ter uma resistência de último minuto, eles têm que ser um pouco mais rápidos, eles têm que ter a habilidade e a vontade. Mas a vontade precisa ser mais forte que a habilidade."

Mais que um mito do esporte no século XX, Muhammad Ali é o homem que provou que o impossível não existe.

PCFilho

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